sábado, 27 de junho de 2015

VISÃO ESPÍRITA DO ABORTO


A Vida, no dizer de Léon Denis,"[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus." 1
Destacamos nesta postagem a defesa da vida, meditando na séria questão do aborto, um gravíssimo problema que ainda macula a existência humana, e que, além das penosas consequências no mundo dos encarnados, acarreta terríveis resgates aos espíritos (à mulher e também ao seu parceiro) que se aventuram por esse caminho tenebroso.

A seguir, algumas reflexões sobre o assunto:
"Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação. Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz." 2 
"[...] o aborto é crime, que pode ter atenuantes ou agravantes, como todo desrespeito à lei. Antes de ser transgressão à lei humana, o abortamento provocado constitui crime perante a Lei Divina ou Natural, ficando os infratores sujeitos à infalível lei de ação e reação. Interromper a gestação de um filho é decisão de grande responsabilidade. Entretanto, há quem o faça sem quaisquer considerações de natureza médica, legal, moral ou espiritual, porque considera a gestação um fato meramente biológico e que somente as pessoas nela diretamente envolvidas têm o direito de decidir pelo seu desenvolvimento natural ou pela interrupção, sem culpa legal ou moral. Com a prática do aborto, os envolvidos assumem débitos perante a Lei Divina, por impedir a reencarnação de um Espírito necessitado da oportunidade de progresso que a ele é concedida." 3
Convidamos, assim, o nosso leitor/leitora ao estudo do texto "Aborto Criminoso", do Espírito André Luiz, da obra "Evolução em dois mundos", desejando a todos boas reflexões, e que Deus esteja sempre presente em nossas vidas, inspirando-nos nas tarefas e compromissos que com Ele assumimos. Muita Paz!
Francisco.
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1- DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor:os testemunhos, os fatos, as leis.
28a ed.Rio de Janeiro: FEB, 2005. - pt. 1, cap. 8.
2- XAVIER, Francisco Cândido. Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar. 
Por diversos Espíritos. 10ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. - cap. 19.
3 - DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que). Compilado sob orientação de
Juvanir Borges de Souza. Rio de Janeiro: FEB, 2001. - Introdução.
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Formatação atualizada em: 27/junho/2015.
Imagem: www.morguefile.com. Acesso em: 27/junho/2015.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

FELICIDADE E DEVER

Pelo Espírito Emmanuel
"...Não há felicidade, contudo, sem dever corretamente cumprido..."
A procura da felicidade assemelha-se, no fundo, a uma caçada difícil.
Taxando-a por dom facilmente apresável, há quem a procure entre os mitos do ouro, enferrujando as mais belas faculdades da alma, na fossa da usura; quem a dispute no prazer dos sentidos, acordando no catre da enfermidade; quem lhe suponha a presença na exaltação do poder terrestre, acolhendo-se à dor de extrema desilusão, e quem a busque na retenção do supérfluo, apodrecendo de tédio em câmaras de preguiça.
Não há felicidade, contudo, sem dever corretamente cumprido.
Observa, pois, o dever de que a vida te incumbe.
Vê-lo-ás, hora a hora, no quadro das circunstâncias.
Na fé que te pede serviço.
No serviço que te roga compreensão.
No ideal que te pede caráter.
No caráter que te roga firmeza.
No exemplo que te pede disciplina.
Na disciplina que te roga humildade.
No lar que te pede renúncia.
Na renúncia que te roga perseverança.
No caminho que te pede cooperação.
Na cooperação que te roga discernimento.
Por mais agressivos se façam os empeços da marcha, não te desvies da obrigação que te recomenda o bem de todos, sempre que puderes e quanto puderes, seja onde for.
Porque te mostres leal a ti mesmo, é possível que a maioria te categorize à conta de ingrato e rebelde, fanático e louco.
A maioria, no entanto, nem sempre abraça o direito.
Não podemos esquecer que, no instante supremo da Humanidade, ela, a maioria, estava com Barrabás e contra o Cristo.
Cumpre, assim, teu dever e, tomando da Terra somente o necessário à própria manutenção, de modo a que te não apropries da felicidade dos outros, estarás atingindo a verdadeira felicidade, que fulge sempre, como bênção de Deus, na consciência tranqüila.
*  *  *
(Do livro "Religião dos Espíritos", de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.
FEB. 4ª ed. 1960. Reunião pública de 13/07/59 -  Questão nº 922.p. 129/130)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 11/março/2012.
Formatação atualizada em: 20/junho/2015. Destaques: pelo Editor do Blog.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

" ... Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs ..."
A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no caso em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.

A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em conseqüência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.
*  *  *
(De "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (Allan Kardec) -
Cap.XXVII, itens 9 a 11. 106ª ed. FEB. 1992.)
Imagem: www.google.com . Acesso em: 07/julho/2011.
Atualização:17/junho/2015..Destaques: pelo Blog.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

'O CÉU E O INFERNO' - COM O GRUPO '+AMOR' (RS)


O CÉU E O INFERNO
(André Pirola)

Am F7M
Vivemos, pensamos
Queremos, amamos
Do que eu fiz, o que ficou?
Tudo de mim
A morte
Uma questão:
G
Será que é o fim?
Será que não?
Am F7M C7M G
Que céu você espera ver
De todas cores e sabores
Dos amores dessas vidas
Qual de todas você quis viver?
Que céu você espera ter
Se na hora de ir embora
Suas mãos estão
vazias... frias.

Auguste Michel
Maurice Gontran
Jacques Latour
Ferdinand Bertin
Antoine Costeau
François Riquier
Samuel Filipe
François-Simon Louvet
Xumène, Lamaire,
Bernardin, Novel, Jobard,
Julienne-Marie,
“La mort...
... n’existe pas!”

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Imagem: YOU TUBE/Márcia Albuquerque.Acesso em: 11/junho/2015.
Texto: Apostila de Músicas/FEEES. Acesso em: 11/junho/2015.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

NO REINO DAS BORBOLETAS

Da Reencarnação
Irmão X

     À beira de um charco, formosa borboleta, fulgurando ao crepúsculo, pousou sobre um ninho de larvas e falou para as pequeninas lagartas, atônitas:
     - Não temais! Sou eu... uma vossa irmã de raça!... Venho para comunicar-vos esperança!...Nem sempre permanecereis coladas à erva do pântano! Tende calma, fortaleza, paciência!...Esforçai-vos por sucumbir aos golpes da ventania que, de quando em quando, varre a paisagem. Esperai! Depois do sono que vos aguarda, acordareis com asas de puro arminho, refletindo o esplender solar... Então, não mais vos arrastareis, presas ao solo úmido e triste. Adquirireis preciosa visão da vida! Subireis muito alto e vosso alimento será o néctar das flores... Viajareis deslumbradas, contemplando o mundo, sob novo prisma!... Observareis o sapo que nos persegue, castigado pela serpente que o destrói, e vereis a serpente que fascina o sapo, fustigada pelas armas do homem!...
     Enquanto a mensageira se entregava à ligeira pausa de repouso, ouviam-se exclamações admirativas:
     - Ah! não posso crer no que vejo!
     - Que misteriosa e bela criatura!...
     - Será uma fada milagrosa?
     - Nada possui de comum conosco...
     Irradiando o suave aroma do jardim em que se demorava, a linda visitante sorriu e continuou:
     - Não vos confieis à incredulidade! Não sou uma fada celeste! Minhas asas são parte integrante da nova forma que a Natureza nos reserva. Ontem vivia convosco; amanhã, vivereis comigo! Equilibrar-vos-eis no imenso espaço, desferindo vôos sublimes à plena luz! Libertadas do chavascal, elevar-vos-eis, felizes! Libertadas do chavascal, elevar-vos-eis, felizes!
Conhecereis a beleza das copas floridas e o saboroso licor das pétalas perfumadas, a delícia da altura e a largueza do firmamento!...
     Logo após, lançando carinhoso olhar à família alvoroçada, distendeu o corpo colorido e, voltando, graciosa, desapareceu.
     Nisso chega ao ninho a lagarta mais velha do grupo, que andava ausente, e, ouvindo as entusiásticas referências das companheiras mais jovens, ordenou, irritada:
     - Calem-se e escutem! Tudo isso é insensatez... Mentiras, divagações... Fujamos aos sonhos e aos desvarios. Nunca teremos asas. Ninguém deve filosofar... Somos lagartas, nada mais que lagartas. Sejamos práticas, no imediatismo da própria vida. Esqueçam-se de pretensos seres alados que não existem. Desçam do delírio da imaginação para as realidades do ventre! Abandonaremos este lugar, amanhã. Encontrei a horta que procurávamos... Será nossa propriedade. Nossa fortuna está no pé de couve que passaremos a habitar. Devorar-lhe-emos todas as folhas... Precisamos simplesmente comer, porque, depois, será o sono, a morte e o nada... nada mais...
     Calaram-se as larvas, desencantadas.
    Caiu a noite e, em meio à sombra, a lagarta-chefe adormeceu, sem despertar no outro dia. Estava ela completamente imóvel.
     As irmãs, preocupadas, observavam curiosas o fenômeno e puseram-se na expectativa.
Findo algum tempo, com infinito assombro, repararam que a orgulhosa e descrente orientadora se metamorfoseara numa veludosa falena, voejante e leve...
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     Anotando a lição breve e simples, cremos que há muitos pontos de contacto entre o reino dos homens e o reino das borboletas.
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Não guardes antipatia
Paz é luz na vida sã.
Inimigo de hoje em dia
Parente nosso amanhã.
(Álvaro Martins)
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Por lei celeste possuis
Aquilo em que te desdobras;
Cada pessoa na vida
Descende das próprias obras
(Chiquito de Morais)
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Não se queixe em circunstância alguma.
Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões
de Deus diretamente a você, e, acima de
qualquer angustia ou provação,
a vida e o tempo responderão a você com a benção
da luz ou com a experiência da sombra, como
você quiser.
(André Luiz)
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(Do livro “Idéias e Ilustrações”. Autores diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Lição nº 39 - Da Reencarnação.
Irmão X (Espírito Humberto de Campos). FEB.1978.
Imagem  http://www.google.com/ . Acesso em: 13/dezembro/2010.)
Formatação atualizada em : 05/junho/2015.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O PRIMEIRO PASSO



Composição de André Pirola

O primeiro passo/pode se dar hoje/
e tudo será Luz/que vai te acompanhar
 
O primeiro passo/mesmo pequenino/
é sempre um gigantesco/poder de transformar
 
O primeiro passo/é um marco de passagem/
um ato de coragem/de quem quer acertar
 
O primeiro passo/deve vir de dentro/
então o sofrimento/começa a aliviar
 
Perdoar alguém/amar alguém/
se amar também/é o passo!
 
Perdoar alguém/amar alguém/
fazer o bem/dê o passo!

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Ouça aqui 
'O primeiro passo'
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segunda-feira, 1 de junho de 2015

A GRANDE SEMEADURA DO AMOR

"[...] o enfrentamento do mal começa no firme propósito de permitir que o Bem floresça primeiramente em nós [...]"

Neste momento, o mundo – podemos até dizer, o nosso planeta – enfrenta uma verdadeira tempestade de provações, nas mais variadas escalas e proporções. Sofrimento e adversidade assolam a Terra de um modo geral, sem que alguém possa dizer-se ou achar-se poupado. Revoluções geológicas brutais e mudanças extremas do clima trazem muita dor, na esteira de consequências impensáveis e imprevisíveis. E, como se não bastasse esse panorama apocalíptico, ainda nos confrontamos, não raramente, com o pior lado da criatura humana − o egoísmo, o orgulho, o caráter violento, o desinteresse pela vida humana −  contribuindo para esse quadro de sombras.

Dizer que podemos enfrentar esse cenário desolador em toda a sua extensão seria hipocrisia, mas também não podemos ficar omissos ou incapacitados diante dos acontecimentos.

Ansiamos – e muito – por um mundo melhor, em que a paz seja perene, e no qual as criaturas possam cultivar o melhor de si, construindo uma nova terra.

Como fazer?

No capítulo da multiplicação dos pães, Jesus saciou a fome dos que O ouviam, utilizando como elemento-base "cinco pães e dois peixes" (Lucas 9:13).

Seguindo esse exemplo milenar, podemos, hoje, utilizar todo o nosso potencial num encadeamento positivo de atitudes, mentes e corações, como nas grandes calamidades, quando o poder da solidariedade movimenta toneladas de suprimentos para os atingidos.

Esse entrelaçamento poderoso, no entanto, deve partir do plano individual e expandir-se para o coletivo. Assim como um solitário grão de trigo que se junta a outro à sua volta e, multiplicando-se, torna a ligar-se a outros grãos, num autoplantio ininterrupto, cuja magnitude não deixe terreno para o mal.

Como no episódio da multiplicação bíblica, seria a grande semeadura do Amor cobrindo a “multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).

Sejamos, portanto, nesta hora de rude transição, esse humilde mas valoroso grão de trigo, sem nos esquecermos, porém, de que o enfrentamento do mal começa no firme propósito de permitir que o Bem floresça primeiramente em nós, para que possa produzir frutos à nossa volta.
Muita Paz!
Espíritos Protetores.
Guarapari-ES, 31 de maio de 2015.
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Imagem: www.google.com. Acesso em: 31/maio/2015.