sábado, 21 de setembro de 2019

ORANDO AO GUIA ESPIRITUAL

Montanhas de Ataleia - MG - Brasil
Espíritos bem-amados, anjos guardiões,
Vós a quem Deus, em sua infinita misericórdia,
permite velar pelos homens, sede meus protetores
nas provas da minha vida terrestre.
Dai-me a força, a coragem e a resignação;
Inspirai-me tudo o que é bom e detende-me na inclinação do mal;
Que vossa doce influência penetre minha alma;
Fazei com que eu sinta que um devotado amigo
está perto de mim, que vê meus sofrimentos e partilha minhas alegrias.
E vós, meu bom anjo, não me abandoneis;
Tenho necessidade de toda a vossa proteção,
para suportar com fé e amor as 
provas que aprouver a Deus me enviar.🔵

AMOR

Lagoa Juparanã - Linhares - Espírito Santo - Brazil
Pelo Espírito João de Brito

O Amor, sublime impulso de Deus,
é a energia que move os mundos:
Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
Palpita em todas as criaturas.
Alimenta todas as ações.
🔸
O ódio é o Amor que se envenena.
A paixão é o Amor que se incendeia.
O egoísmo é o Amor que
se concentra em si mesmo.
🔸
O ciúme é o Amor que se dilacera.
A revolta é o Amor que se transvia.
O orgulho é o Amor que enlouquece.
A discórdia é o Amor que divide.
A vaidade é o Amor que se ilude.
A avareza é o Amor que se encarcera.
O vício é o Amor que se embrutece.
A crueldade é o Amor que tiraniza.
O fanatismo é o Amor que se petrifica.
A fraternidade é o Amor que se expande.
A bondade é o Amor que se desenvolve.
O carinho é o Amor que se enflora.
A dedicação é o Amor que se estende.
O trabalho digno é o Amor que aprimora.
A experiência é o Amor que amadurece.
A renúncia é o Amor que se ilumina.
O sacrifício é o Amor que se santifica.
O Amor é o clima do Universo.
🔸
É a religião da vida, a base do estímulo
e a força da Criação.
Ao seu influxo, as vidas se agrupam,
sublimando-se para a imortalidade.
Nesse ou naquele recanto isolado,
quando se lhe retire a influência,
reina sempre o caos.
Com ele, tudo se aclara.
Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o Amor que se desdobra,
em busca da Perfeição no Infinito,
segundo os Propósitos Divinos;
e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.🔵
___________________________
(XAVIER, Francisco Cândido. Falando à Terra,
Diversos Espíritos. 5. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1991, p. 105-106.)
Imagem: http://www.google.com/ . Acesso em: 07/11/10.
Formatação atualizada em: 21/setembro/2019.

A ÁRVORE PRECIOSA

Espírito Neio Lúcio

'...Os talentos do Pai foram concedidos aos filhos, indistintamente, para que aprendam a desfrutar os dons eternos, com entendimento e harmonia...'
Salientando o Senhor que a construção do Reino Divino seria obra de união fraternal entre todos os homens de boa-vontade, o velho Zebedeu, que amava profundamente os apólogos do Cristo, pediu-lhe alguma narrativa simbólica, através da qual a compreensão se fizesse mais clara entre todos.
Jesus, benévolo como sempre, sorriu e contou:
— Viviam os homens em permanentes conflitos, acompanhados de miséria, perturbação e sofrimento, quando o Pai compadecido lhes enviou um mensageiro, portador de sublimes sementes da Árvore da Felicidade e da Paz. Desceu o anjo com o régio presente e,congregando os homens para a entrega festiva, explicou-lhes que o vegetal glorioso produziria flores de luz e frutos de ouro, no futuro, apagando todas as dissensões, mas reclamava cuidados especiais para fortalecer-se. Em germinando, era imprescindível a colaboração de todos, nos cuidados excepcionais do amor e da vigilância.
As sementes requeriam terra conveniente, aperfeiçoado sistema de irrigação, determinada classe de adubo, proteção incessante contra insetos daninhos e providências diversas, nos tempos laboriosos do início; a planta, contudo, era tão preciosa em si mesma que bastaria um exemplar vitorioso para que a paz e a felicidade se derramassem, benditas, sobre a comunidade em geral. Seus ramos abrigariam a todos, seu perfume envolveria a Terra em branda harmonia e seus frutos, usados pelas criaturas, garantiriam o bem-estar do mundo inteiro.
Finda a promessa e depois de confiadas ao povo as sementes milagrosas, cada circunstante se retirou para o domicílio próprio, sonhando possuir, egoisticamente, a árvore das flores de luz e dos frutos de ouro. Cada qual pretendia a preciosidade para si, em caráter de exclusividade. Para isso, cerraram-se, apaixonadamente, nas terras que dominavam, experimentando a sementeira e suspirando pela posse pessoal e absoluta de semelhante tesouro, simplesmente por vaidade do coração.
A árvore, todavia, a fim de viver, reclamava concurso fraterno total, e os atritos ruinosos continuaram.
As sementes, pela natureza divina que as caracterizava, não se perderam; entretanto, se alguns cultivadores possuíam água, não possuíam adubo e os que retinham o adubo não dispunham de água farta. Quem detinha recursos para defender-se contra os vermes, não encontrava acesso à gleba conveniente e quem se havia apoderado do melhor solo não contava com possibilidades de vigilância. E tanto os senhores provisórios da água e do adubo, da terra e dos elementos defensivos, quanto os demais candidatos à posse da riqueza celeste, passaram a lutar, em desequilíbrio pleno, exterminando-se reciprocamente.
O Mestre fez longo intervalo na curiosa narrativa e acrescentou:
— Este é o símbolo da guerra improfícua dos homens em derredor da felicidade. Os talentos do Pai foram concedidos aos filhos, indistintamente, para que aprendam a desfrutar os dons eternos, com entendimento e harmonia. Uns possuem a inteligência, outros a reflexão; uns guardam o ouro da terra, outros o conhecimento sublime; alguns retêm a autoridade, outros a experiência; todavia, cada um procura vencer sozinho, não para disseminar o bem com todos, através do heroísmo na virtude, mas para humilhar os que seguem à retaguarda.
E fitando Zebedeu, de modo significativo, finalizou:
— Quando a verdadeira união se fizer espontânea, entre todos os homens no caminho redentor do trabalho santificante do bem natural, então o Reino do Céu resplandecerá na Terra, à maneira da árvore divina das flores de luz e dos frutos de ouro.
O velho galileu sorriu, satisfeito, e nada mais perguntou.🔵
 ___________
Do livro "Jesus no Lar", pelo Espírito Neio Lucio,
psicografado por Chico Xavier, 36ª ed. FEB, 2008, lição 46.
Imagem:www.google.com. Acesso em: 19/setembro/2016.
Destaques:pelo Editor do Blog.
Formatação atualizada em: 21/setembro/2019;

terça-feira, 17 de setembro de 2019

SAUDANDO A PRIMAVERA!

A LENDA DA ROSA
Pelo Espírito Maria Dolores

Dizem que quando a Terra começava
A ser habitação de forças vivas,
Nas telas primitivas,
Tudo passara a ser agitação de festa;
As cidades nasciam
Em singelas aldeias na floresta...
A beleza imperava,
O verde resplendia,
Toda a vegetação se espalhava e crescia,
Dando refúgio e proteção
Aos animais,
Do mais fraco ao mais forte...

O progresso ganhava as marcas de alto porte.

No campo, as plantas todas
Respiravam felizes,
Da folhagem no vento à calma das raízes;
Era um mundo de belos resplendores,
Adornados de flores,
Com uma exceção.

Tão-somente, o espinheiro,

Era triste e sozinho
Uma espécie de monstro no caminho,
De que ninguém se aproximava,
Todo feito de pontas agressivas,
Recordando punhais de traiçoeiro corte,
Que anunciavam a dor e feridas de morte.

De tanto padecer desprezo e solidão,

Um dia, o espinheiral,
Fitou o Azul Imenso e disse em oração:
- Senhor, que fiz de mal
Para ser espancado e escarnecido,
Todos me evitam cautelosamente
Como se eu não devesse haver nascido...

Compadece-te, oh ! Pai, da penúria que trago,

Terei culpa das garras que me destes?
Acendes astros mil para a noite celeste,
Vestes a madrugada de mantilhas vermelhas,
Dás lãs para as ovelhas,
Inteligência aos cães, cântico às aves,
Estendeste no chão a bondade das fontes
Que deslizam suaves

Na força universal com que desdobras,

A amplitude sem fim dos horizontes,
Em cujo místico esplendor
Falas de majestade, paz e amor...

Não me abandones, Pai, às pedras dos caminhos,

Se posso, não desejo,
Oferecer espinhos...
Quero servir-te à obra, aspiro a ser perfume,
Inspiração e cor, harmonia e beleza,
Para falar de ti nas leis da Natureza.

Dizem que Deus ouviu a inesperada prece

E notando a humildade e a contrição do espinheiro,
Mandou que, à noite, o orvalho lhe trouxesse
Um prodígio imortal.

Na seguinte manhã, logo após a alvorada,

Por entre exalações maravilhosas,
O homem descobriu, de alma encantada,
Que Deus para mostrar-se
O Pai e o Companheiro,
Atendendo a oração pusera no espinheiro...
A primeira das rosas.🔸
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(Psicografia de Francisco Cândido Xavier)
Imagem: www.google.com . Acesso em: 23/outubro/2010.
Formatação atualizada em:17/setembro/2019.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

O SUICÍDIO E A LOUCURA



Allan Kardec
("O Evangelho Segundo o Espiritismo"-
 Cap. V, itens 14 a 17.)
'...A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral...' 
“14. A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio. Com efeito, é certo que a maioria dos casos de loucura se deve à comoção produzida pelas vicissitudes que o homem não tem a coragem de suportar. Ora, se encarando as coisas deste mundo da maneira por que o Espiritismo faz que ele as considere, o homem recebe com indiferença, mesmo com alegria, os reveses e as decepções que o houveram desesperado noutras circunstâncias, evidente se torna que essa força, que o coloca acima dos acontecimentos, lhe preserva de abalos a razão, os quais, se não fora isso, a conturbariam.(continua...)
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Leia a íntegra em:
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KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo.
106ª ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1992. Cap. V, itens
14 a 17. Págs.108/110.
Imagem: http://www.google.com.br/. Acesso em:
Formatação atualizada em: 11/setembro/2019.

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

DIGA NÃO AO SUICÍDIO


10 de setembro
 Dia Mundial da Prevenção do Suicídio


Segue confiante

“Ergue-te, enquanto é tempo, e faze, por ti mesmo, o bem que possas.”
Lutas, conflitos, perturbações… Por vezes, é possível que te sintas à frente do mundo, qual se estivesses no mar tumultuado. Guarda-te na embarcação da fé e segue na rota que te cabe percorrer. Deus está no leme. Age e confia.
(Livro de respostas, ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier)🔵
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Publicado em www.febnet.org.br-
Boletim Eletrônico 1ª quinzena de setembro.
Acesso em: 04/setembro/2019.

LIÇÕES DA OBRA DE YVONNE DE A. PEREIRA

Por Sandra Ventura
“Todo encontro com outro ser humano tem sentido edeve significar algo no plano da criação de Deus.” – Peter Van Der Meer1
Infelizmente não tive oportunidade de conhecê-la pessoalmente, mas pude reconhecer os seus caracteres de nobreza, distinção, fraternidade e humildade pelas obras que psicografou e nos muitos artigos que escreveu, nos quais se vê a observância fiel aos princípios doutrinários, bem como o profundo ascendente moral evangélico presente em toda a sua produção e vivência doutrinária.
Em março de 1984, deixava a Terra a alma redimida de Yvonne do Amaral Pereira.Foram 83 anos bem vividos e destinados à renovação de si mesma, tendo como principal ferramenta a dor das provas e das expiações a que se submeteu resignada e confiante.
Espírito lúcido, soube como ninguém aproveitar as lições e benesses que somente a Doutrina dos Espíritos lhe poderia dar. Alma peregrina do pecado, transitou de dramas terríveis à plena redenção de seus sentimentos de mulher, filha, amiga e irmã, dedicando-se com respeito e honradez aos inúmeros companheiros que puderam compartilhar da sua presença em substanciosas conversas na varanda da casa de sua irmã Amália (com quem morou nos últimos anos de sua vida) ou nos momentos de pregação evangélica a que ela se dedicava (na tribuna humilde ou nas missivas escritas com carinho maternal), ou ainda no colóquio silencioso e feliz com os seus queridos amigos do espaço. Que lições valiosas lhe fluíam da pena, sob a influência suave do venerável Bezerra de Menezes, quando este, cercando-a com os cuidados de pai, lhe dava a oportunidade de reconhecer, Nas telas do infinito, toda a operosidade do amor com que devem conduzir-se aqueles que pretendem servir nas lides dos muitos Dramas da obsessão ou nos graves momentos como a Tragédia de Santa Maria.
Quem poderia prever que sua tragédia passional de ex-suicida no século 19 pudesse se converter em testemunho de fogo, fazendo com que ela mesma voltasse à Terra com a missão de alertar os incautos do caminho sobre os perigos e sofrimentos advindos desse gesto insano, de profunda revolta contra a Lei de Deus.
Camilo Castelo Branco,o notável escritor português, contou-lhe suas Memórias de um suicida e deste trabalho conjunto temos o maior tratado mediúnico dos últimos tempos,na opinião do preclaro Espírito André Luiz.
Com as lembranças de Camilo vieram também as narrativas de Amor e ódio, que o grande Victor Hugo pediu a Charles transcrevesse, buscando no éter as vívidas e traumáticas experiências de um jovem artista, que bem serviriam de exemplo para a juventude, ao encontrar em O livro dos espíritos a explicação e o consolo para os seus martírios. O inesquecível escritor e pregador do Evangelho, o “santo paizinho” da Rússia, como era conhecido Liev Tolstoi, deu sua contribuição preciosa trazendo as histórias do seu povo, das suas terras longínquas, em que exigiu da médium o uso do russo castiço, para as descrições detalhadas do exigente escritor romântico, necessárias ao repasse das suas cartas de moral evangélica, de psicologia profunda donde ressoam a Sublimação dos sentimentos de muitas criaturas, travestidas de personagens, outros trazendo a Ressurreição e vida que só o encontro com o Cristo favorece.
Ainda poderíamos destacar, por muito nos sensibilizarem, as suaves nuances de azul e rosa que a médium percebia envolvendo as cenas do drama Nas voragens do pecado, obra escrita inicialmente pelo Espírito Roberto de Canallejas, seu companheiro de muitos enredos. Roberto, protagonista nesse drama e nas duas outras obras que compõem a já consagrada “Trilogia de Yvonne A. Pereira”, oprimido pelo sofrimento que lhe causava a lembrança do passado, não pôde concluí-las. A tarefa coube ao mentor da médium, o Espírito Charles, que manteve o sabor nostálgico da vida do Cavaleiro de Numiers e o caráter impactante do Drama da Bretanha. Muito se poderia dizer desta trilogia, mas por que nos retermos nos aspectos históricos tão bem caracterizados, a evidenciarem uma de suas notáveis especialidades mediúnicas, se o que mais nos salta aos olhos é justamente a penetração doutrinária em todos os lances, o alcance das lições em cada obra, À luz do consolador?
Estudiosa profunda e grande observadora dos fenômenos mediúnicos, foi Devassando o invisível que ela nos trouxe as suas Recordações da mediunidade – duas obras que são o relato de suas experiências mediúnicas -, as quais vieram a lume sob a orientação de Charles, Bezerra,Inácio Bittencourt e Léon Denis, que lhe determinaram:
Narrarás o que a ti mesma sucedeu, como médium, desde o teu nascimento. Nada mais será necessário. [...]
O grande discípulo de Allan Kardec, Léon Denis, tornou-se amigo presente em momentos cruciais de sua vida, soerguendo-lhe o ânimo diante das muitas dificuldades, até que a expressão máxima do trabalho brilhasse estampada nas obras sobre as quais ela se debruçava com fervor, dificuldades como os 30 anos de espera pela publicação de uma obra, ou ainda ter o seu passado equivocado, em vidas anteriores, exposto em algumas de suas obras,tudo para testar sua humildade e resignação.
A Federação Espírita Brasileira, a Casa Máter do Espiritismo, era considerada por ela como um segundo lar paterno, daí a sua admiração e devoção pela Casa de Ismael durante toda a sua vida, entregando toda a sua obra aos cuidados da FEB. Em 2013, a FEB Editora lançou alguns livros que jaziam esquecidos pelo tempo.Mas, como tudo tem o seu momento, eis que quatro deles são recuperados, todos ostentando o conteúdo e o estilo inconfundíveis, tanto da médium como dos Espíritos que a assistiam.São cartas destinadas à infância e à juventude. São flores colhidas em plena primavera de sentimentos para que o Espírito jovem acolha os ensinamentos do Evangelho sob as bênçãos da Família espírita, com o endosso do Evangelho aos simples, compreendendo As três Revelações da lei de Deus nos muitos Contos amigos que a saudosa médium trouxe das mãos generosas de Bezerra de Menezes, Charles e Liev Tolstoi.
Muito ainda se poderia comentar sobre as 173 obras que Yvonne nos legou, todavia o que mais importa é que a quantidade não tem tanta valia onde a qualidade é inequívoca, onde a fidelidade absoluta a Jesus e a Kardec saltam aos olhos daqueles que têm olhos para ver e que estejam vigiando e orando, já que os tempos são chegados e o joio será atado em molhos para queimar, e o trigo, juntado no celeiro do Senhor. (Mateus, 13:30.)
___________________________
1 PEREIRA. Yvonne do A. Um caso de reencarnação – Eu e Roberto de Canallejas.
5. ed. Rio de Janeiro: Associação Editora Espírita F. V. Lorenz,2009.
2 PEREIRA. Yvonne do A. Recordações da mediunidade. 12. ed. 2. imp. Brasília:FEB, 2013. Introdução, p. 8.
3 N.R.: Dessas 17 obras, uma será lançada este mês:
As três revelações da lei de Deus; e a outra, Contos amigos, ainda se encontra no prelo.
🔵
(Texto e imagem disponíveis em: http://www.sistemas.
febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=398.)
Acesso em: 01/março/2014.
Formatação atualizada em: 06/setembro/2019. 

POR CINCO DIAS

Pelo Espírito Hilário Silva

'...Ele apenas não soubera esperar...'


Mais de seis lustros passaram. Francisco Teodoro, o industrial suicida, experimentava pavorosos suplícios nas trevas...
Defrontado por crise financeira esmagadora, havia aniquilado a existência. Tivera vida próspera. À custa de ingente esforço, construíra uma fábrica. Importando fios, conseguira tecer casimiras notáveis. E o trabalho se desdobrava, promissor. Operários e máquinas eficientes, armazéns e lucros firmes.
Surgira, porém, a retração dos negócios. Humilhavam-no cobranças e advertências, a lhe invadirem a casa. Frases vexatórias espancavam-lhe os ouvidos.
- Coronel Francisco, trago-lhe as promissórias vencidas.
- Sr. Francisco, nossa firma não pode esperar.
O capitão do serviço pedia mais tempo; apresentava desculpas; falava de novas esperanças e comentava as dificuldades de todos.
Meses passaram pesadamente.
Cartas vinagrosas chegavam-lhe à caixa postal. Devia aos credores diversos o montante de oitocentos contos de réis. A produção, abundante, descansava no depósito, sem compradores. Procurava consolo na fé religiosa. Por toda parte, lia e ouvia referências à Divina Bondade. Deus não desampara as criaturas – pensava. Ainda assim, tentava a oração, sem abandonar a tensão.
E porque alguém o ameaçava de escândalos na imprensa, com protestos públicos, em que seria indicado por negociante desonesto, escreveu pequena carta, anunciando-se insolvável, e disparou um tiro no crânio.
Com imenso pesar, descobriu que a vida continuava, carregando, em zonas sombrias de purgação, a cabeça em frangalhos...
Palavra alguma na Terra conseguiria descrever-lhe o martírio. Sentia-se um louco encarcerado na gaiola do sofrimento.Depois de trinta anos, pode recuperar-se, internando-se em casa de reajuste, reavendo afeições e reconhecendo amigos...
E agora que retornava à cidade que lhe fora ribalta ao desespero, notava, surpreendido, o progresso enorme da fábrica que lhe saíra das mãos. Embora invisível aos olhos físicos dos velhos companheiros de luta, abraçou, chorando de alegria, os filhos e os netos reunidos no trabalho vitorioso.
E após reconhecer o seu próprio retrato, reverenciado pelos descendentes no grande escritório, veio a saber que acontecimento importante sucedera cinco dias depois dos funerais em que a família lhe pranteara o gesto terrível.
À face de alteração na balança comercial do País, ante a grande guerra de 1914, o estoque de casimiras, que acumulara zelosamente, produziu importância que superou de muito a quatro mil conto de reis.
Mostrando melancólico sorriso, o visitante espiritual compreendeu, então, que a Bondade de Deus não falhara.
Ele apenas não soubera esperar...🔵
_________
(Do livro “Idéias e Ilustrações”. Autores diversos.
Psicografia de Francisco C. Xavier. Lição nº 7 -
Da Esperança. Hilário Silva.FEB.1978.
Destaques pelo editor do Blog.
Imagem: www. google.com. Acesso em: 21/setembro/2011. 
Formatação atualizada em: 06/setembro/2019.

COMPREENSÃO


Pelo Espírito Emmanuel
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.- PAULO. (I Coríntios, 13:1.)
Parafraseando o Apóstolo Paulo, ser-nos-á lícito afirmar, ante as lutas renovadoras do dia-a-dia:

- se falo nos variados idiomas do mundo e até mesmo na linguagem do Plano Espiritual, a fim de comunicar-me com os irmãos da terra, e não tiver compreensão dos meus semelhantes, serei qual gongo que soa vazio ou qual martelo que bate inutilmente;

- se cobrir-me de dons espirituais e adquirir fé, a ponto de transplantar montanhas, se não tiver compreensão das necessidades do próximo, nada sou;

- e se vier a distribuir todos os bens que acaso possua, a benefício dos companheiros em dificuldades maiores que as nossas, ou entregar-me à fogueira em louvor de minhas próprias convicções, e não demonstrar compreensão, em auxílio dos que me cercam, isso de nada me aproveitaria.

A compreensão é tolerante, prestimosa, não sente inveja, não se precipita e não se ensoberbece em coisa alguma. Não se desvaira em ambição, não se apaixona pelos interesses próprios, não se irrita, nem suspeita mal. Tudo suporta, crê no bem, espera o melhor e sofre sem reclamar. Não se regozija com a injustiça e, sim, procura ser útil, em espírito e verdade.

De todos as virtudes, permanecem por maiores a fé, a esperança e a caridade; e a caridade, evidentemente, é a maior de todas, entretanto, urge observar que, se fora da caridade não há salvação, sem compreensão a caridade falha sempre em seus propósitos, sem completar-se para ninguém.🔵
_____________________________
(XAVIER,Francisco C.Ceifa de luz.Pelo Espírito Emmanuel.
2.ed.3.imp.(Coleção Fonte Viva).Brasília:FEB,2011.cap.29.)
Imagem: www.google.com. Acesso em:16/janeiro/2015.
Formatação atualizada em: 06/setembro/2019..

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

SUICÍDIO

Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
'...O suicídio é um filho espúrio do materialismo, por demonstrar que o sentido da vida é o gozo e que, após, tudo retorna ao caos do princípio...'
"Com caráter epidêmico, o suicídio alcança índices surpreendentes na estatística dos óbitos terrestres, havendo ultrapassado o número daqueles que desencarnam vitimados pela AIDS.
A ciência, aliada à tecnologia, tem facultado incontáveis benefícios à criatura humana, mas não conseguiu dar-lhe segurança emocional.
Em alguns casos, a comunicação virtual tem estimulado pessoas portadoras de problemas psicológicos e psiquiátricos a fugirem pela porta abissal do autocídio, como se isso solucionasse a dificuldade momentânea que as aturde.
Por outro lado, sites danosos estimulam o terrível comportamento, especialmente entre os jovens ainda imaturos, que não tiveram oportunidade de experienciar a existência. De um lado, as promessas de felicidade, confundidas com os gozos sensoriais, dão à vida um colorido que não existe e propõem usufruir-se do prazer até a exaustão, como se a Terra fosse uma ilha de fantasia. Embalados pelos muito bem feitos estimulantes de fuga da realidade, quando as pessoas dão-se conta da realidade, frustam-se e amarguram-se, permitindo-se a instalação da revolta ou da depressão, tombando no trágico desar.
Recentemente a Mídia apresentou uma nova técnica de autodestruição, no denominado clube da baleia azul, no qual os candidatos devem expor a vida em esportes radicais ou situações perigosíssimas, a fim de demonstrarem força e valor, culminando no suicídio. Se, por acaso, na experiência tormentosa há um momento de lucidez e o indivíduo resolve parar é ameaçado pela quadrilha de ter a vida exterminada ou algum membro da sua família pagará pela sua desistência.
O uso exagerado de drogas alucinógenas, a liberdade sexual exaustiva e as desarrazoadas buscas do poder transitório conduzem à contínua insatisfação e angústia, sendo fator preponderantes para a covarde conduta.
O suicídio é um filho espúrio do materialismo, por demonstrar que o sentido da vida é o gozo e que, após, tudo retorna ao caos do princípio.
É muito lamentável esse trágico fenômeno humano, tendo-se em vista a grandeza da vida em si mesma, as oportunidades excelentes de desenvolvimento do amor e da criação de um mundo cada vez melhor.
Ao observar-se, porém, a indiferença de muitos pais em relação à prole, a ausência de educação condigna e os exemplos de edificação humana, defronta-se, inevitavelmente, a deplorável situação em que estertora a sociedade.
Todo exemplo deve ser feito para a preservação do significado existencial, trabalhando-se contra a ilusão que domina a sociedade e trabalhando-se pelo fortalecimento dos laços de família, pela solidariedade e pela vivência do amor, que são antídotos eficazes ao cruel inimigo da vida – o suicídio! (Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 20-04-2017.")🔵
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Publicado em www.febnet.org.br-
Boletim Eletrônico 1ª quinzena de setembro.
Acesso em: 04/setembro/2019.
Imagem: www.google.com. 
Acesso em: 04/setembro/2019.