quarta-feira, 1 de maio de 2019

LIMITE DO TRABALHO


683. Qual o limite do trabalho?
“O das forças. Em suma, a esse respeito Deus
deixa inteiramente livre o homem.” (1)
Não basta se diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar. É preciso que aquele que tem de prover à sua existência por meio do trabalho encontre em que se ocupar, o que nem sempre acontece. 
Quando se generaliza, a suspensão do trabalho assume as proporções de um flagelo, qual a miséria. A ciência econômica procura remédio para isso no equilíbrio entre a produção e o consumo. Esse equilíbrio, porém, dado seja possível estabelecer-se, sofrerá sempre intermitências, durante as quais não deixa o trabalhador de ter que viver. 
Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. 
Considerando-se a aluvião de indivíduos que todos os dias são lançados na torrente da população, sem princípios, sem freio e entregues a seus próprios instintos, serão de espantar as consequências desastrosas que daí decorrem? 
Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. 
A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos.” (2)🔵 
(1) De 'O Livro dos Espíritos', de Allan Kardec. Parte 3ª, Capítulo III - A Lei do Trabalho. Limite do trabalho.Repouso.Questão 682 e Comentário de Kardec à questão 685.(2)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 30/junho/2016.
Formatação atualizada em: 01/maio/2019.

2 comentários:

André Luiz disse...

Olá, Francisco!

Passando apenas para dizer da criativa imagem escolhida,muito legal!
Acho que ela captou e representou muito bem a mensagem postada.

Um leitura possível é a de que ela traz várias pessoas pensando ou dizendo coisas sobre "trabalho". Interessante que, logo depois, vem o texto: "Não basta se diga ao homem que lhe corre o dever de trabalhar"...

Outra coisa é que, se repararmos, temos duas situações: uma , a da pessoa de cor verde, com "engrenagens" diferentes das demais pessoas; outra, as das "engrenagens" nas demais cabeças, que são as mesmas, em posições diferentes.

As ideias de Marx e Mill sobre trabalho, por exemplo, são muito díspares. Já as de pensadores liberais e neoliberais, por sua vez, muito parecidas no fundo, apesar de estarem em posições de espaço e tempo diversas.

Por fim, pensei também sobre a ideoplastia possível através das nossas emanações (como nos balões das figuras). Um mente sem trabalho, ou que o pensa equivocadamente, pode gerar problemas para si mesmo ou para a psicosfera que partilha com outros.

Era só isso... gostei da imagem e quis falar dela. Achei legal e diferente.
Deixo um abraço caloroso
André Luiz

Francisco de Assis Daher Pirola disse...

Oi, André Luiz,

Mais uma vez, agradeço a inestimável colaboração. Um comentário que, sem dúvida, muito contribuirá para um entendimento mais amplo do texto. Muito bom.

Muitíssimo obrigado,

Muita Paz,
Francisco.

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