Isabela Cristina
Pirola Lube*
A vantagem de tratar bem as
pessoas, e não somente tratá-las da forma com que tratam você.
Primeiramente, sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem
oferece flores. Sendo assim, quais flores estamos oferecendo?
Já parou para refletir? Um sorriso sincero pode ser uma caridade.
Caridade no sentido de ser disso que as pessoas carecem. Claro, é muito mais
fácil resmungar algo como “estou com pressa”, “agora não”, a perguntar “como
está você hoje?” E se importar. Se importar com a resposta. Não na ambição de
melhorar o mundo, mas de melhorar o mundo de alguém por um dia.
Em certos momentos, não nos encontramos dispostos a oferecer ao outro
um tratamento cortês; isso é normal, considerando que estamos frequentemente
sujeitos a dias cansativos, estressantes, cobranças, responsabilidades e
preocupações. Mas será certo converter todo esse mal àqueles que nos cercam? E
àqueles que nos amam, quais flores lhes estamos oferecendo?
É necessário compreender que, às vezes, o “venha a nós o vosso reino”
pode machucar. Espera-se muito, faz-se muito pouco. Necessário entender também
que, geralmente, quem distribui sorrisos é quem deles mais precisa.
Exercer a boa vontade para com o outro não só faz de você uma pessoa
melhor; também dá ao outro a chance de ser melhor com você. E isso funciona
como um ciclo: “gentileza gera gentileza”.
No entanto, trabalhemos com a possibilidade de que esse ciclo não
funcione. Aí entra novamente a compreensão. E será mesmo que qualquer mau humor
seja capaz de derrubar a boa vontade?
Ora, lembremo-nos das flores. Para que nós as ofereçamos, elas
primeiro têm que estar conosco. E após oferecê-las, seu doce perfume conosco
permanecerá. Até que a gentileza de outrem traga novas flores às nossas mãos.
* * *
(*) Isabela Cristina Pirola Lube tem 16 anos e cursa o
1º ano de Química do IFES de Aracruz-ES.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 29.11.12
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