sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O MUNDO NÃO VAI ACABAR


Por Francisco de Assis Daher Pirola

Dia desses, me perguntaram se a anunciada transição significava o “fim do mundo”. Respondi na hora:

─ Claro que NÃO!!! Essa é uma tese absurda. Deus, “a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas(LE – q. nº 1), jamais derrogaria a Sua Lei. A Suprema Sabedoria jamais poria em risco o Equilíbrio Universal.

Porém, as transformações existem - “nada se perde...tudo se transforma” - e, conforme ensinam os Espíritos Superiores, tais mudanças (sociológicas, geológicas, etc.), nos mais diversos departamentos da vida planetária, mais que necessárias, são fundamentais na administração planetária. Evolui a humanidade, evolui o planeta.

Pela Vontade Divina, tudo tem de evoluir. A natureza, os homens, os povos, os caracteres étnicos e sociais, as leis, a ciência, os animais, etc., e também os mundos que povoam os universos  - que são as “muitas moradas da casa do Pai(E.S.E – Cap. III), a habitação dos “seres inteligentes da Criação(L.E. q. 76).

É o que está acontecendo agora com a nossa residência planetária: está mudando de categoria. De mundo de expiação e provas  - “[...] onde domina o mal [...]” (E.S.E. – Cap. III – item 4.)  - encontra-se agora em trânsito evolutivo para mundo de regeneração - [...] nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta [...] (id. ib.).

Embora pareça recente, a transição, que ora se aprofunda, está em curso há milênios. Grandes catástrofes provocaram elevado número de desencarnes e duras expiações de caráter coletivo. Mas as comunicações entre os povos eram primárias, sob vários aspectos. Não existiam notícias instantâneas, e as distâncias diminuíam o impacto emocional dessas ocorrências. Não havia, por isso, tanta sensibilização.

Com o progresso das telecomunicações, entretanto, especialmente com o advento da internet e o surgimento das chamadas redes sociais, tudo ficou muito próximo. Tudo está muito presente. Há, portanto, uma percepção mais forte dos acontecimentos, sensibilizando mais a criatura humana, deixando-a mais fraterna e mais solidária diante da dor alheia. Assim, com o  nível hodierno de percepção, as tragédias são vistas e sentidas em toda a sua dimensão.

Trata-se, porém, de um processo gradual, pois a Natureza não dá saltos, e, sob a égide do Criador, não há improvisos, mas uma Lei inexorável.

A Humanidade atual, no curso dos milênios, sempre recebeu, do Plano Espiritual, de uma forma ou de outra, os chamados "sinais" do que iria acontecer. Os profetas de todos os tempos, mais ou menos acertadamente, deixaram a sua contribuição. Temos, também, nesse aspecto, o Apocalipse, do Apóstolo João, escrito provavelmente entre 64 e 67 d.C., com o seu linguajar cifrado, porém eloquente.

Entretanto, a partir de 1857, quando veio à luz “O Livro dos Espíritos”, que deu início à Codificação Kardequiana, pudemos entender, com mais propriedade, o caráter dessas mudanças até então anunciadas, mas não explicadas.

Essa, portanto, a fonte a que recorremos: as mensagens trazidas pelas “[...] grandes vozes do Céu [que] ressoam como sons de trombetas [...]. (E.S.E. – Prefácil).

Assim, meus amigos, diante dos fatos, conservemos a serenidade e façamos, condignamente, a nossa parte na construção dessa Nova Terra, perseverando no Bem, para que sejamos dignos de habitar o mundo de Regeneração. "Fé, Esperança e Caridade", nesta hora, são as palavras de ordem.

Os Mensageiros da Espiritualidade nos informam que, como registrou o Apocalipse (21:1 a 8), teremos "um novo céu e uma nova terra", o que, no seu simbolismo, significa que habitaremos um mundo novo onde o Bem Maior prevalecerá.
*  *  *
Nota: As abreviaturas "L.E." e "E.S.E." significam, respectivamente:
"O Livro dos Espíritos" e "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Imagem: www.google.com. Acesso: 31.03.2011.
Formatação atualizada em 19.12.2012.

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