Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
'...O suicídio é um filho espúrio do materialismo, por demonstrar que o sentido da vida é o gozo e que, após, tudo retorna ao caos do princípio...'
"Com caráter epidêmico, o
suicídio alcança índices surpreendentes na estatística dos óbitos terrestres,
havendo ultrapassado o número daqueles que desencarnam vitimados pela AIDS.
A ciência, aliada à
tecnologia, tem facultado incontáveis benefícios à criatura humana, mas não
conseguiu dar-lhe segurança emocional.
Em alguns casos, a comunicação
virtual tem estimulado pessoas portadoras de problemas psicológicos e
psiquiátricos a fugirem pela porta abissal do autocídio, como se isso
solucionasse a dificuldade momentânea que as aturde.
Por outro lado, sites danosos
estimulam o terrível comportamento, especialmente entre os jovens ainda
imaturos, que não tiveram oportunidade de experienciar a existência. De um
lado, as promessas de felicidade, confundidas com os gozos sensoriais, dão à
vida um colorido que não existe e propõem usufruir-se do prazer até a exaustão,
como se a Terra fosse uma ilha de fantasia. Embalados pelos muito bem feitos
estimulantes de fuga da realidade, quando as pessoas dão-se conta da realidade,
frustam-se e amarguram-se, permitindo-se a instalação da revolta ou da
depressão, tombando no trágico desar.
Recentemente a Mídia
apresentou uma nova técnica de autodestruição, no denominado clube da baleia
azul, no qual os candidatos devem expor a vida em esportes radicais ou
situações perigosíssimas, a fim de demonstrarem força e valor, culminando no
suicídio. Se, por acaso, na experiência tormentosa há um momento de lucidez e o
indivíduo resolve parar é ameaçado pela quadrilha de ter a vida exterminada ou
algum membro da sua família pagará pela sua desistência.
O uso exagerado de drogas
alucinógenas, a liberdade sexual exaustiva e as desarrazoadas buscas do poder
transitório conduzem à contínua insatisfação e angústia, sendo fator
preponderantes para a covarde conduta.
O suicídio é um filho espúrio
do materialismo, por demonstrar que o sentido da vida é o gozo e que, após,
tudo retorna ao caos do princípio.
É muito lamentável esse
trágico fenômeno humano, tendo-se em vista a grandeza da vida em si mesma, as
oportunidades excelentes de desenvolvimento do amor e da criação de um mundo
cada vez melhor.
Ao observar-se, porém, a
indiferença de muitos pais em relação à prole, a ausência de educação condigna
e os exemplos de edificação humana, defronta-se, inevitavelmente, a deplorável
situação em que estertora a sociedade.
Todo exemplo deve ser feito
para a preservação do significado existencial, trabalhando-se contra a ilusão
que domina a sociedade e trabalhando-se pelo fortalecimento dos laços de
família, pela solidariedade e pela vivência do amor, que são antídotos eficazes
ao cruel inimigo da vida – o suicídio! (Artigo publicado no jornal A
Tarde, coluna Opinião, em 20-04-2017.")🔵
Publicado em www.febnet.org.br-
Boletim Eletrônico 1ª
quinzena de setembro.
Acesso em: 04/setembro/2019.
Imagem: www.google.com.
Acesso em: 04/setembro/2019.
Acesso em: 04/setembro/2019.
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