sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

QUE É DEUS?

Monte Sinai - Foto de Matt Moyer (*)
Por Leonardo Pereira
'... Deus é a inteligência suprema, causa primaria de todas as coisas ...'
(L.E - Q. n.º 1)
Nunca houve tanta necessidade de se encontrar Deus.

Iniciada no campo pessoal, essa busca envereda-se, quase sempre, pelo caminho das religiões que, desprovidas do verdadeiro sentido da divindade criadora, mantêm, muitas delas, em suas práticas doutrinárias, idéias concebidas em época muito distante de realidade atual, mas aceitas ainda como verdades inquestionáveis e tidas como frutos do ensino do próprio Deus.

O Planejamento de Moisés

Encontramos em Moisés o vulto de maior expressão de sua raça ─ o povo Judeu, que, escravizado no Egito, recebeu o chamado do Deus único - ‘YaHVeH (em português, Javé)’ ou ‘YeHoVaH’ (em português, Jeová) - para sair em busca da terra prometida.

Fora do cativeiro, atravessando o deserto em busca dessa terra, caminham praticamente andando em círculos durante 40 anos de suas vidas (muitos a perderiam pelo caminho).

Milhares de homens e mulheres, habituados ao culto de diversas divindades, vêem-se, então, diante de um Deus da guerra, que pune e extermina; que através da mediunidade de Moisés sobe o monte Sinai e proclama um código de leis ─ os Dez Mandamentos. Na sua maioria, um código de leis civis, cujo objetivo era conter esse povo com suas práticas nocivas ao planejamento de Moises (leia-se Jeová).

Desse povo rude Moisés espera de tudo. Por isso, os 40 anos no deserto: os mais velhos e presos às práticas do cativeiro morreriam, e a geração nova os sucederia.

E dessa forma aconteceu. E a nova geração atendia com respeito,, e ao mesmo tempo temor, ao novo deus, para eles, impiedoso e cruel. Mas, fora a sua rudeza, esse povo plantou a idéia do Deus Único (Monoteísmo) projetando o sábio Moises como grande legislador e governante, o que, de fato, foi.

Reencarnação - o legado de Jesus

Muitas pessoas e muitas religiões ainda cultivam esse mesmo deus, vingativo, elitista (além disso, ‘doente’, tantas as mudanças de humor) e ainda tão sujeito aos sentimentos humanos, haja vista como se comporta, através dos tempos, a raça humana. Outras tantas se ligam aos dogmas da fé cega, com medo das penas eternas e das regiões comandadas por ‘demônios’, com tridentes, a espetar e torturar aquele que não foi para essa ou aquela religião. Assim agem, expressando no rosto o medo, louvando essa entidade, que pode, dependendo de seu humor, salvá-los (perdoar) ou condená-los eternamente. E assim, vendem-se céus e terra! Pode-se comprar até estadia no além-túmulo, com as bênçãos de muitos religiosos e o aval da própria cristandade.

Imaginemos, então, como fica o legado de Jesus? Como seria se o compreendêssemos de verdade? Toda sua história de amor e seus ensinos nos remetem ao uso da lógica e do bom-senso, haja vista que lecionou como verdadeiro Mestre, e suas falas, registradas à posteriore por seus discípulos, ainda trazem o frescor da verdade eterna que ainda não conhecemos.

Meditemos em sua fala com o doutor da Lei (Jo 3:1 a 12), conhecido por sua capacidade intelectual, que o buscou na sombra da noite entre as vielas de Jerusalém: “em verdade, em verdade, digo-te: Ninguém pode vê o reino de Deus se não nascer de novo”. Replica, atordoado, o doutor: “Como pode nascer um homem já velho?” Chama-o à razão o Rabino: “Pois quê! És mestre em Israel e ignoras estas coisas?” “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” “É necessário nascer da água e do Espírito”. Enquanto o aturdido Nicodemos se afasta, fica no ar o ponto fundamental do ensino de Jesus sobre a justiça Divina: a reencarnação.

Essa lei Divina ─ a reencarnação ─ ergue a lapide dos túmulos e retira o inferno das consciências, firmando o amor da divindade para conosco quando nos oportuniza a volta aos caminhos trilhados de enganos, para o ajuste ou o reajuste necessário. É assim que se apresenta um Deus-Pai, amoroso, que perdoa e acolhe o filho transviado nos enganos do mundo.

Jesus, o divino Escultor de almas, sabia o que se passava em nossa alma naquele tempo, e o sabe ainda hoje. Conhece as nossas mentiras e reconhece cada uma de nossas máscaras sociais. Seu legado de amor é representado, em essência, quando resume a Lei de Moisés ─ os Dez Mandamentos ─ em apenas dois: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

A busca, então, continua, em todos os campos do conhecimento, e o homem moderno se vê, ainda, embaraçado nas teias atávicas das religiões, ora por comodismo, ora por falta de coragem de encarar a realidade e se ver obrigado a fazer mudanças em sua vida, pensando:“é melhor ficar como está, pois começar de novo dá muito trabalho”.

O Espírita e o Conhecimento da Terceira Revelação

O espírita, portador do conhecimento da Terceira Revelação, do Cristianismo Redivivo e das lições e ensinos de Jesus em sua riqueza de detalhes, pode, a qualquer hora, beber nessa fonte inesgotável em todos os campos do conhecimento, sejam eles ciência, filosofia ou religião.

Lembrando o insigne Codificador Allan Kardec: “O espiritismo é a ciência (ciência no sentido de conhecimento (dar ciência, estar ciente de algo ou alguma coisa) que trata da origem, da natureza e do destino dos espíritos, bem como da sua interação com o mundo material”.

Como conhecimento, o Espiritismo demonstra, com fatos irrefutáveis, a grandeza de Deus e a sua infinita sabedoria ─ “Deus é a inteligência suprema, causa primaria de todas as coisas” (Livro dos Espíritos - questão n.º 1) ─, por isso está fadado a ser um ramo de conhecimento presente em todas as manifestações religiosas. Seus princípios fundamentais mudarão o destino da humanidade, começando pelos que se dizem Cristãos e ainda não conhecem o Cristo de Deus, Jesus, o médico de homens e de almas.🔵
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(Leonardo Pereira é Designer gráfico e orador espírita.
Formatação atualizada em 27/janeiro/2017.

sábado, 21 de janeiro de 2017

FACULDADES MEDIÚNICAS

Pelo Espírito Emmanuel
'...Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de que dispõe...'
Há diversidade de dons espirituais, mas a Espiritualidade é a mesma.
Há diversidade de ministérios, mas é o mesmo Senhor que a todos administra.
Há diversidade de operações para o bem; todavia, é a mesma Lei de Deus que tudo opera em todos.
A manifestação espiritual, porém, é distribuída a cada um para o que for útil.
Assim é que a um, pelo espírito, é dada a palavra da sabedoria divina e a outro, pelo mesmo espírito, a palavra da ciência humana.
A outro é confiado o serviço da fé e a outro o dom de curar.
A outro é concedida a produção de fenômenos, a outro a profecia, a outro a faculdade de discernir os Espíritos, a outro a variedade das línguas e ainda a outro a interpretação dessas mesmas línguas.
No entanto, o mesmo poder espiritual realiza todas essas coisas, repartindo os seus recursos particularmente a cada um, como julgue necessário.”
Quem analise despreocupadamente o texto acima, decerto julgará estar lendo moderno autor espírita, definindo o problema da mediunidade; contudo, as afirmações que transcrevemos saíram do punho do apóstolo Paulo, há dezenove séculos, e constam no capítulo doze de sua primeira carta aos coríntios.
Como é fácil de ver, a consonância entre o Espiritismo e o Cristianismo ressalta, perfeita, em cada estudo correto que se efetue, compreendendo-se na mensagem de Allan Kardec a chave de elucidações mais amplas dos ensinos de Jesus e dos seus continuadores.
Cada médium é mobilizado na obra do bem, conforme as possibilidades de que dispõe.
Esse orienta, outro esclarece; esse fala, outro escreve; esse ora, outro alivia.
Em mediunidade, portanto, não te dês à preocupação de admirar ou provocar admiração.
Procuremos, acima de tudo, em favor de nós mesmos, o privilégio de aprender e o lugar de servir.🔵
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(Do livro 'Seara dos médiuns' [Estudos e dissertações em torno da substância religiosa de "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec, pelo Espírito Emmanuel]; psicografia de Francisco Cândido Xavier; 4ª ed. Federação Espírita Brasileira, 1983); Lição 'Faculdades mediúnicas', recebida em reunião pública de 01/07/60, ref. à questão nº 159, do 'Livro dos Médiuns', págs.145 a 146.
Imagem: www.google.com. Acesso em:21/janeiro/2017.

sábado, 7 de janeiro de 2017

O APARTE

Pelo Espírito Hilário Silva
'...quando alguém não sente o mal que pratica, em verdade carrega consigo a consciência morta. É um morto-vivo...'
Perante o enorme ajuntamento de sofredores desencarnados, no Plano Espiritual, o Dr. Bezerra de Menezes, apóstolo da Doutrina Espírita no Brasil, rematava a preleção.
Falara, com muito brilho, acerca dos desregramentos morais.
Destacara os males da alma e os desastres do espírito.
Dispunha-se à retirada, quando fino ironista o invectivou:
- Escute, doutor. O senhor disse que a calúnia é um braseiro no caluniador. Eu caluniei e nada senti. O senhor disse que o furto é um espinho no ladrão. Eu roubei e nada senti. O senhor disse que o destruidor de lares terrestres carrega a lâmina do arrependimento a retalhar-lhe o coração. Destruí diversos lares e nada senti. O senhor disse que o criminoso tem a nuvem do remorso a sufocá-lo. Eu matei e nada senti...
- Meu filho – disse o pregador -, que sente um cadáver quando alguém lhe incendeia o braço inerte?
- Nada – disse, rindo, o opositor sarcástico -, pois cadáver não reage.
E a conversação prosseguiu.
- Que sente um cadáver se lhe enterram um espinho no peito?
- Coisa alguma.
- Que sente um cadáver se o mergulham num lago de piche?
- Absolutamente nada, ora essa! O cadáver é a imagem da morte.
Doutor Bezerra fitou o triste interlocutor e, maneando paternalmente a cabeça, concluiu:
- Pois olhe, meu filho, quando alguém não sente o mal que pratica, em verdade carrega consigo a consciência morta. É um morto-vivo.🔵
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(Do livro “A Vida Escreve”. Espírito Hilário Silva.
Psicografias de Chico Xavier e Waldo Vieira.
7ª Ed. Rio de Janeiro. FEB. 1992. 2ª parte. p.153/154.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 30/setembro/2012.
Formatação atualizada em: 07/janeiro/2017.

domingo, 1 de janeiro de 2017

EM 2017...

ESPERANÇA

Aprende a ter esperanças...
De que o mundo vai ser melhor a partir da melhora dos homens.

Aprende a ter esperanças...
De que as pessoas vão aprender que o amor verdadeiro não tem rótulos, símbolos ou interesses menores, ele é simplesmente: AMOR.

Aprende a ter esperanças...
De que a paz vai ser o estado natural de vida de todas a população da Terra.

Aprende a ter esperanças...
De que não haverá fome, medo, dor, desespero a rondar as crianças do mundo e que todas elas serão vistas como as joias mais preciosas de todos os povos.

Aprende a ter esperanças...
De que a natureza não será mais aviltada e de que não se servirão mais dela como quem retira dinheiro de um cofre imaginando que não se acabará.

Aprende a ter esperanças...
De que as fronteiras vão cair no sentido moral e todos os povos se verão não mais como concorrentes comerciais ou ameaças, mas como irmãos que compartilham a vida nesta casa chamada Planeta Terra.

Aprende a ter esperanças...
De que o Bem surgirá como a primeira opção, como a primeira lição da escola, como a única meta de todos os catecismos, de todas as religiões.

Aprende a ter esperanças...
De que os relacionamentos serão baseados na Lei do Amor e dispensarão todas as leis humanas, pois não haverá riscos, dores, traições e interesses mesquinhos que devam ser evitados nas relações interpessoais.

Aprende a ter esperanças...
De que as pessoas, principalmente os jovens, verão no sexo não a fonte do prazer, do gozo sem fim e do desequilíbrio, mas uma possibilidade a mais de criar, e permutar energias com quem se ama e de harmonizar as energias que circulam em seus corpos para lhes fazer criar a Beleza, o Bem e a Paz.
E será porque tens esperanças que continuarás agindo, caminhando por esta terra, lutando contra as próprias imperfeições. Aprenderás que não pode mudar outra pessoa, senão a ti mesmo, e a única maneira de fazer o mundo melhor é melhorar. Embora não consigas fazer com que os outros melhorem, podes melhorar o teu mundo íntimo e deixar que vejam isso.
Conserva sempre a esperança de um futuro melhor e aprende a fazer a tua parte.🔵
Maurício Mancini (*)
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(*) Do livro "De Pai para Filho - O amor em forma de vivência e doação".
Mythos Editora Ltda. 2010. Cap. 33. Pág. 91/93.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 01/janeiro/2017.