sábado, 26 de novembro de 2016

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA - BIOGRAFIA

Nascido em Jangada, município do Conde, Estado da Bahia em 14 de novembro de 1876, e desencarnado em Salvador em 14 de julho de 1942, o discípulo fiel da seara de Jesus, Manoel Philomeno de Miranda, conheceu o Espiritismo em 1914, por intermédio do médium Saturnino Favila. Por essa época, conheceu José Petitinga, estabelecendo relações com ele, ao mesmo tempo em que começava a frequentar as sessões da União Espírita Baiana, que havia sido recentemente fundada em 1915.

Discípulo de José Petitinga, tinha a mesma maneira especial de tratar e doutrinar os assistentes das sessões da “União”, sempre baseadas num magistral versículo evangélico.

Um dos mais firmes adeptos do Espiritismo, Miranda, desde 1918,  participava assiduamente das sessões, interessado superiormente nos assuntos doutrinários.

Fez parte da diretoria da União Espírita Baiana, de 1921 até o dia da sua desencarnação, em 14 de julho de 1942. Também presidia as sessões mediúnicas e trabalhos do Grupo Fraternidade. Durante esse longo período, Miranda foi um baluarte do Espiritismo. Onde estivesse, aí estaria a Doutrina e sua propaganda, exercida com proficiência de um douto, um abnegado.

Delicado no trato, mas heróico na luta, publicou, sem o seu nome, as obras 'Resenha do Espiritismo na Bahia' e 'Excertos que justificam o Espiritismo', além do opúsculo 'Porque sou Espírita', em resposta ao Pe. Huberto Rohden.

Sofrendo do coração, subia as escadas - para não faltar às sessões - sorrindo e sempre animado. Queria extinguir-se no seu cumprimento. Sentia imensa alegria em dar os seus dias ao serviço do Cristo.

Sobre as suas últimas palavras, assim escreve A M. Cardoso e Silva: “Agora sim! Não vou porque não posso mais.Estou satisfeito porque cumpri o meu dever. Fiz o que pude... o que me foi possível. Tome conta dos trabalhos, conforme já determinei.”

Era antevéspera da sua desencarnação.

Querido de quantos o conheceram - porque quem o conhecia não podia deixar de amá-lo -, até o último instante demonstrou a firmeza da tranquilidade dos justos, proclamando e testemunhando a grandeza imortal da Doutrina Espírita.

Divaldo Pereira Franco conta como iniciou seu relacionamento com o amoroso Benfeitor, conforme relato no livro 'Semeador de Estrelas', da escritora e médium Suely Caldas Schubert:

“No ano de 1950 Chico Xavier psicografou para mim uma mensagem ditada pelo Espírito José Petitinga e no próximo encontro uma outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.

( ... ) “No ano de 1970 apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão. “Quando chegou ao Mundo Espiritual foi estudar em mais profundidade as alienações por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.

( ... ) “Convidado por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e pesquisas e elaborando trabalhos que mais tarde iria enfeixar em livros.

“Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu intermédio. “Levou-me a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali, mostrou-me como eram realizadas as experiências de prolongamento da vida física através da transfusão de energia utilizando-se do perispírito. “Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente, para facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever “Nos Bastidores da Obsessão”, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de desobsessão.

( ... ) “Na visita que Manoel Philomeno me permitiu fazer à Colônia em que ele se hospedava, levou-me a uma curiosa biblioteca. Mostrou-me como são arquivados os trabalhos gráficos que se fazem na Terra. Disse-me que, quando um escritor ou um médium, seja quem for, escreve algo que beneficia a Humanidade - no caso do escritor - é um profissional, mas, o que ele produz é edificante, nessa biblioteca fica inscrito, com um tipo de letra bem característico, traduzindo a nobreza do seu conteúdo. À medida que a mente, aqui, no planeta, vai elaborando, simultaneamente vai plasmando lá, nesses fichários muito sensíveis, que captam a onda mental e tudo imprimem.

“Quando a pessoa escreve por ideal e não é remunerado, ao se abrirem esses livros, as letras adquirem relevo e são de uma forma muito agradável à vista, tendo uma peculiar luminosidade. Se a pessoa, porém, o faz por ideal e estando num momento difícil, sofrido, mas ainda assim escreve com beleza, esquecendo-se de si mesma, para ajudar a sociedade, a criatura humana, ao abrir-se o livro, as letras adquirem uma vibração musical e se transformam em verdadeiros cantos, em que a pessoa ouve, vê e capta os registros psíquicos de quando o autor estava elaborando a tese. “O oposto também é verdadeiro.

( ... ) “Eis porque vale a pena, quando estamos desalentados e sofridos, não desanimarmos e continuarmos as nossas tarefas, o que lhes dá um valor muito maior.

Porque o trabalho diletante, o desportivo, o do prazer, já tem, na própria ação, a sua gratificação, enquanto o de sacrifício e de sofrimento exige a abnegação da pessoa, o esforço, a renúncia e, acima de tudo, a tenacidade, para tornar real algo que gostaria que acontecesse, embora o esteja realizando por entre dores e lágrimas.”
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Texto: www.feb.org.br.Acesso em: 26/novembro/2016.
Imagem: www.google.com .Acesso em: 13/agosto/2010.
Formatação atualizada em: 26/novembro/2016.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

MÁ-VONTADE

Pelo Espírito Emmanuel

“Não vos comuniqueis com as obras
infrutuosas das trevas.”
Paulo. (Efésios, 5:11.)

Má-vontade gera sombra.

A sombra favorece a estagnação.

A estagnação conserva o mal.

O mal entroniza a ociosidade.

A ociosidade cria a discórdia.

A discórdia desperta o orgulho.

O orgulho acorda a vaidade.

A vaidade atiça a paixão inferior.

A paixão inferior provoca a indisciplina.

A indisciplina mantém a dureza de coração.

A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.

A cegueira espiritual conduz ao abismo.

Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má-vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.

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(Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier. Lição n° 67. 16ª Ed. FEB. 1994.).
Imagem: www.morguefile.com . Acesso em: 08/junho/2014.
Formatação atualizada em: 15/novembro/2016.

sábado, 12 de novembro de 2016

BEM-AVENTURADOS...

Mar da Galileia visto do Monte das Bem-Aventuranças
Pelo Espírito Irmão X

'...Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio...'

E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus, e falou, com voz cheia e vibrante:

Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar, sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa, cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque, no dia de visitarão da luta e da dificuldade, receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a "parte melhor" da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, e que nunca atiram o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.
 
Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos, com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.

A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido pelo nosso grupo e, finda ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando, serenamente:

– Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus...

Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha, quietude e na indagação oculta de quem se dispõe a pensar.

Lição nº 39, intitulada "Versão Moderna", do livro “Cartas e Crônicas”,
de autoria do Espírito Irmão X, psicografado por Chico Xavier,
editado pela FEB, 2ª edição, 1967, págs. 134/136.)
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Imagem:http://lugaressantos.wordpress.com.
Acesso em: 06/fevereiro/2014.
Destaques: pelo editor do Blog.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

"CONFIA NO SENHOR..." - SALMO 37

'... Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado...'
Salmo de Davi

1.Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.
2.Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura.
3.Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.
4.Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.
5.Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
6.E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.
7.Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.
8.Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. (continua...)
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Leia a íntegra em:
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