quinta-feira, 16 de março de 2017

JESUS E A RELIGIÃO


Pelo Espírito André Luiz
'...E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo...' 
Com Jesus, [...], a religião, como sistema educativo, alcança eminência inimaginável.
Nem templos de pedra, nem rituais.
Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano.
O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros.
Dirige-se aos homens simples de coração, curvados para a gleba do sofrimento e ergue-lhes a cabeça trêmula para o Céu.
Aproxima-se de quantos desconhecem a sublimidade dos próprios destinos e assopra-lhes a verdade, vazada em amor, para que o sol da esperança lhes renasça no ser.
Abraça os deserdados e fala-lhes da Providência Infinita.
Reúne, em torno de sua glória que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansados e os tristes, os pobres e os oprimidos, as mães sofredoras e as crianças abandonadas e entrega-lhes as bem-aventuranças celestes.
Ensina que a felicidade não pode nascer das posses efêmeras que se transferem de mão em mão, e sim da caridade e do entendimento, da modéstia e do trabalho, da tolerância e do perdão.
Afirma-lhes que a Casa de Deus está constituída por muitas moradas, nos mundos que enxameiam o firmamento, e que o homem deve nascer de novo para progredir na direção da Sabedoria Divina.
Proclama que a morte não existe e que a Criação é beleza e segurança, alegria e vitória em plena imortalidade.
Pelas revelações com que vence a superstição e o crime, a violência e a perversidade, paga na cruz o imposto de extremo sacrifício aos preconceitos humanos que lhe não perdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo, para a mesma Humanidade que o escarnecera e crucificara, desvenda-lhe, em novo cântico de humildade, a excelsitude da vida eterna.
Erige-se, desde então, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.
Iniciam-se em todo o orbe imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir sobre a fronte do mundo.
Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.
E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.🔵
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Pedro Leopoldo, 13/4/58.
(Do livro "Evolução em Dois Mundos", pelo Espírito André Luiz,
psicografado por F.C.Xavier/Waldo Vieira, cap. XX,
Primeira parte, 17ª ed, FEB, 1999.)
Formatação atualizada em: 16/março/2017.
Destaques:pelo Blog.

2 comentários:

André Luiz disse...

Parabéns, Francisco!
Uma vez mais, lição de Luz!

Nem templos, rituais, ou hierarquias... "O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros".

Conhecimento distribuído de modo público e gratuito - a exemplo do que é essencial. Eis o tesouro!

E por conta do seu avultado valor, ao contrário de muitas outras coisas, vale tanto na dimensão terrena quanto na espiritual.

Obrigado, Francisco de Assis!
André Luiz

Anônimo disse...

Caro André,

Agradeço, sensibilizado, a sua inestimável colaboração.

Muita Paz!

Francisco.

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