Pelo Espírito André Luiz
'...E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo...'
Com Jesus, [...], a religião, como sistema educativo, alcança eminência inimaginável.
Nem templos de pedra, nem rituais.
Nem hierarquias efêmeras, nem avanço ao poder humano.
O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros.
Dirige-se aos homens simples de coração, curvados para a gleba do sofrimento e ergue-lhes a cabeça trêmula para o Céu.
Aproxima-se de quantos desconhecem a sublimidade dos próprios destinos e assopra-lhes a verdade, vazada em amor, para que o sol da esperança lhes renasça no ser.
Abraça os deserdados e fala-lhes da Providência Infinita.
Reúne, em torno de sua glória que a humildade escondia, os velhos e os doentes, os cansados e os tristes, os pobres e os oprimidos, as mães sofredoras e as crianças abandonadas e entrega-lhes as bem-aventuranças celestes.
Ensina que a felicidade não pode nascer das posses efêmeras que se transferem de mão em mão, e sim da caridade e do entendimento, da modéstia e do trabalho, da tolerância e do perdão.
Afirma-lhes que a Casa de Deus está constituída por muitas moradas, nos mundos que enxameiam o firmamento, e que o homem deve nascer de novo para progredir na direção da Sabedoria Divina.
Proclama que a morte não existe e que a Criação é beleza e segurança, alegria e vitória em plena imortalidade.
Pelas revelações com que vence a superstição e o crime, a violência e a perversidade, paga na cruz o imposto de extremo sacrifício aos preconceitos humanos que lhe não perdoam a soberana grandeza, mas, reaparecendo redivivo, para a mesma Humanidade que o escarnecera e crucificara, desvenda-lhe, em novo cântico de humildade, a excelsitude da vida eterna.
Erige-se, desde então, o Evangelho em código de harmonia, inspirando o devotamento ao bem de todos até o sacrifício voluntário, a fraternidade viva, o serviço infatigável aos semelhantes e o perdão sem limites.
Iniciam-se em todo o orbe imensas alterações. A crueldade metódica cede lugar à compaixão. Os troféus sanguinolentos da guerra desertam dos santuários. A escravidão de homens livres é sacudida nos fundamentos para que se anule de vez. Levanta-se a mulher da condição de alimária para a dignidade humana. A filosofia e a ciência admitem a caridade no governo dos povos. O ideal da solidariedade pura começa a fulgir sobre a fronte do mundo.
Moisés instalara o princípio da justiça, coordenando a vida e influenciando-a de fora para dentro.
Jesus inaugurou na Terra o princípio do amor, a exteriorizar-se do coração, de dentro para fora, traçando-lhe a rota para Deus.
E eis que o Cristianismo grandioso e simples ressurge agora no Espiritismo, induzindo-nos à sublimação da vida íntima, para que nossa alma se liberte da sombra que a densifica, encaminhando-se, renovada, para as culminâncias da Luz.🔵
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Pedro Leopoldo, 13/4/58.
(Do livro "Evolução em Dois Mundos", pelo Espírito André Luiz,
psicografado por F.C.Xavier/Waldo Vieira, cap. XX,
Primeira parte, 17ª ed, FEB, 1999.)
Formatação atualizada em: 16/março/2017.
Destaques:pelo Blog.
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Pedro Leopoldo, 13/4/58.
(Do livro "Evolução em Dois Mundos", pelo Espírito André Luiz,
psicografado por F.C.Xavier/Waldo Vieira, cap. XX,
Primeira parte, 17ª ed, FEB, 1999.)
Formatação atualizada em: 16/março/2017.
Destaques:pelo Blog.
2 comentários:
Parabéns, Francisco!
Uma vez mais, lição de Luz!
Nem templos, rituais, ou hierarquias... "O Mestre desaferrolha as arcas do conhecimento enobrecido e distribui-lhe os tesouros".
Conhecimento distribuído de modo público e gratuito - a exemplo do que é essencial. Eis o tesouro!
E por conta do seu avultado valor, ao contrário de muitas outras coisas, vale tanto na dimensão terrena quanto na espiritual.
Obrigado, Francisco de Assis!
André Luiz
Caro André,
Agradeço, sensibilizado, a sua inestimável colaboração.
Muita Paz!
Francisco.
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