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E quando o Reino Divino estiver às portas dos homens, a alma do mundo estará renovada.
O
mais poderoso não será o mais desapiedado e, sim, o que mais ame.
O
vencedor não será aquele que guerrear o inimigo exterior até à morte em rios de
sangue, mas o que combater a iniquidade e a ignorância, dentro de si mesmo, até
à extinção do mal, nos círculos da própria natureza.
O mais eloquente não será o dono do mais belo discurso, mas, sim, o que aliar as palavras santificantes aos próprios atos, elevando o padrão da vida, no lugar onde estiver.
O
mais nobre não será o detentor do maior número de títulos que lhe conferem a
transitória dominação em propriedades efêmeras da Terra, mas aquele que
acumular, mais intensamente, os créditos do amor e da gratidão nos corações das
mães e das crianças, dos velhos e dos enfermos, dos homens leais e honestos,
operosos e dignos, humildes e generosos.
O
mais respeitável não será o dispensador de ouro e poder armado e, sim, o de
melhor coração.
O
mais santo não será o que se isola em altares do supremo orgulho espiritual,
evitando o contacto dos que padecem, por temer a degradação e a imundície, mas
sim, aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos
miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria
e do entendimento.
O
mais puro não será o que foge ao intercâmbio com os maus e criminosos
confessos, mas aquele que se mergulha no lodo para salvar os irmãos decaídos,
sem contaminar-se.
O
mais sábio não será o possuidor de mais livros e teorias, mas justamente aquele
que, embora saiba pouco, procura acender uma luz nas sombras que ainda envolvem
o irmão mais próximo...
O
Amigo Divino pousou os olhos lúcidos na noite clara que resplandecia, lá fora,
em pleno coração da Natureza, fez longo intervalo e acentuou:
— Nessa época sublime, os homens não se ausentarão do lar em combate aos próprios irmãos, por exigências de conquista ou pelo ódio de raça, em tempestades de lágrimas e sangue, porquanto estarão guerreando as trevas da ignorância, as chagas da enfermidade, as angústias da fome e as torturas morais de todos os matizes... Quando o arado substituir o carro suntuoso dos triunfadores, nas exibições públicas de grandeza coletiva; quando o livro edificante absorver o lugar da espada no espírito do povo; quando a bondade e a sabedoria presidirem às competições das criaturas para que os bons sejam venerados; quando o sacrifício pessoal em proveito de todos constituir a honra legítima da individualidade, a fim de que a paz e o amor não se percam, dentro da vida — então uma Nova Humanidade estará no berço luminoso do Divino Reino...
Nesse
ponto, a palavra doce e soberana fez branda pausa e, lá fora, na tepidez da
noite suave, as estrelas fulgentes, a cintilarem no alto, pareciam saudar essa
era distante...🔵
__________________
(Do livro "Jesus no Lar", pelo Espírito Neio Lúcio;
psicografado por Chico Xavier. - 36. ed. - Rio de Janeiro:
Federação Espírita Brasileira, 2008.Lição nº 24.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 25/outubro/2017.
Destaques: pelo Editor do Blog.
Formatação atualizada em: 11/setembro/2018.
Formatação atualizada em: 11/setembro/2018.
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