sábado, 30 de dezembro de 2017

ORFANDADE

Pelo Espírito Emmanuel

'...Cuida de assistir aos seres e às cousas do próprio caminho, com os mais elevados sentimentos do coração, e receberás a constante assistência da Bondade Divina, — luz da vida a brilhar perenemente no caminho de todos...'


Realmente, não há desamparado diante do Senhor, mas há uma espécie de orfandade que nos convoca em toda parte maiores reflexões quanto ao dever de amparar a vida que nos cerca.
Referimo-nos às necessidades múltiplas que nos reclamam o esforço e a tolerância na Pratica efetiva do bem.
Em verdade, será sempre louvável a construção de casas e refúgios, creches e hospitais, onde as crianças sem lar encontrem abrigo e medicação.
Todavia, não olvidemos o mundo das criaturas inferiores e das cousas, aparentemente sem importância, que nos rodela.
Aí, vemos quadros inquietantes que efetivamente nos ensombram e afligem.
Não é somente o painel escuro do irmão em Humanidade, que vagueia sem rumo, a única porta de dor a pedir no trabalho assistencial.
É também a terra empobrecida, necessitada de adubo e sementeira vivificante.
É a árvore benfeitora, relegada ao abandono.
É a fonte intoxicada, que nos solicita proteção e carinho.
É a casa desmantelada, rogando atenção e limpeza.
É a via pública que nos compete defender e respeitar, pedindo-nos bondade e higiene.
É a animal que nos auxilia, endereçado por nossa inconsequência ao cansaço, sede e fome, suplicando nos alimento e repouso.
É a ferramenta que sentenciamos à ferrugem e ao esquecimento prejudicial.
A essa orfandade triste, que nos desafia, em todos os setores da luta terrestre, podemos prestar o melhor concurso, — o concurso da bondade silenciosa e diligente, — que nos trará a resposta do progresso e do bem-estar de todos.
Não esquecer que somos responsáveis pela região de serviço que nos sustenta.
Não condenes à orfandade os instrumentos de trabalho em que a tua missão na Terra se desenvolve.
Cuida de assistir aos seres e às cousas do próprio caminho, com os mais elevados sentimentos do coração, e receberás a constante assistência da Bondade Divina, — luz da vida a brilhar perenemente no caminho de todos.🔵
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Do livro "Fonte de Paz", Espíritos Diversos, psicografado por
Francisco Cândido Xavier.Livro - 291 / Ano - 1987 / Editora - IDE.
Imagem: www.google.com. Acesso em:30/dezembro/2017.
Destaques: pelo Editor do Blog.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O SUBLIME TRIÂNGULO

Pelo Espírito Emmanuel
'...Não será justo em nosso movimento libertador da vida espiritual, prescindir da Ciência que estuda, da Filosofia que esclarece e da Religião que sublima...'
A Ciência, a Filosofia e a Religião constituem o triângulo sobre o qual a Doutrina Espírita assenta as próprias bases, preparando a Humanidade do presente para a vitória suprema do Amor e da Sabedoria no grande futuro.
Recorremos às três vigorosas sínteses da Codificação Kardequiana, para comentar, com mais segurança, o tríplice aspecto de nossos princípios redentores.
Com a Ciência, asseverou o grande missionário:
- "A fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face."
Com a Filosofia, afirmou peremptório:
- "Nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a lei."
Com a Religião disse bem alto:
- "Fora da caridade não há salvação."
Não será justo em nosso movimento libertador da vida espiritual, prescindir da Ciência que estuda, da Filosofia que esclarece e da Religião que sublima.
Buscando a verdade, colheremos o conhecimento superior; conquistando o conhecimento superior, penetraremos novas faixas de evolução e, absorvendo-lhes a claridade divina, compreenderemos que somente pela caridade que é amor puro, é que viveremos em harmonia com a justiça imutável, erguendo-nos enfim à desejada ascensão.
Abracemos em nossa fé o trabalho paciente da pesquisa honesta e a construção do entendimento, para que a fraternidade cristã possa esculpir em nós mesmos a viva pregação do ideal que espalhamos, no serviço aos outros e que significa a nós mesmos.
Em suma, instruamo-nos e amemo-nos uns aos outros, descerrando o coração ao sol da boa vontade infatigável e incessante, e o Espírito da Verdade nos tornará na Terra por instrumentos úteis na edificação do Reino de Deus.🔵
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Do livro "Fonte de Paz", Espíritos Diversos, psicografado por
Francisco Cândido Xavier.Livro - 291 / Ano - 1987 / Editora - IDE.
Imagem:www.google.com.Acesso em:28/dezembro/2017.
Destaques: pelo Editor do Blog.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

CÓLERA

Pelo Espírito André Luiz
'...Evite a cólera como quem foge ao contato destruidor de alta tensão...'
A cólera apresenta dez negativas complexas que induzem a melhor das criaturas à pior das frustrações:

1.Não resolve.
    Agrava.
2. Não resgata.
    Complica.
3. Não ilumina.
    Escurece.
4. Não reúne. 
    Separa.
5. Não ajuda.
    Prejudica.
6. Não equilibra.
    Desajusta.
7. Não reconforta.
    Envenena.
8. Não favorece.
    Dificulta.
9. Não abençoa.
    Maldiz.
10. Não edifica.
    Destrói.

Evite a cólera como quem foge ao contato destruidor de alta tensão.
Mas se você amanhece de mau humor, antes que o flagelo se instale de todo na sua cabeça e na sua voz, comece o dia rogando à Divina Bondade o socorro providencial de uma laringite.🔵
_________________
Do livro ‘O Espírito da Verdade, ditado pelos Espíritos
Emmanuel e André Luiz, psicografado por Chico Xavier
e Waldo Vieira. 1ª ed. 45[E.S. Cap. IX – Item 10]. págs. 106/107.
Imagem: www.google.com. Acesso em:14/agosto/2012.
Formatação atualizada em: 28/dezembro/2017.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

A RIQUEZA REAL

  Pelo Espírito Emmanuel
'...A riqueza real é atributo da alma eterna e permanece incorrutível naquele que a conquistou...'
Cada criatura transporta em si mesma os valores que amealha na vida.
Os sábios, por onde transitam, conduzem no espírito os tesouros do conhecimento.
Os bons, onde estiverem, guardam na própria alma a riqueza da alegria.
Os homens de boa-vontade carreiam consigo os talentos da simpatia.
As pessoas sinceras ocultam na própria personalidade a beleza espiritual.
Os filhos da boa-fé cultivam as flores da esperança.
Os companheiros da coragem irradiam de si mesmos a energia do bom ânimo.
As almas resignadas e valorosas se enriquecem com os dons da experiência.
Os obreiros da caridade são intérpretes da vida Superior.
A riqueza real é atributo da alma eterna e permanece incorrutível naquele que a conquistou.
Por isso mesmo reconhecemos que o ouro, a fama, o poder e a autoridade entre os homens são meras expressões de destaque  efêmero, valendo por instrumentos de serviço da alma, no estágio das reencarnações.
Desassisado será sempre aquele que indisciplinadamente disputa as aflições da posse material, olvidando que há mil caminhos sem sombras para buscarmos, com o próprio coração e com as próprias mãos, a felicidade imperecível.
A responsabilidade deve ser recebida, não provocada.
Muitos ricos da fortuna aparente da terra funcionaram na posição de verdugos do Cristo, sentenciado à morte entre malfeitores, entretanto, o Divino Mestre, com as simples e duras traves da Cruz, produziu, usando o amor e a humildade, o tesouro crescente da vida espiritual para os povos do mundo inteiro.🔵

"Porque o meu Deus, segundo as suas riquezas,
suprirá todas as vossas necessidades..."
PAULO. (Filipenses, 4:19.)
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(XAVIER,Francisco C.'Ceifa de luz'.Pelo Espírito Emmanuel.
2.ed.3.imp.(Coleção Fonte Viva).Brasília:FEB,2011.cap.11.)
Imagem: www.morguefile.com. Acesso em:16/janeiro/2015.
Formatação atualizada em: 27/dezembro/2017.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O SUICÍDIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

 
'...A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. [... ] ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. [...]"
Allan Kardec, em "O Livro dos Espíritos" (download gratuito no Portal FEB), dedica ao preocupante problema do suicídio e suas consequencias quinze importantes questões (Parte Quarta, Cap. I, questões 943 a 957), as quais os Espíritos Codificadores respondem com muita clareza.  

Nesta oportunidade, para sermos mais objetivos, abordaremos apenas a questão 957, deixando ao nosso leitor/leitora a sugestão para um estudo mais completo do capítulo acima mencionado.

O suicídio é, de fato,  um problema dos mais penosos, verdadeira tragédia de nosso tempo, um mal que traz muitas dores e sofrimentos aos que são por ela atingidos, motivo pelo qual precisa ser bastante esclarecido nos seus desdobramentos espirituais, como uma espécie de "antídoto" a tanta provação.
Francisco.
🔹

Q. 957 - "Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito, as conseqüências do suicídio?"

R.: “Muito diversas são as conseqüências do suicídio. Não há penas determinadas e, em todos os casos, correspondem sempre às causas que o produziram. Há, porém, uma conseqüência a que o suicida não pode escapar; é o desapontamento. Mas, a sorte não é a mesma para todos; depende das circunstâncias. Alguns expiam a falta imediatamente,outros em nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam.”

 - Comentário de Kardec:

"A observação, realmente, mostra que os efeitos do suicídio não são idênticos. Alguns há, porém, comuns a todos os casos de morte violenta e que são a conseqüência da interrupção brusca da vida. Há, primeiro, a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo, por estar quase sempre esse laço na plenitude da sua força no momento em que é partido, ao passo que, no caso de morte natural, ele se enfraquece gradualmente e muitas vezes se desfaz antes que a vida se haja extinguido completamente. As conseqüências deste estado de coisas são o prolongamento da perturbação espiritual, seguindo-se à ilusão em que, durante mais ou menos tempo, o Espírito se conserva de que ainda pertence ao número dos vivos. (Q. l55 e 165)

A afinidade que permanece entre o Espírito e o corpo produz, nalguns suicidas, uma espécie de repercussão do estado do corpo no Espírito, que, assim, a seu mau grado, sente os efeitos da decomposição, donde lhe resulta uma sensação cheia de angústias e de horror, estado esse que também pode durar pelo tempo que devia durar a vida que sofreu interrupção. Não é geral este efeito; mas, em caso algum, o suicida fica isento das consequências da sua falta de coragem e, cedo ou tarde, expia, de um modo ou de outro, a culpa em que incorreu. Assim é que certos Espíritos, que foram muito desgraçados na Terra, disseram ter-se suicidado na existência precedente e submetido voluntariamente a novas provas, para tentarem suportá-las com mais resignação. Em alguns, verifica-se uma espécie de ligação à matéria, de que inutilmente procuram desembaraçar-se, a fim de voarem para mundos melhores, cujo acesso, porém, se lhes conserva interdito. A maior parte deles sofre o pesar de haver feito uma coisa inútil, pois que só decepções encontram.

A religião, a moral, todas as filosofias condenam o suicídio como contrário às leis da Natureza. Todas nos dizem, em princípio, que ninguém tem o direito de abreviar voluntariamente a vida. Entretanto, por que não se tem esse direito? Por que não é livre o homem de pôr termo aos seus sofrimentos? Ao Espiritismo estava reservado demonstrar, pelo exemplo dos que sucumbiram, que o suicídio não é uma falta, somente por constituir infração de uma lei moral, consideração de pouco peso para certos indivíduos, mas também um ato estúpido, pois que nada ganha quem o pratica, antes o contrário é o que se dá, como no-lo ensinam, não a  teoria, porém os fatos que ele nos põe sob as vistas."🔵
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De "O Livro dos Espíritos". Parte Quarta - Das Esperanças e Consolações. Cap. I -
Das penas e dos gozos terrestres. Desgosto da Vida. Suicídio. Questão 957.
Imagem: www.google.com . Acesso em: 17/fevereiro/2013. 
Destaques: pelo Blog.
Formatação atualizada em: 26/dezembro/2017.
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 Leia ainda:
Eutanásia
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sábado, 23 de dezembro de 2017

ANTE O NATAL

Pelo Espírito Maria Dolores

Lembrando-te, Senhor,
A glória ao desabrigo,
Aspiramos a ser
Migalha do Natal permanente contigo!...

Faze-nos esquecer
As fraquezas e os erros que trazemos
E acolhe-nos na luz,
Na luz eterna dos teus dons supremos. . .

Deixa que nós sejamos,
Na exaltação do bem que a tua vida encerra,
Inda que seja um traço pequenino
Do amor com que iluminas toda a Terra!...

Concede-nos a bênção de espalhar,
Junto daqueles que a penúria alcança,
O pão que supre a mesa
E o verbo da esperança!

Onde a tristeza surja e a revolta se expanda
Em tormenta sombria,
Queremos ser contigo
A semente da paz e o toque de alegria

Onde o infortúnio chore
Um sonho semimorto
Anelamos doar, na força de teu nome
A palavra de vida e reconforto!

Ante o natal de volta às províncias do Mundo
Na doce comoção que nos invade
Transforma-nos por fim, em parcela bendita
Da Celeste Bondade!

Ampara-nos, Senhor, até que um dia,
Além de nossas trilhas inseguras
Possamos nós também cantar, na harmonia dos Anjos:
-Glória a Deus nas Alturas!. . .
🔵
(Do livro “Antologia da Espiritualidade”, ditado pelo Espírito
Maria Dolores, psicografado por Francisco Cândido Xavier.
Imagem: www.google.com. Acesso em:23/dezembro/2017.
Formatação atualizada em: 23/dezembro/2017.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL!


Paz e Felicidades,
Boas Festas!
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Imagem: Iluminação de Natal do Parque Moscoso,
Vitória-ES, obra do light designer Mario Gallerani Jr..

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

JESUS - MODELO E GUIA

Por Leonardo Pereira*

'...Lembremos, pois, o Mestre Nazareno, que nos conclama há dois mil anos ao aprendizado das Leis Divinas...'

Jesus nunca aceitou nenhum titulo, a não ser o de mestre. Agia assim para nos orientar, fazendo-Se modelo e guia, convocando-nos sempre à reflexão, seja sobre nossa vida, seja sobre nossa destinação futura.
De onde vim? Para aonde vou? O que estou fazendo aqui? São questões que permeiam o nosso dia-a-dia, e que Jesus, falando ao espírito ─ ao ser imortal, não ao homem temporal ─ respondeu há mais de dois mil anos, sabendo que tais lições seriam repetidas na necessidade didática da vida, nas oportunidades que cada um tem para evoluir.
Mestre entre seu povo, o Cristo de Deus exemplificou cada palavra, vivenciou cada conselho e imortalizou cada ação, dividindo a História em ‘antes e depois’ Dele, inaugurando o reino de Deus na Terra, o Deus do amor e justiça, negando a Si mesmo o título de bom. Aos que o cercavam, dizia: “bom somente é o Pai que está no céu”, demonstrando, com tal assertiva, sua humildade e respeito ao Criador. (continua...)

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Leia este importante artigo na íntegra:
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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

CRIANÇAS

Khalil Gibran
'...Vós sois os arcos de onde os vossos filhos, quais flechas vivas, serão lançados...'
Depois, uma mulher que trazia uma criança ao colo disse, Fala-nos das Crianças.
E ele respondeu:
Os vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da Vida que anseia por si mesma.
Eles vêm através de vós mas não de vós.
E embora estejam convosco não vos pertencem.
Podeis dar-lhes o vosso amor mas não os vossos pensamentos, pois eles têm os seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar os seus corpos mas não as suas almas.
Pois as suas almas vivem na casa do amanhã, que vós não podereis visitar, nem em sonhos.
Podereis tentar ser como eles, mas não tenteis torná-los como vós.
Pois a vida não anda para trás nem se detém no ontem.
Vós sois os arcos de onde os vossos filhos, quais flechas vivas, serão lançados.
O arqueiro vê o sinal no caminho do infinito e Ele com o Seu poder faz com que as Suas flechas partam rápidas e cheguem longe.
Que a vossa inflexão na mão do Arqueiro seja para a alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa,
Também ama o arco que se mantém estável.🔵
_____________________________
"Sobre as crianças" - do livro "O Profeta", de Khalil Gibran.
Fonte: E-book disponível em: http://www.clube-positivo.com.
Imagem: www.google.com . Acesso em: 07/setembro/2010.
Formatação atualizada em: 14/dezembro/2017.

QUE BUSCAIS?

Pelo Espírito Emmanuel
"...Quem segue o Cristo, vive-lhe o apostolado..."
Esta simples indagação do Senhor, aos dois discípulos que o seguiam, é dirigida presentemente a todos os lidadores do Espiritismo, diante da Boa Nova renascente no mundo.
Ao obreiro modesto da assistência fraternal, exprime a Voz Superior a reclamar-lhe os frutos na colheita do bem.
Ao colaborador da propaganda doutrinária, representa a interpelação incessante acerca da tarefa de resguardar a pureza dos postulados que consolam e instruem.
Ao orientador das assembleias de nossa fé, é a pergunta judiciosa, quanto à qualidade do esforço no cumprimento dos deveres que lhe competem.
Ao servidor da evangelização infantil, surge a interrogação do Divino Mestre qual brado de alerta relativamente ao rumo escolhido para a sementeira de luz.
Ao portador da responsabilidade mediúnica, inquire Jesus pela aplicação dos talentos que lhe foram confiados.
Ao aprendiz incipiente da oficina espírita cristã constitui adequada sindicância quanto à sinceridade que traz consigo, alertando-o para os deveres justos.
A cada criatura que desperta em mais altos níveis da fé raciocinada, soa a interpelação do Senhor como sendo convite às obras em que se afirme a caridade real.
Assim, escuta no íntimo, em cada lance das próprias atividades, a austera palavra do Condutor Divino, convocando-te à coerência entre o ideal e o esforço, entre a promessa e a realização.
Analisa o que fazes.
Observa o que dizes.
Medita em torno de tuas aspirações mais ocultas.
Que resposta forneces à indagação do Senhor?
Quem segue o Cristo, vive-lhe o apostolado.
Serve, coopera e caminha avante, sem temor ou vacilação, lembrando-te de que o Verbo da Verdade incide sobre nós, cada dia, perguntando incessantemente:
– Que buscais?🔵
______________________
“Que buscais?” – Jesus-(João, 1: 38)
Do livro ‘O Espírito da Verdade’, ditado pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz,
psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira. 1ª ed. FEB.
1962. Lição. 54[E.S.E - Cap. XVIII – Item 10]. págs. 127/128.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 17/agosto/2012.
Formatação atualizada em:14/dezembro/2017.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

NÃO FUJAS

Pelo Espírito Emmanuel
'...Lembra-te sempre: cada dia nasce de novo amanhecer...'
Quando as sombras da provação se te adensem, ao redor dos passos, permanece firme na confiança em Deus e em ti mesmo, seguindo adiante nas tarefas que abraçaste na seara do bem.
Não existem tribulações infindáveis.
Sobretudo, não te omitas.
Aceita os encargos que as circunstâncias te impõem, buscando cumpri-los com o melhor ao teu alcance.
Não te aflijam dificuldades.
Anota as bênçãos de que dispões.
Conserva-te fiel às próprias obrigações, na certeza de que a Divina Providência te oferecerá os recursos precisos para que qualquer desequilíbrio desapareça.
Desapegue-te de toda idéia do mal.
Abençoa a quanto não raciocinem por teus princípios.
Muitas vezes, os adversários de hoje, se soubermos respeitá-los com sinceridade, estarão possivelmente amanhã na fileira de nossos melhores benfeitores.
Não te lamentes.
O aguaceiro que te incomoda é apoio da natureza para que não te falte o pão indispensável à vida.
Não exijas dos outros qualidades que ainda não possuem.
A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.
Por mais áspero se te mostrem os obstáculos da estrada, segue adiante.Se alguém te feriu, desculpa e prossegue à frente.
Não procures na morte provocada o esquecimento que a morte não te pode dar.
Não fujas dos problemas com que a vida te instrui.
A vida, como a fizeres, estará contigo em qualquer parte.
Lembra-te sempre: cada dia nasce de novo amanhecer.🔵

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Do livro 'Atenção', ditado por Espíritos diversos ao médium
Francisco Cândido Xavier. Livro - 199 / Ano - 1981 / Editora - CEU. Pág, 25.
Disponível em: www.oconsolador.com.br. Acesso em: 02/dezembro/2017.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 12 /dezembro/2017.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

KARDEC E A GERAÇÃO NOVA

Podemos ser felizes aqui na Terra?
27. - Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. [...] Substituí-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.

A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.

[...] Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.

Uma nova geração

28. - A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.

[...] Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. 

[...] O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.

Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; [...] Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores.

"Remodelação da Humanidade"

34. - Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, visto que elas apressarão a eclosão dos novos germens. São as folhas que caem no outono e às quais sucedem outras folhas cheias de vida, porquanto a Humanidade tem suas estações, como os indivíduos têm suas várias idades. As folhas mortas da Humanidade caem batidas pelas rajadas e pelos golpes de vento, porém, para renascerem mais vivazes sob o mesmo sopro de vida, que não se extingue, mas se purifica.🔵

Destacamos, de “A Gênese”, de Allan Kardec (*), os itens 27 a 35, do Cap. XVIII, acima, os quais oferecemos como importante reflexão relativa ao momento que vivenciamos.
A obra aqui citada, bem como as demais que compõem a Codificação Kardequiana, podem ser baixadas, gratuitamente, do site da Federação Espírita Brasileira (Portal FEB - www.febnet.org.br - link "Download").
Francisco.
_____________
Imagem: www,google,com. Acesso  em:11/dezembro/2017.
Destaques: pelo Editor do Blog.
Formatação atualizada em: 11/dezembro/2017.

domingo, 10 de dezembro de 2017

SER MÉDIUM

Pelo Espírito Emmanuel
'...Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual...'
Abraçando a mediunidade, muitos companheiros na Terra adotam posição de absoluta expectativa, copiando a inércia dos manequins. 
Concentram-se mentalmente e aguardam, imóveis, nulificados, a manifestação dos Espíritos Superiores, esquecendo-se de que o verdadeiro servidor assume sempre a iniciativa da gentileza, na mais comezinha atividade doméstica. 
🔹 
Vejamos a lógica do cotidiano. 
Um diretor de escritório não exigirá que o auxiliar se faça enciclopédia humana, a fim de receber-lhe a cooperação; mas solicita seja ele uma criatura ordeira e laboriosa, com a necessária experiência em assuntos de escrita. 
Um médico não reclamará do enfermeiro uma certidão de grandeza moral para aceitar-lhe o concurso; no entanto, contará seja ele pessoa operosa e sensata, com a precisa dedicação aos doentes. 
O proprietário de um ônibus não se servirá da atenção do farmacêutico, em sua oficina; mas procurará um motorista, que não apenas saiba manobrar o volante, mas que o ajude também a conservar o carro. 
O farmacêutico, a seu turno, não se utilizará da atenção de um motorista, em sua casa, mas procurará um colaborador que não apenas saiba vender remédios, mas que o ajude também a aviar as receitas. 
Cada trabalhador permanece em sua própria tarefa, embora a interdependência seja o regime da vida apontado a todos. 
🔹 
Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos responsáveis. 
Se não podes compreender isso, observa o avião, por mais simples seja ele. Tudo é amparo inteligente e ação maquinal no comboio aéreo. Torres de observação esclarecem-lhe a rota e vigorosos motores garantem-lhe a marcha. 
Mas tudo pode falhar, se falharem o entendimento e a disciplina no aviador que está dentro dele.🔵
_______________
(Do livro “Seara dos médiuns”, de Emmanuel,
psicografado por Francisco Cândido Xavier, 4ª Ed.,
1982, editado pela FEB, págs. 137/138 - 
Reunião pública de 17/6/60 - Questão nº 223 - Parágrafo 10º.)
Imagem: www.google.com.Acesso em:27/fevereiro/2015.
Formatação atualizada em: 10/dezembro/2017.

sábado, 9 de dezembro de 2017

EXPIAÇÕES COLETIVAS

Clélia Duplantier
QUESTÃO:


- O Espiritismo explica perfeitamente a causa dos sofrimentos individuais, como conseqüências imediatas das faltas cometidas na existência precedente, ou como expiação do passado; mas, uma vez que cada um só é responsável pelas suas próprias faltas, não se explicam satisfatoriamente as desgraças coletivas que atingem as aglomerações de indivíduos, às vezes, uma família inteira, toda uma cidade, toda uma nação, toda uma raça, e que se abatem tanto sobre os bons, como sobre os maus, assim sobre os inocentes, como sobre os culpados.

RESPOSTA:

- Todas as leis que regem o Universo, sejam físicas ou morais, materiais ou intelectuais, foram descobertas, estudadas, compreendidas, partindo-se do estudo da individualidade e do da família para o de todo o conjunto, generalizando-as gradualmente e comprovando-se-lhe a universalidade dos resultados.

Outro tanto se verifica hoje com relação às leis que o estudo do Espiritismo dá a conhecer. Podem aplicar-se, sem medo de errar, as leis que regem o indivíduo à família, à nação, às raças, ao conjunto dos habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas. Há as faltas do indivíduo, as da família, as da nação; e cada uma, qualquer que seja o seu caráter, se expia em virtude da mesma lei. O algoz, relativamente à sua vítima, quer indo a encontrar-se em sua presença no espaço, quer vivendo em contacto com ela numa ou em muitas existências sucessivas, até à reparação do mal praticado. O mesmo sucede quando se trata de crimes cometidos solidariamente por um certo número de pessoas. As expiações também são solidárias o que não suprime a expiação simultânea das faltas individuais.

Três caracteres há em todo homem: o do indivíduo, do ser em si mesmo; o de membro da família e, finalmente, o de cidadão. Sob cada uma dessas três faces pode ele ser criminoso e virtuoso, isto é, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão e reciprocamente. Daí as situações especiais que para si cria nas suas sucessivas existências.

Salvo alguma exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que numa existência vêm a estar reunidos por uma tarefa comum já viveram juntos para trabalhar com o mesmo objetivo e ainda reunidos se acharão no futuro, até que hajam atingido a meta, isto é, expiado o passado, ou desempenhado a missão que aceitaram.

Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provações que não decorrem dos atos da vida presente, porque reconheceis que elas são o resgate das dívidas do passado. Por que não haveria de ser assim com relação às provas coletivas? Dizeis que os infortúnios de ordem geral alcançam assim o inocente, como o culpado; mas, não sabeis que o inocente de hoje pode ser o culpado de ontem? Quer ele seja atingido individualmente, quer coletivamente, é que o mereceu. Depois, como já o dissemos, há as faltas do indivíduo e as do cidadão; a expiação de umas não isenta da expiação das outras, pois que toda dívida tem que ser paga até à última moeda. As virtudes da vida privada diferem das da vida pública. Um, que é excelente cidadão, pode ser péssimo pai de família; outro, que é bom pai de família, probo e honesto em seus negócios, pode ser mau cidadão, ter soprado o fogo da discórdia, oprimido o fraco, manchado as mãos em crimes de lesa-sociedade. Essas faltas coletivas é que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se encontram de novo reunidos, para sofrerem juntos a pena de talião, ou para terem ensejo de reparar o mal que praticaram, demonstrando devotamento à causa pública, socorrendo e assistindo aqueles a quem outrora maltrataram. Assim, o que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, se torna claro e lógico mediante o conhecimento dessa lei.

A solidariedade, portanto, que é o verdadeiro laço social, não o é apenas para o presente; estende-se ao passado e ao futuro, pois que as mesmas individualidades se reuniram, reúnem e reunirão, para subir juntas a escala do progresso, auxiliando-se mutuamente. Eis aí o que o Espiritismo faz compreensível, por meio da eqüitativa lei da reencarnação e da continuidade das relações entre os mesmos seres.🔵
Atenção
Em "Obras Póstumas", na sequência do texto acima, Kardec faz um comentário que deixamos de reproduzir por questões de espaço e que amplia o entendimento do tema. É muito importante essa leitura complementar.
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("Obras Póstumas" - de Allan Kardec. Questões e problemas -
As expiações coletivas. FEB. 26ª ed. 1993. pág. 215.)
Imagem: http://www.google.com/ . Acesso em: 22/julho/2014.
Formatação atualizada em: 09/dezembro/2017.