'...Somos, assim, chamados à tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos...'
Espiritismo revivendo o
Cristianismo – eis a nossa responsabilidade.
Como outrora Jesus revelou a
Verdade em amor, no seio das religiões bárbaras de há dois mil anos, usando a
própria vida como espelho do ensinamento de que se fizera veículo, cabe agora
ao Espiritismo confirmar-lhe o ministério divino, transfigurando-lhe as lições
em serviço de aprimoramento da Humanidade.
Espíritas!
Lembremo-nos de que templos
numerosos, há muitos séculos, falam dEle, efetuando porfiosa corrida ao poder
humano, olvidando-lhe a abnegação e a humildade.
E porque não puderam
acomodar-se aos imperativos do Evangelho, fascinados que se achavam pela posse
da autoridade e do ouro, erigiram pedestais de intolerância para si mesmos.
Todavia, a intolerância é a
matriz do fratricídio, e o fratricídio é a guerra de conquista em ação. E a lei
da guerra de conquista é o império da rapina e do assalto, da insolência e do
ódio, da violência e da crueldade, proscrevendo a honra e aniquilando a
cultura, remunerando a astúcia e laureando o crime, acendendo fogueiras e semeando
ruínas em rajadas de sangue e destruição.
Somos, assim, chamados à
tarefa da restauração e da paz, sem que essa restauração signifique retorno aos
mesmos erros e sem que essa paz traduza a inércia dos pântanos.
É imprescindível estudar
educando e trabalhar construindo.
Não vos afasteis do Cristo de
Deus, sob pena de converterdes o fenômeno em fator de vossa própria servidão às
cidadelas da sombra, nem algemeis os punhos mentais ao cientificismo pretensioso.
Mantende o cérebro e o
coração em sincronia de movimentos, mas não vos esqueçais de que o Divino
Mestre superou a aridez do raciocínio com a água viva do sentimento, a fim de
que o mundo moral do homem não se transforme em pavoroso deserto.
Aprendamos do Cristo a mansidão vigilante.
Herdemos do Cristo a esperança operosa.
Imitemos do Cristo a caridade intemerata.
Tenhamos do Cristo o exemplo resoluto.
Saibamos preservar e defender a pureza e a simplicidade de nossos princípios.
Não basta a fé para vencer. É preciso que a fidelidade aos compromissos assumidos se nos instale por chama inextinguível na própria alma.
Nem conflitos estéreis.
Nem fanatismo dogmático.
Nem tronos de ouro.
Nem exotismos.
Nem perturbação fantasiada de grandeza intelectual.
Nem bajulação às conveniências do mundo.
Nem mensagens de terror.
Nem vaticínios mirabolantes.
Acima de tudo, cultuemos as
bases codificadas por Allan Kardec, sob a chancela do Senhor, assinalando-nos
as vidas renovadas, no rumo do Bem Eterno.
O Espiritismo, desdobrando o
Cristianismo, é claro como o Sol.
Não nos percamos em
labirintos desnecessários, porquanto ao espírita não se permite a expectação da
miopia mental.
Sigamos, pois, à frente, destemerosos
e otimistas, seguros no dever e leais à própria consciência, na certeza de que
o nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo está empenhado em nossas mãos.🔵
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Do livro “Religião dos Espíritos”, de Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier, 4ª Ed. FEB.1978.
[Reunião pública de 17.04.59].págs. 67/69.)
Imagem: www.google.com. Acesso em:28/novembro/2015.
Destaques:pelo Editor do Blog.
Formatação atualizada em: 13/fevereiro/2018.
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