sábado, 31 de dezembro de 2011

POR UM MUNDO MELHOR


Prezad@s Leitor@s,

Logo estaremos vivenciando 2012, momento em torno do qual reunimos as nossas melhores aspirações e alimentamos legítimo sentimento de Esperança.

Desejamos dias melhores, nos quais a Paz seja, de fato, o pilar de um novo tempo, permitindo o entendimento entre os povos, com a necessária estabilidade para um efetivo progresso, que, para ser completo, deve ocorrer no aspecto material de nossas vidas, preponderando, porém, os avanços no campo espiritual das criaturas.

Sabemos que a Lei de Deus nos impulsiona inexoravelmente à perfeição. E a nossa humanidade, rumo à Regeneração, verá, no roldão das transformações, que não dispensam a luta incessante, especialmente na reforma íntima do ser, o raiar de uma era de positivas reconstruções, alicerçadas no Amor Maior, transubstanciado, neste humilde planeta, por Jesus, o Cristo de Deus.

O trabalho no Bem, aliado ao otimismo perseverante, nos fortalecerá para o alcance dessa era de grandes renovações, que não nos desobriga, entretanto, da Fé - em Deus - e em nós mesmos. (v. Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XIX, item 12.)

Como nos ensina a Doutrina dos Espíritos, nosso Pai Maior nos faculta o livre-arbítrio, sendo necessário, porém, que auxiliemos, com o nosso melhor empenho, na Obra Divina, para que, conforme nos ensina o Evangelho de Jesus, tenhamos mérito e possamos receber "segundo as nossas obras" (Mateus 16:27).

O calendário terreno assinala, hoje, o início de uma nova contagem para o tempo de agora. Mas é preciso atentar para o fato de que  nossa vida terrena, no tempo universal, equivale a um instante fugidio, e que, seres espirituais que somos, na essência, nosso terminal de embarque e desembarque é o Plano do Espírito, sendo a Terra apenas uma estação passageira.

Por essa razão é que devemos divisar 2012 como um portal para novas dimensões da Vida Maior, o qual devemos transpor com um novo propósito, uma nova energia, construindo, em primeiro lugar, obras verdadeiramente duradouras, que são as realizações espirituais, únicos bens que podemos acumular e levar, como tesouros da alma, em nossa viagem, em vidas sucessivas, pelos corredores do Infinito.

E nessa renovação do tempo, se desejamos que a Terra seja, efetivamente, um reino de luz e paz, aproveitemos para iniciar (ou reiniciar) - agora - todas as ações necessárias para que ele seja plantado, primeiramente, em nossos corações, para que sejamos dignos da Nova Luz cujos albores já podemos vislumbrar.

Na oportunidade, agradecemos a Deus pela inspiração com que alimenta o nosso singelo trabalho, e agradecendo, também, aos Amig@s, pela inestimável companhia em 2011, rogando nos permita a Misericórdia Divina continuarmos juntos em 2012.
Um forte abraço,
Francisco.
*  *  *
Imagem: www.google.com . Acesso em: 31/dezembro/2011.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PERDOAR A CADA DOIS MINUTOS

Big Ben - Londres
Por Leonardo Pereira*


“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, se ele continuar a ofender-me?Até sete vezes? Não sete, mas setenta vezes sete” . (Mateus 18, 21-35)


A palavra perdão deriva da palavra “perdonare”, do Latim, e significa perdão, indulto remissão da falta. A história militar romana conta que, pela diversidade de soldados oriundos de povos diferentes, muitas vezes ocorriam brigas no decorrer da viagem. Essas pelejas provocavam buracos nas estradas, e, como Roma dependia das estradas para suprir suas tropas e avançar com seus soldados, os comandantes obrigavam os briguentos a taparem os buracos, usando a palavra perdonare.


Figura das mais singulares do texto bíblico, Pedro é apresentado como um pescador rude, sem cultura, teimoso, ‘cabeça dura’, mas com a firme vontade de ser melhor a cada momento.

Conhecedor do que o vulgo denominaria de “cultura popular”, Pedro sabia que havia um ditado, uma recomendação, de perdoar até três vezes. Não é à toa que até nos dias de hoje temos o hábito de dizer: “Já perdoei uma vez, vou até perdoar a segunda vez, mas, na terceira vez, ele (a) vai se ver comigo!”.

Assim, logo depois de ouvir a parábola da ovelha perdida (Lucas - 15:1 a 10), demonstrando, de antemão, que o Mestre de Nazaré seria muito mais piedoso que os doutores da lei, arrisca-se a perguntar se deveria-se perdoar até sete vezes, dobrando, desse modo, o número de vezes que ele mesmo conhecia e somando ainda mais um. A resposta do Mestre – “perdoar setenta sete vezes” ─ nos remete a vários estudos sobre numerologia e matemática:

a) 70 x 7 = 490. No texto bíblico o número 7 aparece como a representação do infinito, o mesmo que dizer: “Perdoar até setenta vezes sete, vezes, vezes, vezes...”

b) Muitos perguntam se Jesus não sabia somar mais que 490, resultado de 70x7! Não é isso, com certeza! Imagine 707 (70x7x7x7x7x7x7x7). Faça a conta e veja por si mesmo. Teríamos um número improvável de alcançar para perdoar o outro, sem, nesse meio tempo, aprender a amá-lo de verdade. Essa, sim, foi a resposta para os ‘Pedros’ daquela época e, por que não, também os dos dias atuais.

Minuciando um pouco mais, façamos de 1 dia, com suas 24 horas (ou 1.440 minutos), o ponto de partida para mais um raciocínio.

Das 24 horas, dormimos, em média, 8 horas (ou 480 minutos). Restam, assim, 16 horas (ou 960 minutos) para as nossas atividades diversas. Se, nessas 16 horas, praticarmos o perdão 490 vezes, chegaremos a 30,62. Ou seja, teremos perdoado quase 31 vezes por hora ─ uma vez a cada 2 minutos.

Então, por esse raciocínio, durante os 960 minutos em que passamos despertos, devemos aplicar o perdão a cada 2 minutos da nossa vida. Tempo esse muito bem calculado pelo Cristo, que recomenda não dar atenção à ofensa recebida, já que, em 2 minutos, devemos exercer o perdão. Portanto, não há tempo, para ofensores e ofendidos.

Já o Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, responde ao médium mineiro, quando ele assim questiona: “Devemos perdoar até 490 vezes o nosso irmão? Emmanuel, na linha de ensinamento do Cristo, responde: Sim, 490 vezes cada erro cometido pelo nosso irmão!”. Novamente, podemos verificar ser humanamente impossível perdoar, a não ser interiorizando o amor.

Como um espelho, Pedro reflete as nossas deficiências e a nossa capacidade de mudar. O apóstolo negou o Cristo, mas arrependeu-se e seguiu em frente. Angariou virtudes, curou, afastou espíritos inferiores e doou-se ─ de corpo e alma ─ na pregação e na vivência do Evangelho.

*  *  *
Obs.: Este tema continua sendo abordado no artigo “Como perdoar meu irmão?”
 

(*) - Leonardo Pereira é Designer Gráfico, orador espírita e um
dos trabalhadores do Grupo Espírita Lamartine Palhano Junior.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 15/dezembro/2011.


COMO PERDOAR MEU IRMÃO?


Por Leonardo Pereira*


"[...] Perdoar, então, é o melhor caminho entre a dor e o sofrimento. O caminho do meio, o amor. [...]"


Jesus não escolheu doze discípulos angelicais para ajudá-lo na Boa Nova. Mesmo tendo essa possibilidade, optou por selecionar doze pessoas imperfeitas, para que pudéssemos nos ver refletidos nas ações desses homens corajosos, aprendendo com seus erros e acertos. A missão de mestre, dessa forma, faria mais sentido. Se tivéssemos doze arcanjos pregando o amor e o perdão, tendo em vista que já viviam a perfeição relativa a Deus, dificilmente nos veríamos nesses espelhos angelicais.

Somos, portanto, os Pedros, Tomés e os Judas da Era Moderna, em busca de compreensão dos ensinos do Rabino Galileu, tentando, a cada dia, não negá-Lo de novo, não duvidar d’Ele, não precisar buscar provas em tudo e todos, e, muito menos, relegar Sua mensagem e exemplos de Amor aos espinheiros do caminho.

Como perdoar meu irmão?

Parece fácil essa tarefa, por ser fruto de uma escolha, e não de um sentimento, mesmo que não compreendamos assim. Achando que é o sentimento que rege o perdão, escolhemos esquecer a falta, sem a compreender. Aproveitamos o ensejo, e esquecemos também o ofensor, retirando-o do nosso convívio, lançando ao vento as velhas e tão conhecidas palavras: “Eu o perdôo, mas não quero vê-lo nunca mais. É o perdão - esmola: “perdôo, afinal você não é ninguém; ou buscamos, de toda sorte, esconder, com falsos sorrisos, a mágoa retida, revivendo a ofensa em pensamento, impregnando o espírito com energias deletérias, tornando-nos doentes da alma, cujos sintomas se refletem no corpo, os males físicos. O perdão, portanto, deve ser fruto de uma escolha amadurecida, alicerçada na caridade e no amor a si e ao próximo.

Por que perdoar meu irmão?

O perdão desatrela do ofensor quem perdoa, proporcionando paz e tranqüilidade. Não perdoar significa levar o inimigo para casa, situando-o em nossa vida o tempo todo. Se o outro não compreende o seu perdão, o problema é dele. O que perdoa segue de consciência livre, enquanto o outro fica atrelado à Lei de Ação e Reação, que, por certo, oportunizará, no tempo justo, o devido reajuste, através do marco divino da Consciência.

O perdão é sempre melhor para quem perdoa.  O esquecimento da falta nem sempre é perdão, mas o perdão é sempre a chave para o esquecimento da falta. Perdoar, então, é o melhor caminho entre a dor e o sofrimento. O caminho do meio, o amor.

Resumindo, para nosso entendimento, a mágoa, a raiva, o ódio e o sentimento de vingança geram um ‘buraco’ na alma; então, perdoar é, dessa forma, ‘tapar buracos’.

*  *  *
Obs.: A abordagem deste tema continua em “O perdão em nove etapas”.

(*) - Leonardo Pereira é Designer Gráfico, orador espírita
e um dos trabalhadores do Grupo Espírita Lamartine Palhano Junior.
Imagem: www.google.com . Acesso em: 16/dezembrro/2011.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NATAL É VIDA



Pelo Espírito Sebastião Lasneau
(Psicografia de Raul Teixeira)

Eis o Natal que nos bafeja agora,

Trazendo bênçãos de Jesus ao mundo
A distribuir o seu amor fecundo,
Natal que em nós nova esperança aflora.

Quando é Natal o nosso ser se ancora
No amor fraterno, em sentido profundo;
Buscamos paz de segundo a segundo,
Para o nosso planeta que estertora.

Quando é Natal há sempre um canto novo
Que traz Jesus a socorrer o povo,
Povo que nunca Ele deixou a sós.

Natal é vida que abundante exprime
Lição do céu que transforma e redime,
Se Jesus renascer dentro de nós.

*  *  *
(Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 12/11/2011,
durante a reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, em Brasília-DF.)
Portal FEB. Acesso em: 14/dezembro/2011.

 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

MENSAGEM DO HOMEM TRISTE


Pelo Espírito Meimei

"[...]nem de leve me passou pela mente a idéia de furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.[...]" 

Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio porque vagueio na rua.

Talvez por isso estugaste o passo e, embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu- me na boca.

É possível tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina a oficina... Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram- me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.

Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrine, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor... Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a idéia de furto; apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.

Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse, encostado ao poste; afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo, não tive coragem de explicar-lhes que não tomo qualquer alimento há três dias...

A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver. Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão.

*  *
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 11 de novembro de 1961,
em Uberaba-MG.)
Fonte: Folheto distribuído gratuitamente
pelo Grupo Espírita Os Mensageiros.
*  *  *

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

NÃO JULGAR ... NÃO SER JULGADO



"[...] É preciso estabelecer um link, um poderoso circuito de forças, com os Benfeitores Espirituais que nos guiam diariamente, o que nos proporcionará intuição mais clara e, por consequência, melhor discernimento, resultando em atitudes firmes e centradas na vida diária. [...]"

A Mensagem do Homem Tristeque reproduzimos em postagem de 29.11.2011, recebida por Chico Xavier há 50 anos (11/11/1961), mas de indiscutível atualidade, nos conduz a sérias reflexões, principalmente quanto ao julgar pelas aparências.

Levamos uma vida muito atribulada, correria sem fim, verdadeira ‘Fórmula 1’.

'Reunidos' nos engarrafamentos da vida, estamos, na verdade, sempre distantes, comunicando-nos, muitas vezes, através de sinais nem sempre amistosos. Nas ruas, para mantermos a agenda 'em dia', caminhamos vertiginosamente, ipad e celular à toda, olhando sem ver, escutando sem ouvir, alheios, muitas vezes, ao que se passa à nossa volta.

Na insegurança em que vivemos - é preciso reconhecer - não é fácil a convivência, apesar do jeito brasileiro de ser. É um problema. Leva ao isolamento do ser humano, que se torna cada vez mais seletivo e equidistante na vivência com o próximo.

Não queremos filosofar, apenas ressaltar a inevitabilidade a que somos levados, ao paradoxo que não quer calar.

Somos todos irmãos. Precisamos uns dos outros na luta pela sobrevivência. Não podemos prever em que momento vamos depender de alguém, ou de quem dependeremos ─ conhecido ou desconhecido? ─ num dado momento de nossa existência. Mas, não raras vezes, nos vemos tolhidos no dever de confraternizar, socorrer, simplesmente ouvir, enfim, nos doar na abreviação ou no lenitivo do sofrimento alheio.

E nos perguntamos: algum dia, por alguma razão, se formos nós o ‘homem triste’? E se for uma pessoa muito querida, com a qual perdemos contato há muitos anos, o que não é raro? E se...? E se...?

A mensagem de Meimei, portanto, nos convida à meditação, à responsabilidade, à vigilância, e ─ por que não? ─ a um reordenamento da vida que levamos, para que não percamos contato com o Plano Divino, com a Espiritualidade. Mesmo sob a pressão que a luta diária nos impõe.

É preciso estabelecer um link, um poderoso circuito de forças, com os Benfeitores Espirituais que nos guiam diariamente, o que nos proporcionará intuição mais clara e, por consequência, melhor discernimento, resultando em atitudes firmes e centradas na vida diária.

Essa ligaçãoou religação (religare = religião) -  é que vai também nos capacitar para a vivência do amor ao próximo, e nos permitirá estender o olhar à vida que brota, incessante, à nossa volta, e, diante do homem triste, promover a verdadeira Caridade, livrando-nos da omissão.
O Editor.
*  *  *
Imagem: www.google.com.
Acesso em 28/novembro/2011.
Formatação e texto  atualizados em 03.05.2013. 
Destaques: pelo editor do Blog..

domingo, 27 de novembro de 2011

REENCARNAÇÃO: UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA


No morrer do dia,
Entrei sem alegria,
Num centro espírita a implorar.

Sentindo-me injustiçado,
Os caminhos amarrados...
Sofrimento a castigar.

Uma dor me apertando,
Uma lágrima rolando,
De tristeza estava a chorar.

Foi então que um cristão,
Apertando a minha mão,
Disse-me: ─ paciência meu irmão,

Jesus Cristo além de amigo,
Tem pra nós o lenitivo:
É só pedir em oração!"

Sofrimento não é castigo,
(Eu ouvi de um amigo),
“Sofrimento é educação!”.

Os espinhos que hoje colhemos
No passado foram plantados:
É a lei da encarnação.

Toda criatura
A essa lei é submissa,
Reencarnação não é castigo, não:
É questão de justiça!

*  *  *
Moacir Baitela Filho
Jacaraípe – Serra – ES, em 2001.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

INTERCESSÃO


Pelo Espírito Emmanuel

“Irmãos, orai por nós.” – Paulo.
(1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:25.)

Muitas criaturas sorriem ironicamente quando se lhes fala das orações intercessórias.

O homem habituou-se tanto ao automatismo teatral que encontra certa dificuldade no entendimento das mais profundas manifestações de espiritualidade.

A prece intercessória, todavia, prossegue espalhando benefícios com os seus valores inalterados. Não é justo acreditar seja essa oração o incenso bajulatório a derramar-se na presença de um monarca terrestre a fim de obtermos certos favores.

A súplica da intercessão é dos mais belos atos de fraternidade e constitui a emissão de forças benéficas e iluminativas que, partindo do espírito sincero, vão ao objetivo visado por abençoada contribuição de conforto e energia. Isso não acontece, porém, a pretexto de obséquio, mas em conseqüência de leis justas.

O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram; só admite o auxilio tangível, no entanto, na própria natureza física vêem-se árvores venerandas que protegem e conservam ervas e arbustos, a lhes receberem as bênçãos da vida, sem lhes tocarem jamais as raízes e os troncos.

Não olvides os bens da intercessão.

Jesus orou por seus discípulos e seguidores, nas horas supremas.

*  *  *
(Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier. Lição n° 17. 16ª Ed. FEB. 1994.).
Imagem: www.google.com . Acesso em:15/novembro/2011.
(Formatação  acima pelo Editor do Blog.) 

sábado, 12 de novembro de 2011

A CONSTRUÇÃO DA ESPIRITUALIDADE NA MEDICINA



Por Dra. Marlene Nobre*


"[...] Afirmamos, com renovada alegria, que nós, médicos espíritas, fazemos parte de uma dessas minorias criativas que tenta levar Espiritualidade às universidades, porque os fundamentos da Medicina Espírita estão em sintonia com o que é realizado, hoje, na maioria das universidades norte-americanas.[...]"

Cada vez mais, “minorias criativas” (1) buscam a integração entre Fé e Razão, tendo em vista que é impossível compreender o mundo, o universo e o próprio ser humano, sem as luzes de um paradigma, de um modelo, que contemple todas as áreas das cogitações humanas.

As revoluções conceituais da física, no século XX, muito contribuíram para essa nova visão da realidade, demonstrando que a matéria cedeu lugar à energia, o tempo é variável, o movimento descontínuo, a interconectividade não localizada, e a consciência é capaz de influir nos eventos, selecionando possibilidades.

Nesse novo tempo, especialistas passaram a enxergar o ser humano de forma integral, conectado a uma imensa rede invisível, que engloba todas as coisas, do micro ao macrocosmo, e não têm nenhum pudor em reconhecer a complementaridade entre Ciência e Religião, valorizando a integração da Espiritualidade à vida humana.

Neste site (http://www.amebrasil.org.br/), você acompanhará todos os desdobramentos do novo paradigma para a saúde proposto pelo Espiritismo e também notícias de outras propostas de Medicina e Espiritualidade. Esperamos que ele possa lhe ser útil.

Foi assim que ganhou impulso, na década 1970, uma dessas minorias criativas, formada por médicos que buscam implantar nas universidades estudos de Medicina e Espiritualidade. Sob essa denominação, já há cursos regulares ou opcionais, e também de pós-graduação, em 2/3 das universidades americanas, entre outras, nas Escolas Médicas de Harvard, com Herbert Benson, judeu, de Duke, com Harold Koenig, católico, do Novo México, com William Miller, luterano. Afirmamos, com renovada alegria, que nós, médicos espíritas, fazemos parte de uma dessas minorias criativas que tenta levar Espiritualidade às universidades, porque os fundamentos da Medicina Espírita estão em sintonia com o que é realizado, hoje, na maioria das universidades norte-americanas.

A obra do ilustre físico e humanista Fritjof Capra, especialmente, O Ponto de Mutação, está na vanguarda dessa luta em favor de um novo paradigma para a humanidade, em particular para a Medicina, com sua proposta de Assistência Holística à Saúde, que contempla o ser humano integral – Mente-Corpo. Nessa luta por um novo modelo de saúde, engajou-se também o físico quântico, Amit Goswami, com sua teoria sobre a Consciência, exposta em sua obra, especialmente, O Universo Autoconsciente. Nela, ele sustenta que a Consciência está fora da matéria, sendo, na verdade, fonte criadora do mundo material.

Hoje, tanto quanto nos séculos XIX e XX, há fortes evidências científicas da existência do Espírito. Pesquisadores, em sua maioria não espíritas, têm investigado casos de Experiências de Quase Morte (EQM), Visões no Leito de Morte, Experiências Fora do Corpo, Transcomunicação Instrumental e Reencarnação, acumulando evidências em favor da sobrevivência da alma.

O neuropsiquiatra, Peter Fenwick, os cardiologistas Michael Sabom e Pim Van Lommel, os psiquiatras, Raymond Moody Jr , Elizabeth Kübler-Ross e Sarah Kreutziger, o pediatra Melvin Morse, os psicólogos, Kenneth Ring, Phillis Atwater e Margot Grey, entre outros, relataram casos de EQM, contando o que centenas de sobreviventes da morte vivenciaram, quando foram considerados clinicamente mortos. A conclusão dos pesquisadores e dos sobreviventes é de que algo imaterial sobrevive à morte do corpo físico.

Na alentada obra Reincarnation and Biology, de Ian Stevenson, professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia, EUA, constatamos também, nos 2.600 casos pesquisados, não apenas evidências da sobrevivência do espírito, mas igualmente da reencarnação, podendo-se acompanhar, inclusive, a correlação entre as marcas de nascença e os defeitos congênitos da existência atual com as vivências anteriores.

Hoje, já há centenas de trabalhos publicados em revistas científicas prestigiadas, como The Lancet, New England Journal of Medicine; British Medical Journal, JAMA etc. sobre o valor da prece na terapêutica (ver site: www.ncbi.nlm.nih.gov, do NIH). Do mesmo modo, experiências realizadas pelo psicólogo brasileiro, Júlio Peres, em parceria com o neurocientista, Andrew Newberg, da Universidade da Pensilvânia, EUA, evidenciaram áreas do cérebro em funcionamento, que são ativadas e rebaixadas, durante as sessões de Terapia por Regressão de Memória, realizadas com pacientes do Instituto Nacional de Terapia de Vivências Passadas (INTVP) do Brasil. Essas pesquisas, somadas às que o dr. Newberg realizou com pessoas em estado de vigília e meditação, mostram um campo promissor para o estudo do Espírito e sua atuação sobre a matéria.

No Japão, Massaru Emoto, após 8 anos de investigação, publicou o livro, Messages from the Water, mostrando como a água pode formar cristais perfeitos ou não, conforme a ação exercida sobre ela pelos pensamentos e sentimentos humanos. Tanto as experiências de Andrew Newberg e Júlio Peres, quanto as de Massaru Emoto trazem subsídios importantes para validar a Terapêutica Complementar Espiritual e entreabrem novos campos para a pesquisa em medicina energética.

Hoje, com o progresso vertiginoso da Ciência e, igualmente, o aumento maciço das doenças da alma, é imperioso que esses cursos de Medicina e Espiritualidade se multipliquem nas Escolas Médicas do mundo. A mudança de mentalidade, porém, não é nada fácil. Há três séculos, a ênfase tem sido para a visão de um ser humano esquizofrênico, dividido entre as investigações científicas e a busca religiosa, consideradas e alimentadas como irreconciliáveis. Esse paradigma antigo, materialista reducionista , está calcado no predomínio do egoísmo sobre o amor, do intelecto sobre o sentimento, e tem sido responsável pelo recrudescimento da violência, da ambição sem freios, dos vícios, da intolerância religiosa e das grandes desigualdades e calamidades sociais. Nele, o ser humano é reduzido tão-somente às funções neuroquímicas do cérebro, destituído de qualquer elemento imaterial que anime suas células. Com esse modelo, não haverá paz no mundo.

Contra ele, a favor da integração espírito-matéria, coloca-se o movimento em prol da Medicina e da Espiritualidade. Com a preponderância deste modelo, que tem na solidariedade uma de suas importantes vigas-mestras, acreditamos que os médicos estarão muito mais aptos a lidar com a dor humana, esforçando-se por diminuir os sofrimentos e angústias dos seus irmãos em humanidade.
(1) Expressão do historiador Arnold Toynbee, que designa grupos minoritários de pessoas,
defensoras de mudanças evolutivas, em contraposição, à grande maioria, arraigada à mentalidade arcaica;
(2) Tese desenvolvida no seu livro O Universo Autoconsciente.
 *  *  *
(*) A Drª Marlene Nobre é Presidente da AME-Brasil e da AME-Internacional.
(Fonte: http://www.amebrasil.org.br/ . Acesso em 12/novembro/2011.)
Imagem: http://espiritismokardecismo.blogspot.com. Acesso em: 12/novembro/2011.


terça-feira, 18 de outubro de 2011

O TESOURO


Espírito Cornélio Pires 
                                       
Certa noite, num sonho, ao pé do gado,
Um Espírito falou a Nhô Tatão:
- Meu filho, pega a enxada e cava o chão,
Tens contigo um tesouro abandonado! . . .

Ele cavou três anos no cerrado,
Mas nem ouro, nem cobre. . . Tudo em vão. . .
Desenxabido, foi para a sessão
E perguntou, chorando, a Irmão Conrado:

-Ah! meu irmão, que faço do meu sonho?!. . .
Nada encontrei no trabalhão medonho. . .
A riqueza perdida onde estará?!. . .

 Mas o guia explicou: - "Meu filho, insiste!
 O tesouro é teu chão parado e triste. . .
 Semeia, Nhô Tatão!. . . Plantando dá."
                                                                  
*  *  *
XAVIER, Francisco Cândido(Espírito Cornélio Pires).
Poetas Redivivos"(Obra Mediúnica).
Rio, GB, FEB, 1ª Ed., 1969.p. 149.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 12/outubro/2011.
---------------------------------------------------------------------------------------
Leia, também, do Espírito Maria Dolores, o bonito poema
Apoio Oculto
-------------------------------------------------------------


sábado, 15 de outubro de 2011

SUICÍDIO: SOFRIMENTO SUPERLATIVO


Como é o sofrimento de um suicida?

"É o sofrimento superlativo e quem não foi suicida não pode saber, não pode fazer uma idéia do que é. Imagine uma aglomeração desses suicidas, que ficam numa confusão horrorosa e não compreendem o que está se passando, porque há vários tipos de suicidas juntos, no mesmo local, cada um com as suas reminiscências e as suas vibrações.

"Eles ficam desesperados porque se sentem “mortos-vivos”, e são verdadeiros “mortos-vivos” porque se sabe que o fluido vital ainda está neles, demora para se dissipar – podemos ler isso em Gabriel Delanne. Uns ainda se sentem afogando – a gente vê o trecho do mar em que estão se afogando! - ; outros se vêem horrorizados com um trem de ferro; alguns se vêem desesperados com os venenos e outros com tiros no ouvido – e tudo isso na mesma região e ao mesmo tempo.

"Essas vibrações se chocam; é um verdadeiro inferno, não tenho outra expressão! São impressões que um ser humano que não foi suicida não pode avaliar. Eu compreendi muito bem porque também fui suicida, também estive lá.

"Como médium de incorporação, recebi tudo quanto foi Espírito suicida, e eu sentia as impressões e o sofrimento deles. Afogamento é a coisa mais horrorosa que se pode sentir. Agora, a morte por trem de ferro é a pior de todas; a pessoa fica numa confusão horrorosa, porque se vê vivo e catando os pedaços do corpo; e cada pedaço que cata ele sente que é seu, que está com ela e ao mesmo tempos não está. É algo que ninguém pode avaliar nem quase compreender."

*  *  *

(Trecho de entrevista com a médium Ivone A. Pereira,
disponível em: http://www.ligaespirita.org.br.
Acesso em: 08/dezembro/2010.)
imagem: www.google.com. Acesso em: 15/outubro/2011.
Formatação atualizada em: 05.05.2013.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CORNÉLIO PIRES - DADOS BIOGRÁFICOS


Cornélio Pires nasceu na cidade de Tietê, Estado de São Paulo no dia 13 de julho de 1884 e desencarnou em S. Paulo no dia 17 de fevereiro de 1958.

Homem de personalidade inconfundível, tornou-se figura popular e de bastante destaque em todo o Brasil, graças ao trabalho, por ele encetado, de viajar pelas cidades do Interior do Estado de S. Paulo e outros Estados, estreando na condição de caipira humorista.

Em sua juventude aspirava à admissão numa Faculdade de Farmácia, porém, apesar do seu desempenho, não logrou êxito no intento. Deliberou, então, dedicar-se ao jornalismo, passando a trabalhar na redação do jornal O Comércio de São Paulo, em cujo cargo desenvolveu um aprendizado bastante estafante. Posteriormente, exerceu atividades nos jornais O São Paulo e O Estado de São Paulo, tradicional órgão da imprensa paulista, na função de revisor e, finalmente, no ano de 1914, passou a dar a sua contribuição ao órgão O Pirralho.

O famoso poeta Martins Fontes escrevendo sobre ele afirmou: "é um bandeirante puro, um artista incansável, enobrecedor da Pátria e enriquecedor da língua".

Pelos idos de 1910, lançou o livro Musa Caipira, obra largamente saudada pela crítica, graças ao seu conteúdo tipicamente brasileiro.

Cornélio Pires não admitia a existência das penas eternas e de um Deus que desse preferência aos seguidores de determinadas religiões. O demasiado apego aos formalismos da letra, na interpretação dos textos evangélicos, fez com que ele quase descambasse para o materialismo.

Nessa época ele desconhecia o Espiritismo, entretanto, durante as suas viagens ao Interior, aconteceram com ele vários fenômenos mediúnicos, inclusive algumas comunicações do Espírito Emilio de Menezes, as quais muito o impressionaram. Como conseqüência, passou a estudar obras espíritas, principalmente as de Allan Kardec, Leon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier. Integrou-se, então, decididamente, ao Espiritismo, interessando-se muito pelos fenômenos de efeitos físicos.

Nos anos de 1944 a 1947, escreveu os livros “Coisas do Outro Mundo” e “Onde estás, ó morte?”, tendo desencarnado quando escrevia Coletânea Espírita.

De sua vasta bibliografia, além dos dois livros espíritas acima citados, destacam-se, entre outros: Musa Caipira, Cenas e Paisagens de minha Terra, Tragédia Cabocla, Almanaque do Saci, Meu Samburá, Enciclopédia de anedotas e Curiosidades.

Num de seus escritos sobre o Espiritismo, afirmou: "O Espiritismo nos proporciona a fé raciocinada, nos arrebata ao jugo do dogma e nos ensina a compreender Deus como Ele é".

Pouco antes de desencarnar, demonstrando haver assimilado o preceito de Jesus Cristo - "Amai ao próximo como a ti mesmo" -, voltou à cidade do Tietê e ali comprou uma chácara, onde fundou a "Granja de Jesus", lar destinado a crianças desamparadas,  de cuja obra  não chegou a ver a conclusão.

Cornélio Pires chegou a organizar o "Teatro Ambulante Cornélio Pires", perambulando de cidade em cidade, sendo aplaudido por toda a população brasileira por onde passava. Esse intento foi concretizado após ter abandonado a carreira jornalística.

*  *  *
(Resumo baseado em texto publicado pelo Portal FEB
citando como fonte “Personagens do Espiritismo”,
de Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy. Acesso em: 12/outubri/2011.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 12/outubro/2011.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

COMO VAI O SEU ENTUSIASMO?



"[...] Deixe de lado todo o negativismo. Deixa de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente entusiasmado com você. Você verá a diferença. [...]"

"A palavra entusiasmo vem do grego e significa ter um Deus dentro de si. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por um dos deuses e, por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem.

Assim, se você fosse entusiasmado por Ceres (deusa da agricultura), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se.

Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa eu acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado.

A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.

E só há uma maneira de ser entusiasmado. É agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.

Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso. Conheço pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é que traz a nova visão da vida.

Gostaria de perguntar a você e a seu pessoal como vai o seu entusiasmo.Como vai seu entusiasmo pelo Brasil, por sua empresa, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, pelo sucesso de seus amigos? Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite - jamais sairá dessa situação.

É preciso acreditar em você. Acreditar na sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade.

Deixe de lado todo o negativismo. Deixa de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente entusiasmado com você. Você verá a diferença."

(Enviado por João Cezar Rocha Pirola)
*  *  *
----------------------------------------------------------------------
Leia ainda:
---------------------------------------------------------------------------

 

sábado, 8 de outubro de 2011

"SUBSTITUIÇÃO” - UMA GRAVE ENFERMIDADE

Por Francisco de Assis Daher Pirola

Era a Casa Espírita dos sonhos. Patrimônio invejável. Reuniões concorridas. Freqüência predominante das classes mais abastadas. A ‘elite’ estava toda ali.

A equipe mediúnica, muito rigorosa, primava pelo ‘elevado nível de doutrinação’. Oradores e conferencistas, exigentes e minuciosos na erudição doutrinária, tornavam primorosas as conferências e palestras. No entanto, a sua melhor ‘atração’ era o ‘médium principal’, também o fundador, dirigente e administrador de todo o patrimônio. Enfim, a pessoa que decidia tudo por ali. Sem “ele”... nada feito.

Autor de psicografias, livros, mensagens avulsas, cartas de mortos, receituários sem fim, “ele” também era o responsável pelos fenômenos mediúnicos que ali aconteciam.

E a Casa crescia francamente, multiplicando seguidores e admiradores, firmando-se a cada dia como a ‘vitrine’ do Movimento na sua região. Requinte e auto-suficiência, por isso, eram regras gerais. E tudo parecia funcionar da melhor maneira possível.

Mas, como se diz, ‘um dia a casa cai’. Da noite para o dia a Verdade, como um vendaval implacável, desabou sobre a propalada instituição, atingindo-a qual se fora mero castelo de cartas. É que o ‘médium principal’, aquele que ‘sustentava tudo’, tornara-se alvo de sérias controvérsias. Não ficou ‘pedra sobre pedra’. Houve choro e ranger de dentes.

*  *  *
Conversava, dia desses, com um atento observador desses fatos, um aplicado estudioso da Doutrina, analisando o acontecido, para dele extrairmos a proveitosa, necessária, inevitável e indispensável lição.

 – Essa Casa foi acometida de uma grave enfermidade – diagnosticou o meu interlocutor.

 – Qual delas? – perguntei curioso.

 – A “substituição” – respondeu-me circunspecto.

 – Essa eu não conheço. Explique-se melhor – solicitei.

 – ‘Substituíram’ KARDEC pelo ‘médium principal’ – sentenciou.

 E nada mais foi dito nem lhe foi perguntado.
*  *  *
(Publicado originalmente em A Senda, Orgão informativo da FEEES -
Federação Espírita do Estado do Espírito Santo,
edição Ano 86. nº 95, abril / 2008, pág. 5.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 08/outubro/2011.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

RESPONDOJ AL LA RAPIDEMO


Trilha - Pedra Azul - Espírito Santo - Brazil

Evitu malpaciencon. Vi jam vivis nekalkuleblajn jarcentojn kaj staras nun antaŭ senfinaj jarmiloj.
*
Konservu serenecon. Evitu tamen senokupecon, rekonante la decidigan valoron de ĉiu minuto.
*
Dissemu amon. Pensu pri la sindonemo de Tiu, kiu nin amas de la komenco.
*
Tenu vian ekvilibron. Pasioj kaj senbridaj deziroj estas detruantaj fortoj en la Dia Kreitaĵaro.
*
Estu konfidema. La suno reaperos morgaŭ en la horizonto kaj la pejzaĝo jam estos alia.
*
Intensigu vian penadon. Via vivo estos ja tia, kia vi ĝin faros.
*
Estimu solidarecon. Vi tute ne povus vivi sen aliaj, kvankam la aliaj povas en la plej multaj okazoj vivi sen vi.
*
De tempo al tempo provu sperti solulecon. Jesuo staris sola dum la plej dolorraj tagoj de sia vivo sur la Tero.
*
Plenigu viajn horojn per konstruanta laboro. Sed ne aliigu vian ekzistadon en turon Babelan.
*
Fidele kultu al la paco. Sed ne forgesu, ke vi neniam trankvile vivos, se vi ne donos pacon al tiuj, kiuj iradas tian saman vojon, kiel vi.
* * *
Kristana Agendo (L.n° 30). Diktita de la Spirito ANDREO LUDOVIKO.
(Mediumo) Francisco Cândido Xavier. 2a eldono De la 4a ĝis la 6a ekzempler-milo.
El la portugala lingvo tradukis: A. K. AFONSO COSTA.
Eldonfako de Brazila Spiritisma Federacio.
Formatação atualizada em: 28/maio/2016.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

'A CAMINHO DA LUZ' - 73 ANOS DE UMA OBRA MARCANTE



Por Francisco de Assis D. Pirola

Ditada pelo Espírito Emmanuel, ao médium Francisco Cândido Xavier, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938, a obra “A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo”, publicada pela Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1939, completou, no dia 21 deste mês, 73 anos.

A obra “[...] Narra a história da civilização à luz do Espiritismo, mostrando a verdadeira posição do Evangelho do Cristo em face das religiões e filosofias terrenas. Trata dos primeiros habitantes da Terra, perpassando as páginas históricas dos povos, dos grandes impérios e das mutações que se sucedem na direção do futuro. Emmanuel demonstra que, por determinismo divino, estamos todos a caminho da Luz!”. (1)

O site O Globo Ciência (22/09/11) publicou matéria sobre recente pesquisa ─ “DNA aborígine reescreve história da ocupação humana do planeta” ─ relatando que “Uma mecha de cabelos pode reescrever a história da ocupação humana do planeta [...] teoria do biólogo Eske Willerslev, do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague”.

Cita a interessante matéria: “[...] Até agora, a teoria mais aceita era a de que o homem deixou a África, seu berço, em uma única onda migratória. Fora de lá, espalhou-se quase simultaneamente para Europa e Ásia, e esta última leva originou ainda outra facção, que rumou para a Austrália, onde teria chegado há 50 mil anos [...].” “[...] - Nossa espécie estava parada em algum lugar no norte da África ou do Oriente Médio, quando alguns homens, provavelmente devido à escassez de recursos disponíveis ali, resolveram arriscar uma expedição inédita - contou Willerslev ao GLOBO [...]”.

Mas o nosso propósito, aqui, não é tecer considerações sobre a competente matéria acima citada, e sim, apenas referenciar um tema, de nossos dias, abordado por Emmanuel nos idos de 1938.

Em  "A Caminho da Luz” (2), capítulo II – “A Vida Organizada – A grande transição”, o autor elucida:

“Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados [...].

No capítulo III – “As Raças adâmicas – Origem das Raças brancas”, o autor esclarece:

“[...] Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios [...].

No capítulo V – “A Índia – O expansionismo dos Árias”, diz:

“Muitos séculos antes de qualquer prenúncio de civilização terrestre, os árias espalharam-se pelas planícies hindus, dominando os autóctones, descendentes dos "primatas", que possuíam uma pele escura e deles se distanciavam pelos mais destacados caracteres físicos e psíquicos. Mais tarde, essa onda expansionista procurou localizar-se ao longo das terras da futura Europa, estabelecendo os primeiros fundamentos da civilização ocidental nos bosques da Grécia, nas costas da Itália e da França, bem como do outro lado do Reno, onde iam ensaiar seus primeiros passos as forças da sabedoria germânica.

As balizas da sociedade dos gregos, dos latinos, dos celtas e dos germanos estavam lançadas.

Cada corrente da raça ariana assimilou os elementos encontrados, edificando-se os primórdios da civilização européia; cada qual se baseou no princípio da força para o necessário estabelecimento, e, muito cedo, começaram no Velho Mundo os choques de suas famílias e tribos.”

Portanto, prezados leitores,  na oportunidade, singelamente, fazemos um sincero agradecimento e prestamos uma justa homenagem aos queridos Emmanuel e Chico Xavier, por nos terem proporcionado uma obra tão marcante e esclarecedora, referência na literatura espírita para todos aqueles que desejam enriquecer seu acervo material e espiritual.
*  *  *
(1) - Sinopse – Livraria FEB.
(2) -14ª Ed. FEB. 1986  
(Imagem: Livraria da Federação Espírita Brasileira.
Acesso em: 27/setembro/2011.