quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A RESPOSTA

Por Leonardo Pereira

'...Senhor, que queres que eu faça?...'

Saulo de Tarso, doutor da Lei, cai por terra diante de uma luz fulgurante, e uma voz retumba na estrada de Damasco: “Saulo, Saulo, por que me persegues?(Atos, 9:4). Num reflexo, talvez pelo descontrole emocional, Saulo interpela essa voz surpreendente que parece brotar das entranhas da terra e, ao mesmo tempo, vir do céu. No vigor de sua juventude e no auge do orgulho de sua raça, tenta, em vão, reconhecê-la e identificar quem o interroga dessa forma, e quem poderia sobre ele projetar tamanha luz, a ponto de o deixar cego e perdido. No desespero, questiona: “Quem és, Senhor?(Atos, 9:5). Apesar de imediata, a resposta parece levar uma eternidade. Aturdido, sem ver o que se passa, lançado ao chão como se o deserto desejasse lhe tragar, Saulo, impaciente, espera. Como uma onda carregada por rajadas de vento, a voz ressoa novamente: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues(Atos, 9:5). Ao ouvi-la, e compreendendo onde e como se encontrava, tentava, em vão, se levantar, numa luta muita mais interna que externa, e ouve novamente a voz do Divino Mestre: “Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões(Atos, 9:5)É o que diz o texto bíblico.

Mas, por que essa fala? 

Saulo, judeu, sabia muito bem sobre a Lei, os Dez Mandamentos, e tudo mais, principalmente sobre o “não matarás”. E sabia também que a desrespeitava. Matara o jovem Estevão e ordenara outras tantas dilapidações em nome da lei judaica. Agora, o doutor da lei, sendo despertado pelo poder que emana de Deus, via-se diante do aguilhão da cegueira física, que o conduziria ao encontro de Jesus.

Para quem só ouvia a voz e não via ninguém, como os que o acompanhavam, tudo era muito estranho. Imagine, caro leitor/leitora, o que se passava na cabeça do jovem doutor, humilhado, atirado ao solo, sem enxergar o que se passava à sua volta. Em Atos dos Apóstolos, a narrativa diz que Saulo se encontrava “tremendo e atônito”. Imaginemos que, por dentro, uma revolução se processava. Ele compreendera o chamamento do Divino Escultor de almas. Cego para o mundo, naquele instante ele começava a enxergar a luz e, pronto para servir e encarar os desafios, pergunta sem medo: “Senhor, que queres que eu faça?(Atos, 9:6). E aguardava a resposta e as consequências que ela acarretaria.Imperativa,  responde a voz: “Levanta-te...(Atos, 9:6). Saulo deveria ir a Damasco para o autoencontro, ou seja, encontrar a si mesmo, e, com alma erguida, seguir em direção a Deus.

Você teria coragem de repetir a pergunta de Saulo a Jesus?

Para muitos de nós, talvez falte a necessária coragem. Hoje, porém, a resposta − “Levanta-te... − está presente em nosso dia a dia: no ensino cristão, nas narrativas de Jesus, em suas parábolas, nos fatos de Sua vida ou nos Atos dos Apóstolos. É Jesus respondendo às nossas reclamações, nossas dores, nossas quedas, como se nos falasse: “continua, ergue-te, siga, tudo passa, prossiga, adiante, mude sua história, refaça caminhos, começa agora.”.

Quantas vezes, motivados pelo conhecimento da Doutrina Espírita, falamos sobre quanto ela é maravilhosa. Lembramos a vida de Jesus, falamos de justiça. Nas Casas Espíritas, empolgados, motivados, nos dispomos a servir à Causa, seja como voluntários, trabalhadores, enfim, mudar o mundo. Mas, diante de nossa realidade espiritual continuamos a eleger o sossego, a bonança, as facilidades, o conforto... afinal, temos a nossa vida pessoal, não é?

Senhor, que queres que eu faça?” − perguntamos a Jesus todos os dias. Assim o fazemos quando nos colocamos como espíritas e cristãos no mundo; quando adotamos uma religião e dela nos tornamos adeptos; quando nos dizemos frequentadores ou trabalhadores dessa ou daquela instituição religiosa; quando falamos do seu Evangelho e de suas lições; quando subimos na tribuna e proferimos palestras, evangelizamos ou realizamos o Evangelho no Lar.

E o que Jesus quer que façamos? Amar o próximo como a nós mesmos; amar o nosso inimigo; amar a nós mesmos; perdoar as ofensas; não guardar mágoas; não desejar o mal; fazer o bem no limite de nossas forças; não exigir do outro o que ainda não conseguimos fazer; sermos benevolentes; que tenhamos misericórdia; que auxiliemos os fracos; cuidemos dos doentes, e, sobretudo, que expulsemos os “demônios” que vivem dentro de nós e que nos mantêm no passado dos enganos. Ele nos diz: “se cair, levanta-te e vai...”.

Nos dias atuais, a exemplo de Saulo, estamos sendo chamados para empreender a nossa reforma íntima. Por quanto tempo mais ficaremos deitados na “estrada de Damasco”, cegos e trêmulos, esperando uma resposta dos céus? Temos todas as respostas de que necessitamos. Adiante companheiros. É tempo de avançar!🔵
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Citações bíblicas: Atos dos Apóstolos - cap. 9:1-6.Fonte:
Bíblia online – Almeida revisada e corrigida.Acesso em: 21/março/2014.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 21/março/2014.
Formatação atualizada em: 29/dezembro/2016.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL! BOAS FESTAS!

Que o esplendor do Natal possa clarear todos os caminhos da Humanidade, e que neles encontremos sempre a Paz, a Harmonia e a Fraternidade.
FELIZ NATAL! 
BOAS FESTAS!
Editor do Blog.
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Imagem: www.google.com.
Acesso em:23/dezembro/2016.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

E OS REGENERADOS - QUEM SÃO?

DAYSE A. N. BUGNI
'... precisamos priorizar constantemente a nossa autoeducação, independentemente da idade que tivermos, visto ser o Espírito imortal que se educa....' 
Tendo como alicerce doutrinário o Evangelho Segundo o Espiritismo (E.S.E), diríamos que os regenerados são aqueles que herdarão a Terra como mundo de regeneração.

Mas, será apenas esta a colocação?

No E.S.E, em seu capítulo III - Há Muitas Moradas na Casa de Meu Pai -  e exatamente nos itens 16 e 17 - o Espírito Santo Agostinho nos fala dos mundos regeneradores.

Entre as informações, a mais compreensível e lógica é que os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os felizes. E que fazemos essa transição como espíritos que somos.

Agora, reportemo-nos à condição universal de todo ser: todos somos médiuns, em maior ou menor grau. Portanto, se o somos, com certeza aceitamos a comunicabilidade entre os dois mundos ─ o “material e o espiritual” ─, compreendendo que vivemos no cotidiano e diuturnamente em sintonia com Espíritos. E por sermos possuidores desse dom, ao nos preparar para uma nova encarnação, assumimos importantes tarefas tanto em benefício dos necessitados quanto em nosso próprio benefício.

Pois bem, se estamos constantemente em relação com Espíritos, e conscientes da realização desse processo; e usando principalmente o conhecimento que Jesus nos legou,  vamos melhorando o relacionamento em favor dos necessitados e de nós mesmos.

Sabemos, também, por Kardec, na questão 459 de O Livro dos Espíritos, que os Espíritos influem em nossos atos e pensamentos muito mais do que imaginamos, a tal ponto de nos dirigirem.

Isto posto, sabemos que através dos nossos sentimentos e pensamentos é que vamos construindo o nosso ambiente e nossa vida futura, pois vivemos ligados, fluidicamente, ao mundo espiritual e, de acordo com o teor dos nossos sentimentos e pensamentos, atraímos sempre aqueles que se encontram em sintonia conosco.

Quando encarnados, escolhemos nossos amigos por simpatia e interesses. No relacionamento espiritual é a mesma coisa, a atração ocorre no sentir e pensar. Então, não fazemos escolhas: atraímos amigos e inimigos pelas nossas vibrações.

E os regenerados, então, quem são?

São exatamente aqueles que, num esforço contínuo e prioritário, conseguem educar suas emoções, sentimentos e pensamentos, interagindo com Espíritos que os possam auxiliar. Para isso, contudo,  é necessário o sentido de responsabilidade e comprometimento, não só no que fazem mas principalmente no que sentem e pensam  -  “vigiai e orai” (Mt - 26:36) .

Se aceitamos essa relação constante entre homens e Espíritos, se desejamos conviver com amigos que nos auxiliem no crescimento moral, não na solução de nossos problemas, mas nos orientando a perceber e analisar os mesmos e encontrar caminhos reais de resolução correta, precisamos priorizar constantemente a nossa autoeducação, independentemente da idade que tivermos, visto ser o Espírito imortal que se educa.

Esse comportamento nos leva à melhoria de nossos sentimentos, ações e pensamentos. Mas exige trabalho íntimo e conhecimento de nós mesmos e das leis de Deus em tudo que se relacione ao homem como ser espiritual encarnado, procurando perceber sempre o bem existente, não se esquecendo, porém, do mal (mas não valorizá-lo acima do bem!).

O Espírita coerente

Deus nos destinou o Bem, a Harmonia, o Belo, o Amor. O mal é algo que existe em nosso interior - por sermos imperfeitos, habitamos a Terra no estágio atual. Não é, pois, inerente a essa Essência Divina que nos criou. Por isso, se perseverarmos no Bem, está destinado a desaparecer. Devemos, assim, nos esforçar para perceber o Bem, sentir o Bem, pensar o Bem, e aí estaremos atraindo bons Espíritos, a nos auxiliar a emitir vibrações de paz para a humanidade.

Os habitantes do mundo espiritual são espíritos que já viveram na Terra, e, como nós, encarnados, estão em processo de evolução. Se sabemos que Deus é “a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas” (Livro dos Espíritos – questão n.º 1); se admitimos a existência do Espírito, criado simples e ignorante, evoluindo a caminho da perfeição, segundo seu livre-arbítrio, então devemos aceitar a pluralidade dos mundos habitados, para que os espíritos possam viver de conformidade com as suas necessidades, capacidade e grau de evolução. A partir daí, temos um grande estímulo ao nosso progresso, e ao de toda a humanidade. E a Terra, por sua vez, evoluirá e se transformará, realmente, em um mundo regenerador.

Muitas vezes achamos a vida difícil, mas também sabemos que somos responsáveis por isso, visto que desrespeitamos as leis de Deus, originando-se aí a nossa responsabilidade no campo da Lei de Ação e Reação.

Reconhecendo que Deus nos deu um mundo maravilhoso como a Terra, cabe-nos amá-la e zelar por ela, aproveitando as oportunidades da convivência com homens difíceis, como todos o somos, aliás, e promover, dessa forma, o nosso desenvolvimento espiritual.

Sejamos, assim, em nosso viver cotidiano, o mais coerente que pudermos com os princípios básicos do Espiritismo, e seremos, certamente, os regenerados.🔵
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Dayse A. N. Bugni é integrante do Centro Espírita
'Francisco  de Assis' - Jacaraípe - Serra - ES.)
Formatação atualizada em: 14/setembro/2017.

domingo, 4 de dezembro de 2016

O CONQUISTADOR DIFERENTE

Pelo Espírito Irmão X

'...Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho dos mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte...'

Os conquistadores aparecem no mundo, desde as recuadas eras da selvageria primitiva. E, há muitos séculos, postados sem soberbos carros de triunfo, exibem troféus sangrentos e abafam, com aplausos ruidosos, o cortejo de misérias e lágrimas que deixam à distância. Sorridentes e felizes, aceitaram as ovações do povo e distribuem graças e honrarias, cobertos de insígnias e incensados pelas frases lisonjeiras da multidão. Vasta fileira de escritores congrega-se-lhes em torno, exaltando-lhes as vitórias no campo de batalha. Poemas épicos e biografias romanceadas surgem no caminho, glorificando-lhes a personalidade que se eleva, perante os homens falíveis, à dourada galeria dos semideuses.

Todavia, mais longe, na paisagem escura, onde choram os vencidos, permanecem as sementeiras de dor que aguardarão os improvisados heróis na passagem implacável do tempo. Muitas vezes, contudo, não chegam a conduzir para o túmulo as medalhas que lhes brilham no peito dominador, porque a própria vida humana se incumbe de esclarece-los, através das sombras da derrota, dos espinhos da enfermidade e das amargas lições da morte.

Dario, filho de Histaspes, reis dos persas, após fixar o poderio dos seus exércitos, impôs terríveis sofrimentos à Índia, a Trácia e à Macedônia, conhecendo, em seguida, a amargura e a derrota, à frente dos gregos.

Alexandre Magno, por tantos motivos e admirado na história do mundo, titulou-se generalíssimo dos helenos, em plena mocidade e, numa série de movimentos militares que o celebrizaram para sempre, infligiu inomináveis padecimentos aos lares gregos, egípcios e persas; todavia, apesar das glórias bélicas com que desafiava cidades e guerreiros, fazendo-se acompanhar de incêndios e morticínios, rendeu-se à doença que lhe imobilizou os ossos em Babilônia.

Aníbal, o grande chefe cartaginês, espalhou o terror e a humilhação entre os romanos, em sucessivas ações heróicas que lhe imortalizaram o nome, na crônica militar do Planeta; contudo, em seguida à bajulação dos aduladores e à falsa concepção de poder, foi vencido por Cipião, transformando-se num foragido sem esperança, suicidando-se, por fim, num terrível complexo de vaidade e loucura. 

Júlio César, o famoso general que pretendia descender de Vênus e de Anquises, constitui um dos maiores expoentes do engenho humano; submeteu a Gália e desbaratou os adversários em combates brilhantes, governando Roma, na qualidade de magnífico triunfador; no entanto, quando mais se lhe dilatava a ambição, o punhal de Bruto, seu protegido e comensal, assassinou-o, sem comiseração, em pleno Senado.

Napoleão Bonaparte, o imperador dos franceses, depois de exercer no mundo uma influência de que raros homens puderam dispor na Terra, morre, melancolicamente, numa ilha apagada, ao longo da vastidão do mar.

Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e cruéis para os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias, caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.

Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do poder, a caminho dos mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade, sempre deixam algum bem no campo das relações humanas, pelas novas estradas abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o progresso amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis sinais.

Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos, nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou “amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava, separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.

Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia, consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo, prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia, fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas da morte.
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(Do livro 'Antologia Mediúnica do Natal '. Psicografia de Francisco
Cândido Xavier. Digitado por Lúcia Aydir (SP/08/2005). Lição nº 03.
Disponível em: www.oconsolador.com.br. Acesso em: 16/dezembro/2015.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 16/dezembro/2015.
Formatação atualizada em: 26/maio/2016.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

FORÇA, CHAPECOENSE!

Neste momento, palavras podem parecer folhas levadas ao vento. Fica, então, a nossa mensagem, de que que estamos irmanados diante desse acontecimento de consequências inomináveis,  e que a dor do povo chapecoense, intensa e inimaginável, é também a nossa dor. 
Solidariedade aos familiares e ao povo de Chapecó-SC, atingidos  por este acontecimento que ficará marcado em nossos corações. 
Somente Deus, na Sua Misericórdia Infinita, poderá enxugar as lágrimas e consolar os corações de todos os que sofrem nesta hora que o tempo não apagará.
Força, Chapecoense!

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Reflexão:
"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.(Mateus,11:28 a 30.)" 
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Prece de Carita
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A MAIOR TRAGÉDIA DO FUTEBOL NO MUNDO

Chapecó-SC
Geraldo Campetti Sobrinho (*)
'...Deus, nosso Pai, que não abandona a nenhum de seus filhos, por mais pungentes sejam os enfrentamentos provacionais a que possamos estar submetidos pela abençoada Lei de Causa e Efeito que rege nossas existências...'
O povo brasileiro acordou chocado na manhã desta terça-feira, 29 de novembro de 2016, com as informações sobre o acidente envolvendo o avião que transportava a delegação do time brasileiro de futebol, a Chapecoense, para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o time colombiano Atlético Nacional. A aeronave fez um pouso forçado nesta madrugada na região de Antioquia (Colômbia), nas proximidades do aeroporto de Medellín, em acidente gravíssimo, que deixou 75 mortos e seis sobreviventes. Dentre as vítimas, encontravam-se tripulantes, jogadores e a comissão técnica do time do município de Chapecó, localizado no oeste catarinense (SC).

Considerada a maior tragédia do futebol mundial, deixa-nos todos, brasileiros, colombianos e cidadãos de diversos países das Américas e demais continentes, enternecidos diante de ocorrência tão inesperada. Como não se comover perante tamanho desastre?!

A primeira ação que a sensibilidade e o discernimento nos recomendam é de que sejamos solidários com os familiares e amigos dos nossos irmãos que retornaram à Pátria Espiritual nessa fatídica ocorrência. Unamo-nos, pois, em preces e vibrações de fortalecimento, tanto aos desencarnados quanto aos que permanecem em observação e tratamento médico, bem como aos familiares, parentes e amigos que necessitam de apoio da fé que consola ou, ao menos, ameniza a profunda dor que atinge seus corações.

Rogamos a todos eles que sejam envolvidos pelos Benfeitores Espirituais e possam encontrar o lenitivo aos seus sofrimentos, mantendo-se firmes na confiança em Deus, nosso Pai, que não abandona a nenhum de seus filhos, por mais pungentes sejam os enfrentamentos provacionais a que possamos estar submetidos pela abençoada Lei de Causa e Efeito que rege nossas existências.

Deus, como Pai de amor e de bondade, sempre age em favor do melhor para cada um de nós. Nem sempre é fácil entender e aceitar os desígnios divinos em nossos destinos. Porém, há situações que só conseguem ser explicadas quando alçamos o voo da compreensão para a imortalidade da vida, que prossegue dinâmica em todas as dimensões, e pela anterioridade existencial do Espírito, possuidor de vasta bagagem adquirida em vivências físicas pretéritas.

O esclarecimento pode igualmente aliviar nossa dor, quando entendemos o porquê dos acontecimentos, principalmente esses tão sinistros. Somado a todas as iniciativas humanistas, que visam à promoção do indivíduo à sua condição de Espírito imortal, o Espiritismo, como o Consolador Prometido por Jesus, pode nos trazer alento, esclarecendo nossas mentes e consolando nossos corações.

Que o divino amigo Jesus, em sua misericórdia de Irmão maior, possa abrigar em seu regaço fraterno todos os que partiram para o Mundo Espiritual e todos os envolvidos que aqui na Terra prosseguirão em sua caminhada existencial.■
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(*) - Geraldo Campetti Sobrinho é vice-presidente da Federação Espírita Brasileira. Coordenador da FEB Editora, responsável pela Biblioteca de Obras Raras e Museu da Federação. É apresentador dos programas Livros que Iluminam, da FEBtv, e Entre dois mundos: uma visão espírita da realidade, exibido pela Rede Brasil de Televisão.

Fonte:Boletim Eletrônico da FEB- 1ª quinz. dez/016.

www.febnet.org.br. Acesso em: 02/dezembro/2016.

sábado, 26 de novembro de 2016

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA - BIOGRAFIA

Nascido em Jangada, município do Conde, Estado da Bahia em 14 de novembro de 1876, e desencarnado em Salvador em 14 de julho de 1942, o discípulo fiel da seara de Jesus, Manoel Philomeno de Miranda, conheceu o Espiritismo em 1914, por intermédio do médium Saturnino Favila. Por essa época, conheceu José Petitinga, estabelecendo relações com ele, ao mesmo tempo em que começava a frequentar as sessões da União Espírita Baiana, que havia sido recentemente fundada em 1915.

Discípulo de José Petitinga, tinha a mesma maneira especial de tratar e doutrinar os assistentes das sessões da “União”, sempre baseadas num magistral versículo evangélico.

Um dos mais firmes adeptos do Espiritismo, Miranda, desde 1918,  participava assiduamente das sessões, interessado superiormente nos assuntos doutrinários.

Fez parte da diretoria da União Espírita Baiana, de 1921 até o dia da sua desencarnação, em 14 de julho de 1942. Também presidia as sessões mediúnicas e trabalhos do Grupo Fraternidade. Durante esse longo período, Miranda foi um baluarte do Espiritismo. Onde estivesse, aí estaria a Doutrina e sua propaganda, exercida com proficiência de um douto, um abnegado.

Delicado no trato, mas heróico na luta, publicou, sem o seu nome, as obras 'Resenha do Espiritismo na Bahia' e 'Excertos que justificam o Espiritismo', além do opúsculo 'Porque sou Espírita', em resposta ao Pe. Huberto Rohden.

Sofrendo do coração, subia as escadas - para não faltar às sessões - sorrindo e sempre animado. Queria extinguir-se no seu cumprimento. Sentia imensa alegria em dar os seus dias ao serviço do Cristo.

Sobre as suas últimas palavras, assim escreve A M. Cardoso e Silva: “Agora sim! Não vou porque não posso mais.Estou satisfeito porque cumpri o meu dever. Fiz o que pude... o que me foi possível. Tome conta dos trabalhos, conforme já determinei.”

Era antevéspera da sua desencarnação.

Querido de quantos o conheceram - porque quem o conhecia não podia deixar de amá-lo -, até o último instante demonstrou a firmeza da tranquilidade dos justos, proclamando e testemunhando a grandeza imortal da Doutrina Espírita.

Divaldo Pereira Franco conta como iniciou seu relacionamento com o amoroso Benfeitor, conforme relato no livro 'Semeador de Estrelas', da escritora e médium Suely Caldas Schubert:

“No ano de 1950 Chico Xavier psicografou para mim uma mensagem ditada pelo Espírito José Petitinga e no próximo encontro uma outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda.

( ... ) “No ano de 1970 apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de Miranda, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão. “Quando chegou ao Mundo Espiritual foi estudar em mais profundidade as alienações por obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.

( ... ) “Convidado por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e pesquisas e elaborando trabalhos que mais tarde iria enfeixar em livros.

“Ao me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por meu intermédio. “Levou-me a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali, mostrou-me como eram realizadas as experiências de prolongamento da vida física através da transfusão de energia utilizando-se do perispírito. “Depois de uma convivência de mais de um mês, aparecendo-me diariamente, para facilitar o intercâmbio psíquico entre ele e mim, começou a escrever “Nos Bastidores da Obsessão”, que são relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de desobsessão.

( ... ) “Na visita que Manoel Philomeno me permitiu fazer à Colônia em que ele se hospedava, levou-me a uma curiosa biblioteca. Mostrou-me como são arquivados os trabalhos gráficos que se fazem na Terra. Disse-me que, quando um escritor ou um médium, seja quem for, escreve algo que beneficia a Humanidade - no caso do escritor - é um profissional, mas, o que ele produz é edificante, nessa biblioteca fica inscrito, com um tipo de letra bem característico, traduzindo a nobreza do seu conteúdo. À medida que a mente, aqui, no planeta, vai elaborando, simultaneamente vai plasmando lá, nesses fichários muito sensíveis, que captam a onda mental e tudo imprimem.

“Quando a pessoa escreve por ideal e não é remunerado, ao se abrirem esses livros, as letras adquirem relevo e são de uma forma muito agradável à vista, tendo uma peculiar luminosidade. Se a pessoa, porém, o faz por ideal e estando num momento difícil, sofrido, mas ainda assim escreve com beleza, esquecendo-se de si mesma, para ajudar a sociedade, a criatura humana, ao abrir-se o livro, as letras adquirem uma vibração musical e se transformam em verdadeiros cantos, em que a pessoa ouve, vê e capta os registros psíquicos de quando o autor estava elaborando a tese. “O oposto também é verdadeiro.

( ... ) “Eis porque vale a pena, quando estamos desalentados e sofridos, não desanimarmos e continuarmos as nossas tarefas, o que lhes dá um valor muito maior.

Porque o trabalho diletante, o desportivo, o do prazer, já tem, na própria ação, a sua gratificação, enquanto o de sacrifício e de sofrimento exige a abnegação da pessoa, o esforço, a renúncia e, acima de tudo, a tenacidade, para tornar real algo que gostaria que acontecesse, embora o esteja realizando por entre dores e lágrimas.”
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Texto: www.feb.org.br.Acesso em: 26/novembro/2016.
Imagem: www.google.com .Acesso em: 13/agosto/2010.
Formatação atualizada em: 26/novembro/2016.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

MÁ-VONTADE

Pelo Espírito Emmanuel

“Não vos comuniqueis com as obras
infrutuosas das trevas.”
Paulo. (Efésios, 5:11.)

Má-vontade gera sombra.

A sombra favorece a estagnação.

A estagnação conserva o mal.

O mal entroniza a ociosidade.

A ociosidade cria a discórdia.

A discórdia desperta o orgulho.

O orgulho acorda a vaidade.

A vaidade atiça a paixão inferior.

A paixão inferior provoca a indisciplina.

A indisciplina mantém a dureza de coração.

A dureza de coração impõe a cegueira espiritual.

A cegueira espiritual conduz ao abismo.

Entregue às obras infrutuosas da incompreensão, pela simples má-vontade pode o homem rolar indefinidamente ao precipício das trevas.

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(Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier. Lição n° 67. 16ª Ed. FEB. 1994.).
Imagem: www.morguefile.com . Acesso em: 08/junho/2014.
Formatação atualizada em: 15/novembro/2016.

sábado, 12 de novembro de 2016

BEM-AVENTURADOS...

Mar da Galileia visto do Monte das Bem-Aventuranças
Pelo Espírito Irmão X

'...Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio...'

E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus, e falou, com voz cheia e vibrante:

Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar, sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa, cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia serão fartos.

Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque, no dia de visitarão da luta e da dificuldade, receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a "parte melhor" da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, e que nunca atiram o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.
 
Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos, com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.

A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido pelo nosso grupo e, finda ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando, serenamente:

– Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus...

Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha, quietude e na indagação oculta de quem se dispõe a pensar.

Lição nº 39, intitulada "Versão Moderna", do livro “Cartas e Crônicas”,
de autoria do Espírito Irmão X, psicografado por Chico Xavier,
editado pela FEB, 2ª edição, 1967, págs. 134/136.)
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Imagem:http://lugaressantos.wordpress.com.
Acesso em: 06/fevereiro/2014.
Destaques: pelo editor do Blog.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

"CONFIA NO SENHOR..." - SALMO 37

'... Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado...'
Salmo de Davi

1.Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade.
2.Porque cedo serão ceifados como a erva, e murcharão como a verdura.
3.Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.
4.Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração.
5.Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará.
6.E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia.
7.Descansa no SENHOR, e espera nele; não te indignes por causa daquele que prospera em seu caminho, por causa do homem que executa astutos intentos.
8.Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal. (continua...)
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Leia a íntegra em:
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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A PRECE RECOMPÕE

Pelo Espírito Emmanuel

'...A oração é divina voz 
do espírito no grande silêncio...'

Na construção de simples casa de pedra, há que despender longo esforço para ajustar ambiente próprio, removendo óbices, eliminando asperezas e melhorando a paisagem.

Quando não é necessário acertar o solo rugoso, é preciso, muitas vezes, aterrar o chão, formando leito seguro, à base forte.

Instrumentos variados movimentam-se, metódicos, no trabalho renovador.

Assim também na esfera de cogitações de ordem espiritual.

Na edificação da paz doméstica, na realização dos ideais generosos, no desdobramento de serviços edificantes, urge providenciar recursos ao entendimento geral, com vistas à cooperação, à responsabilidade, ao processo de ação imprescindível.

E, sem dúvida, a prece representa a indispensável alavanca renovadora, demovendo obstáculos no terreno duro da incompreensão.

A oração é divina voz do espírito no grande silêncio.

Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e idéias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca.

Muitas vezes, nas lutas do discípulo sincero do Evangelho, a maioria dos afeiçoados não lhe entende os propósitos, os amigos desertam, os familiares cedem à sombra e à ignorância; entretanto, basta que ele se refugie no santuário da própria vida, emitindo as energias benéficas do amor e da compreensão, para que se mova, na direção de mais alto, o lugar em que se demora com os seus.

A prece tecida de inquietação e angústia não pode distanciar-se dos gritos desordenados de quem prefere a aflição e se entrega à imprudência, mas a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior.
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"E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos." 
- (ATOS, 4:31.)
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(Do livro "Vinha de Luz", de Emmanuel, psicografado
por Chico Xavier. Lição n° 98.Ed. internet baseada na 14ª ed. FEB.)
Formatação atualizada em: 26/outubro/2016.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

HÁ MUITA DIFERENÇA

Pelo Espírito Emmanuel
'...quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio...'
É justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas vantagens da política humana, reportando-se a Jesus e tentando explicar, pelo Evangelho, certos absurdos em matéria de teorias sociais.

Quase sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta fórmula: – “O que tens me pertence.”

O Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera aos ouvidos do próximo: – “O que tenho, isso te dou.”

Já meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem resolvidos a dar do que possuem para o edifício da evolução universal?

Nos serviços da caridade comum, nas instituições de benemerência pública, raramente a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe constitui propriedade intrínseca.

Para o serviço real do bem eterno, fiar-se-á alguém nas posses perecíveis da Terra, em caráter absoluto?

O homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados do seu caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a alegria que nascem dessas dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor, que, no fundo, é a sua riqueza imperecível e legítima.

Cada individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior.

Não olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação, porquanto quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio.

“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro,
mas o que tenho, isso te dou. ” – (Atos, 3:6.)
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Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel, psicografado
por Francisco C. Xavier. 16ª ed. FEB. 1994.
Lição nº 106. págs. 223/224.
Imagem: www.    Acesso em:

sábado, 8 de outubro de 2016

PARA LIBERTAR-NOS

Pelo  Espírito Emmanuel
 '...E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para liberar-nos da inércia será sempre: trabalhar...'
A preguiça conserva a cabeça desocupada e as mãos ociosas.
A cabeça desocupada e as mãos ociosas encontram a desordem.
A desordem cai no tempo sem disciplina.
O tempo sem disciplina vai para a invigilância.
A invigilância patrocina a conversação sem proveito.
A conversação sem proveito entretece as sombras da cegueira de espírito.
A cegueira de espírito promove o desequilíbrio.
O desequilíbrio atrai o orgulho.
O orgulho alimenta a vaidade.
A vaidade agrava a preguiça.
Como é fácil de perceber, a preguiça é suscetível de desencadear todos os males, qual a treva que é capaz de induzir a todos os erros.
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Compreendamos, assim, que a obsessão, loucura, pessimismo, delinqüência ou enfermidade podem aparecer por autênticas fecundações da ociosidade, intoxicando a mente e arruinando a vida. E reconheçamos, de igual modo, que o primeiro passo para liberar-nos da inércia será sempre: trabalhar.
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(Do livro “CORAGEM”. F.C.Xavier/Espíritos Diversos.
Lição nº 35. CEC (Uberaba-MG). 29ª ed.1999.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 14/setembro/2016.
Formatação atualizada em:14/setembro/2016.
Destaques: pelo editor do Blog.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

PERGUNTE A SI MESMO

Pelo Espírito Ernest O’Brien
(Nova Iorque, N. I., E. U. A , 10 Julho, 1965.)
'...As dificuldades revelam-lhe o caráter. Se você prometer ajudar a alguém, faça-o agora. Se deseja progredir, não o deixe para amanhã. Faça-o hoje...'

Em que base devemos colocar o problema da morte?

Naturalmente, a morte não existe. A própria vida exige a morte como um renascimento; entre ambas, nossa consciência permanece.

Experiências vêm e experiências vão; nesse ínterim, a consciência prossegue. Consciência é Justiça Divina dentro de nós. Não se esqueça de que você vive sempre. O espírito deve ser visto pelo que é; portanto, ele somente pode prosseguir, no Além, no nível ao qual se ajustou. Atravessamos os portões da morte, para viver de novo. Como se sabe, encontramos aquilo que buscamos.

Você experimentará, mas tarde, a felicidade no Além, de acordo com os seus atos agora. Pense nisso. Faça de conta que você se encontra no seu próprio plano póstumo e examine bem suas obrigações antes de contraí-las.

Todas as manhãs, pergunte a si mesmo: “Que pretendo?” Primeiro de tudo, ouça a sua consciência; não faça rodeios. Todos nos devemos curvar diante da verdade.

Quando estiver errado, é melhor admitir os seus enganos, sem reservas, e repará-los daí em diante. Você é chamado ao sofrimento; não se engane a si mesmo, fugindo dele.

A educação, para a felicidade no Além, gira em torno das nossas aflições diárias. Você não pode produzir boas obras, sem esforço.

As dificuldades revelam-lhe o caráter. Se você prometer ajudar a alguém, faça-o agora. Se deseja progredir, não o deixe para amanhã. Faça-o hoje.

Sua origem é o céu e para lá você voltará, levando, na consciência, o fruto das suas obras. Antes de regressar ao Além, você deve purificar seu mundo interior. Acima de tudo, conserve uma boa consciência. O campo do pensamento é livre. Na verdade, você vive pelos atos e não pelos sonhos.

Onde está Deus, está a alegria, mas, onde está Deus, aí está também a responsabilidade. Empregue as faculdades que lhe foram emprestadas, em benefício de todos, pois, quando a morte chega, você terá tudo quanto deu aos outros. Aqui e acolá, que o amor de Deus possa ser visto por seu intermédio.
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(Do livro “Entre irmãos de outras terras". Autores Diversos.
Psicografias de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
1ª Ed. FEB. 1966. Lição nº 35
[psicografia de Waldo Vieira]. II parte. p.117/118.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 17/novembro/2012.
Formatação atualizada em: 14/setembro/2016.