sábado, 31 de dezembro de 2011

POR UM MUNDO MELHOR


Prezad@s Leitor@s,

Logo estaremos vivenciando 2012, momento em torno do qual reunimos as nossas melhores aspirações e alimentamos legítimo sentimento de Esperança.

Desejamos dias melhores, nos quais a Paz seja, de fato, o pilar de um novo tempo, permitindo o entendimento entre os povos, com a necessária estabilidade para um efetivo progresso, que, para ser completo, deve ocorrer no aspecto material de nossas vidas, preponderando, porém, os avanços no campo espiritual das criaturas.

Sabemos que a Lei de Deus nos impulsiona inexoravelmente à perfeição. E a nossa humanidade, rumo à Regeneração, verá, no roldão das transformações, que não dispensam a luta incessante, especialmente na reforma íntima do ser, o raiar de uma era de positivas reconstruções, alicerçadas no Amor Maior, transubstanciado, neste humilde planeta, por Jesus, o Cristo de Deus.

O trabalho no Bem, aliado ao otimismo perseverante, nos fortalecerá para o alcance dessa era de grandes renovações, que não nos desobriga, entretanto, da Fé - em Deus - e em nós mesmos. (v. Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XIX, item 12.)

Como nos ensina a Doutrina dos Espíritos, nosso Pai Maior nos faculta o livre-arbítrio, sendo necessário, porém, que auxiliemos, com o nosso melhor empenho, na Obra Divina, para que, conforme nos ensina o Evangelho de Jesus, tenhamos mérito e possamos receber "segundo as nossas obras" (Mateus 16:27).

O calendário terreno assinala, hoje, o início de uma nova contagem para o tempo de agora. Mas é preciso atentar para o fato de que  nossa vida terrena, no tempo universal, equivale a um instante fugidio, e que, seres espirituais que somos, na essência, nosso terminal de embarque e desembarque é o Plano do Espírito, sendo a Terra apenas uma estação passageira.

Por essa razão é que devemos divisar 2012 como um portal para novas dimensões da Vida Maior, o qual devemos transpor com um novo propósito, uma nova energia, construindo, em primeiro lugar, obras verdadeiramente duradouras, que são as realizações espirituais, únicos bens que podemos acumular e levar, como tesouros da alma, em nossa viagem, em vidas sucessivas, pelos corredores do Infinito.

E nessa renovação do tempo, se desejamos que a Terra seja, efetivamente, um reino de luz e paz, aproveitemos para iniciar (ou reiniciar) - agora - todas as ações necessárias para que ele seja plantado, primeiramente, em nossos corações, para que sejamos dignos da Nova Luz cujos albores já podemos vislumbrar.

Na oportunidade, agradecemos a Deus pela inspiração com que alimenta o nosso singelo trabalho, e agradecendo, também, aos Amig@s, pela inestimável companhia em 2011, rogando nos permita a Misericórdia Divina continuarmos juntos em 2012.
Um forte abraço,
Francisco.
*  *  *
Imagem: www.google.com . Acesso em: 31/dezembro/2011.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PERDOAR A CADA DOIS MINUTOS

Big Ben - Londres
Por Leonardo Pereira*


“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, se ele continuar a ofender-me?Até sete vezes? Não sete, mas setenta vezes sete” . (Mateus 18, 21-35)


A palavra perdão deriva da palavra “perdonare”, do Latim, e significa perdão, indulto remissão da falta. A história militar romana conta que, pela diversidade de soldados oriundos de povos diferentes, muitas vezes ocorriam brigas no decorrer da viagem. Essas pelejas provocavam buracos nas estradas, e, como Roma dependia das estradas para suprir suas tropas e avançar com seus soldados, os comandantes obrigavam os briguentos a taparem os buracos, usando a palavra perdonare.


Figura das mais singulares do texto bíblico, Pedro é apresentado como um pescador rude, sem cultura, teimoso, ‘cabeça dura’, mas com a firme vontade de ser melhor a cada momento.

Conhecedor do que o vulgo denominaria de “cultura popular”, Pedro sabia que havia um ditado, uma recomendação, de perdoar até três vezes. Não é à toa que até nos dias de hoje temos o hábito de dizer: “Já perdoei uma vez, vou até perdoar a segunda vez, mas, na terceira vez, ele (a) vai se ver comigo!”.

Assim, logo depois de ouvir a parábola da ovelha perdida (Lucas - 15:1 a 10), demonstrando, de antemão, que o Mestre de Nazaré seria muito mais piedoso que os doutores da lei, arrisca-se a perguntar se deveria-se perdoar até sete vezes, dobrando, desse modo, o número de vezes que ele mesmo conhecia e somando ainda mais um. A resposta do Mestre – “perdoar setenta sete vezes” ─ nos remete a vários estudos sobre numerologia e matemática:

a) 70 x 7 = 490. No texto bíblico o número 7 aparece como a representação do infinito, o mesmo que dizer: “Perdoar até setenta vezes sete, vezes, vezes, vezes...”

b) Muitos perguntam se Jesus não sabia somar mais que 490, resultado de 70x7! Não é isso, com certeza! Imagine 707 (70x7x7x7x7x7x7x7). Faça a conta e veja por si mesmo. Teríamos um número improvável de alcançar para perdoar o outro, sem, nesse meio tempo, aprender a amá-lo de verdade. Essa, sim, foi a resposta para os ‘Pedros’ daquela época e, por que não, também os dos dias atuais.

Minuciando um pouco mais, façamos de 1 dia, com suas 24 horas (ou 1.440 minutos), o ponto de partida para mais um raciocínio.

Das 24 horas, dormimos, em média, 8 horas (ou 480 minutos). Restam, assim, 16 horas (ou 960 minutos) para as nossas atividades diversas. Se, nessas 16 horas, praticarmos o perdão 490 vezes, chegaremos a 30,62. Ou seja, teremos perdoado quase 31 vezes por hora ─ uma vez a cada 2 minutos.

Então, por esse raciocínio, durante os 960 minutos em que passamos despertos, devemos aplicar o perdão a cada 2 minutos da nossa vida. Tempo esse muito bem calculado pelo Cristo, que recomenda não dar atenção à ofensa recebida, já que, em 2 minutos, devemos exercer o perdão. Portanto, não há tempo, para ofensores e ofendidos.

Já o Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, responde ao médium mineiro, quando ele assim questiona: “Devemos perdoar até 490 vezes o nosso irmão? Emmanuel, na linha de ensinamento do Cristo, responde: Sim, 490 vezes cada erro cometido pelo nosso irmão!”. Novamente, podemos verificar ser humanamente impossível perdoar, a não ser interiorizando o amor.

Como um espelho, Pedro reflete as nossas deficiências e a nossa capacidade de mudar. O apóstolo negou o Cristo, mas arrependeu-se e seguiu em frente. Angariou virtudes, curou, afastou espíritos inferiores e doou-se ─ de corpo e alma ─ na pregação e na vivência do Evangelho.

*  *  *
Obs.: Este tema continua sendo abordado no artigo “Como perdoar meu irmão?”
 

(*) - Leonardo Pereira é Designer Gráfico, orador espírita e um
dos trabalhadores do Grupo Espírita Lamartine Palhano Junior.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 15/dezembro/2011.


COMO PERDOAR MEU IRMÃO?


Por Leonardo Pereira*


"[...] Perdoar, então, é o melhor caminho entre a dor e o sofrimento. O caminho do meio, o amor. [...]"


Jesus não escolheu doze discípulos angelicais para ajudá-lo na Boa Nova. Mesmo tendo essa possibilidade, optou por selecionar doze pessoas imperfeitas, para que pudéssemos nos ver refletidos nas ações desses homens corajosos, aprendendo com seus erros e acertos. A missão de mestre, dessa forma, faria mais sentido. Se tivéssemos doze arcanjos pregando o amor e o perdão, tendo em vista que já viviam a perfeição relativa a Deus, dificilmente nos veríamos nesses espelhos angelicais.

Somos, portanto, os Pedros, Tomés e os Judas da Era Moderna, em busca de compreensão dos ensinos do Rabino Galileu, tentando, a cada dia, não negá-Lo de novo, não duvidar d’Ele, não precisar buscar provas em tudo e todos, e, muito menos, relegar Sua mensagem e exemplos de Amor aos espinheiros do caminho.

Como perdoar meu irmão?

Parece fácil essa tarefa, por ser fruto de uma escolha, e não de um sentimento, mesmo que não compreendamos assim. Achando que é o sentimento que rege o perdão, escolhemos esquecer a falta, sem a compreender. Aproveitamos o ensejo, e esquecemos também o ofensor, retirando-o do nosso convívio, lançando ao vento as velhas e tão conhecidas palavras: “Eu o perdôo, mas não quero vê-lo nunca mais. É o perdão - esmola: “perdôo, afinal você não é ninguém; ou buscamos, de toda sorte, esconder, com falsos sorrisos, a mágoa retida, revivendo a ofensa em pensamento, impregnando o espírito com energias deletérias, tornando-nos doentes da alma, cujos sintomas se refletem no corpo, os males físicos. O perdão, portanto, deve ser fruto de uma escolha amadurecida, alicerçada na caridade e no amor a si e ao próximo.

Por que perdoar meu irmão?

O perdão desatrela do ofensor quem perdoa, proporcionando paz e tranqüilidade. Não perdoar significa levar o inimigo para casa, situando-o em nossa vida o tempo todo. Se o outro não compreende o seu perdão, o problema é dele. O que perdoa segue de consciência livre, enquanto o outro fica atrelado à Lei de Ação e Reação, que, por certo, oportunizará, no tempo justo, o devido reajuste, através do marco divino da Consciência.

O perdão é sempre melhor para quem perdoa.  O esquecimento da falta nem sempre é perdão, mas o perdão é sempre a chave para o esquecimento da falta. Perdoar, então, é o melhor caminho entre a dor e o sofrimento. O caminho do meio, o amor.

Resumindo, para nosso entendimento, a mágoa, a raiva, o ódio e o sentimento de vingança geram um ‘buraco’ na alma; então, perdoar é, dessa forma, ‘tapar buracos’.

*  *  *
Obs.: A abordagem deste tema continua em “O perdão em nove etapas”.

(*) - Leonardo Pereira é Designer Gráfico, orador espírita
e um dos trabalhadores do Grupo Espírita Lamartine Palhano Junior.
Imagem: www.google.com . Acesso em: 16/dezembrro/2011.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NATAL É VIDA



Pelo Espírito Sebastião Lasneau
(Psicografia de Raul Teixeira)

Eis o Natal que nos bafeja agora,

Trazendo bênçãos de Jesus ao mundo
A distribuir o seu amor fecundo,
Natal que em nós nova esperança aflora.

Quando é Natal o nosso ser se ancora
No amor fraterno, em sentido profundo;
Buscamos paz de segundo a segundo,
Para o nosso planeta que estertora.

Quando é Natal há sempre um canto novo
Que traz Jesus a socorrer o povo,
Povo que nunca Ele deixou a sós.

Natal é vida que abundante exprime
Lição do céu que transforma e redime,
Se Jesus renascer dentro de nós.

*  *  *
(Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 12/11/2011,
durante a reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, em Brasília-DF.)
Portal FEB. Acesso em: 14/dezembro/2011.