Pelo Espírito Emmanuel
'...quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si próprio...'
É
justo recomendar muito cuidado aos que se interessam pelas vantagens da
política humana, reportando-se a Jesus e tentando explicar, pelo Evangelho,
certos absurdos em matéria de teorias sociais.
Quase
sempre, a lei humana se dirige ao governado, nesta fórmula: – “O que tens me
pertence.”
O
Cristianismo, porém, pela boca inspirada de Pedro, assevera aos ouvidos do
próximo: – “O que tenho, isso te dou.”
Já
meditaste na grandeza do mundo, quando os homens estiverem resolvidos a dar do
que possuem para o edifício da evolução universal?
Nos
serviços da caridade comum, nas instituições de benemerência pública, raramente
a criatura cede ao semelhante aquilo que lhe constitui propriedade intrínseca.
Para
o serviço real do bem eterno, fiar-se-á alguém nas posses perecíveis da Terra,
em caráter absoluto?
O
homem generoso distribuirá dinheiro e utilidades com os necessitados do seu
caminho, entretanto, não fixará em si mesmo a luz e a alegria que nascem dessas
dádivas, se as não realizou com o sentimento do amor, que, no fundo, é a sua
riqueza imperecível e legítima.
Cada
individualidade traz consigo as qualidades nobres que já conquistou e com que
pode avançar sempre, no terreno das aquisições espirituais de ordem superior.
Não
olvides a palavra amorosa de Pedro e dá de ti mesmo, no esforço de salvação,
porquanto quem espera pelo ouro ou pela prata, a fim de contribuir nas boas
obras, em verdade ainda se encontra distante da possibilidade de ajudar a si
próprio.■
“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro,
mas o que tenho, isso te dou. ” – (Atos, 3:6.)
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Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel, psicografado
por Francisco C. Xavier. 16ª ed. FEB. 1994.
Lição nº 106. págs. 223/224.
Imagem: www. Acesso em:
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