quarta-feira, 1 de maio de 2019

VALOR DA PRECE

'...O encarnado que ora pelo próximo cumpre a nobre tarefa dos puros Espíritos; sem lhes possuir a coragem e a força, realizam as suas maravilhas...'
Os Espíritos solicitam constantemente preces aos mortais. Será que os Espíritos bons não oram pelos sofredores? Nesse caso, por que as preces dos homens são mais eficazes?” A resposta que se segue foi dada [...] por Santo Agostinho, pelo médium E. Vézy:
Orai sempre, meus filhos. Já vos disse: a prece é um orvalho benfazejo que deve tornar menos árida a terra ressequida.Venho repetir mais uma vez e acrescentar algumas palavras em resposta à pergunta que me dirigistes. Perguntais por que os Espíritos sofredores preferem pedir-vos preces que a nós. As preces dos mortais são mais eficazes que a dos Espíritos bons? – Quem vos disse que nossas preces não tinham a virtude de espalhar consolação e dar força aos Espíritos fracos, que não podem ir a Deus senão com dificuldade e, muitas vezes, sem coragem? Se imploram as vossas preces, é porque elas têm o mérito das emanações terrenas que, subindo voluntariamente a Deus, são sempre por eles aproveitadas, por procederem da vossa caridade e do vosso amor.
“Para vós orar é abnegação; para nós, um dever. O encarnado que ora pelo próximo cumpre a nobre tarefa dos puros Espíritos; sem lhes possuir a coragem e a força, realizam as suas maravilhas. É peculiar à nossa vida consolar o Espírito que sofre e passa por dificuldades; mas uma de vossas preces é o colar que tirais do pescoço para dá-lo ao indigente; é o pão que retirais de vossa mesa para dar a quem tem fome. É por isso que vossas preces são agradáveis a quem as escuta. Um pai não atende sempre à prece do filho pródigo? Não chama todos os servos para matar o vitelo gordo pelo retorno do filho culpado? Como não o faria ainda mais por aquele que, de joelhos, lhe vem dizer: ‘Ó meu pai, sou muito culpado; não vos peço graça, mas perdoai a meu irmão arrependido, mais fraco e menos culpado do que eu.’ Oh! é então que o pai se enternece, arrancando do peito tudo quanto este possa conter em dons e em amor. E diz: ‘Estavas cheio de iniqüidades e te confessaste criminoso; mas, compreendendo a enormidade de tuas faltas, não clamaste graça para ti; aceitas o sofrimento de meu castigo e, apesar de tuas torturas, tua voz tem força bastante para pedir por teu irmão!’ Pois bem! o pai não quer ser menos caridoso que o filho: perdoa a ambos. A um e outro estende as mãos para que possam marchar direito na senda que conduz à sua glória.
“Eis a razão, meus filhos, pela qual os Espíritos sofredores, que vagueiam à vossa volta, imploram as vossas preces. Devemos orar; podeis orar. Prece do coração, és a alma das almas, se assim me posso exprimir; quintessência sublime que sobe, sempre casta, bela e radiosa, para a alma mais vasta de Deus.” Santo Agostinho.🔵
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(Revista Espírita - Ano V – Agosto/1862 –
Nº 8. - págs. 345/346. Disponível em: Portal FEB .)
Imagem:http://www.google.com/ . Acesso em: 31/jul./2010.
Formatação atualizada em: 01/maio/2019.

2 comentários:

André Luiz disse...

Lendo o texto, lembro-me, uma vez mais, da caridade do Pais conosco.
Estava mesmo precisando relembrar tal lição, bem como voltar as minhas preces.
É sempre bom poder contar com companheiros de estrada.

Muitas vezes, a prece não serve diretamente aos espíritos superiores,
mas, sobretudo, a nós mesmos, como exercício de humildade e fé naquilo que ainda não compreendemos.

Obrigado pela partilha, Francisco!
André Luiz

Anônimo disse...

Olá, André Luiz,
Sou eu quem agradece o continuado apoio e a valorosa participação.
Muita Paz!
Francisco.

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