“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, se ele continuar a ofender-me?Até sete vezes? Não sete, mas setenta vezes sete” . (Mateus 18, 21-35)
A palavra perdão deriva da palavra “perdonare”, do Latim, e significa perdão, indulto remissão da falta. A história militar romana conta que, pela diversidade de soldados oriundos de povos diferentes, muitas vezes ocorriam brigas no decorrer da viagem. Essas pelejas provocavam buracos nas estradas, e, como Roma dependia das estradas para suprir suas tropas e avançar com seus soldados, os comandantes obrigavam os briguentos a taparem os buracos, usando a palavra perdonare.
Figura das mais singulares do texto bíblico, Pedro é apresentado como um pescador rude, sem cultura, teimoso, ‘cabeça dura’, mas com a firme vontade de ser melhor a cada momento.
Conhecedor do que o vulgo denominaria de “cultura popular”, Pedro sabia que havia um ditado, uma recomendação, de perdoar até três vezes. Não é à toa que até nos dias de hoje temos o hábito de dizer: “Já perdoei uma vez, vou até perdoar a segunda vez, mas, na terceira vez, ele (a) vai se ver comigo!”.
Assim, logo depois de ouvir a parábola da ovelha perdida (Lucas - 15:1 a 10), demonstrando, de antemão, que o Mestre de Nazaré seria muito mais piedoso que os doutores da lei, arrisca-se a perguntar se deveria-se perdoar até sete vezes, dobrando, desse modo, o número de vezes que ele mesmo conhecia e somando ainda mais um. A resposta do Mestre – “perdoar setenta sete vezes” ─ nos remete a vários estudos sobre numerologia e matemática:
a) 70 x 7 = 490. No texto bíblico o número 7 aparece como a representação do infinito, o mesmo que dizer: “Perdoar até setenta vezes sete, vezes, vezes, vezes...”
b) Muitos perguntam se Jesus não sabia somar mais que 490, resultado de 70x7! Não é isso, com certeza! Imagine 707 (70x7x7x7x7x7x7x7). Faça a conta e veja por si mesmo. Teríamos um número improvável de alcançar para perdoar o outro, sem, nesse meio tempo, aprender a amá-lo de verdade. Essa, sim, foi a resposta para os ‘Pedros’ daquela época e, por que não, também os dos dias atuais.
Minuciando um pouco mais, façamos de 1 dia, com suas 24 horas (ou 1.440 minutos), o ponto de partida para mais um raciocínio.
Das 24 horas, dormimos, em média, 8 horas (ou 480 minutos). Restam, assim, 16 horas (ou 960 minutos) para as nossas atividades diversas. Se, nessas 16 horas, praticarmos o perdão 490 vezes, chegaremos a 30,62. Ou seja, teremos perdoado quase 31 vezes por hora ─ uma vez a cada 2 minutos.
Então, por esse raciocínio, durante os 960 minutos em que passamos despertos, devemos aplicar o perdão a cada 2 minutos da nossa vida. Tempo esse muito bem calculado pelo Cristo, que recomenda não dar atenção à ofensa recebida, já que, em 2 minutos, devemos exercer o perdão. Portanto, não há tempo, para ofensores e ofendidos.
Já o Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, responde ao médium mineiro, quando ele assim questiona: “Devemos perdoar até 490 vezes o nosso irmão? Emmanuel, na linha de ensinamento do Cristo, responde: “Sim, 490 vezes cada erro cometido pelo nosso irmão!”. Novamente, podemos verificar ser humanamente impossível perdoar, a não ser interiorizando o amor.
Como um espelho, Pedro reflete as nossas deficiências e a nossa capacidade de mudar. O apóstolo negou o Cristo, mas arrependeu-se e seguiuem frente. Angariou virtudes, curou, afastou espíritos inferiores e doou-se ─ de corpo e alma ─ na pregação e na vivência do Evangelho.
Conhecedor do que o vulgo denominaria de “cultura popular”, Pedro sabia que havia um ditado, uma recomendação, de perdoar até três vezes. Não é à toa que até nos dias de hoje temos o hábito de dizer: “Já perdoei uma vez, vou até perdoar a segunda vez, mas, na terceira vez, ele (a) vai se ver comigo!”.
Assim, logo depois de ouvir a parábola da ovelha perdida (Lucas - 15:1 a 10), demonstrando, de antemão, que o Mestre de Nazaré seria muito mais piedoso que os doutores da lei, arrisca-se a perguntar se deveria-se perdoar até sete vezes, dobrando, desse modo, o número de vezes que ele mesmo conhecia e somando ainda mais um. A resposta do Mestre – “perdoar setenta sete vezes” ─ nos remete a vários estudos sobre numerologia e matemática:
a) 70 x 7 = 490. No texto bíblico o número 7 aparece como a representação do infinito, o mesmo que dizer: “Perdoar até setenta vezes sete, vezes, vezes, vezes...”
b) Muitos perguntam se Jesus não sabia somar mais que 490, resultado de 70x7! Não é isso, com certeza! Imagine 707 (70x7x7x7x7x7x7x7). Faça a conta e veja por si mesmo. Teríamos um número improvável de alcançar para perdoar o outro, sem, nesse meio tempo, aprender a amá-lo de verdade. Essa, sim, foi a resposta para os ‘Pedros’ daquela época e, por que não, também os dos dias atuais.
Minuciando um pouco mais, façamos de 1 dia, com suas 24 horas (ou 1.440 minutos), o ponto de partida para mais um raciocínio.
Das 24 horas, dormimos, em média, 8 horas (ou 480 minutos). Restam, assim, 16 horas (ou 960 minutos) para as nossas atividades diversas. Se, nessas 16 horas, praticarmos o perdão 490 vezes, chegaremos a 30,62. Ou seja, teremos perdoado quase 31 vezes por hora ─ uma vez a cada 2 minutos.
Então, por esse raciocínio, durante os 960 minutos em que passamos despertos, devemos aplicar o perdão a cada 2 minutos da nossa vida. Tempo esse muito bem calculado pelo Cristo, que recomenda não dar atenção à ofensa recebida, já que, em 2 minutos, devemos exercer o perdão. Portanto, não há tempo, para ofensores e ofendidos.
Já o Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, responde ao médium mineiro, quando ele assim questiona: “Devemos perdoar até 490 vezes o nosso irmão? Emmanuel, na linha de ensinamento do Cristo, responde: “Sim, 490 vezes cada erro cometido pelo nosso irmão!”. Novamente, podemos verificar ser humanamente impossível perdoar, a não ser interiorizando o amor.
Como um espelho, Pedro reflete as nossas deficiências e a nossa capacidade de mudar. O apóstolo negou o Cristo, mas arrependeu-se e seguiu
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Obs.: Este tema continua sendo abordado no artigo “Como perdoar meu irmão?”
(*) - Leonardo Pereira é Designer Gráfico, orador espírita e um
dos trabalhadores do Grupo Espírita Lamartine Palhano Junior.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 15/dezembro/2011.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 15/dezembro/2011.
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