Por Maria Teresa Cardoso*
"... A espiritualidade tem mais a ver com valores do que com dogmas, é ter ética, respeitar o outro, ouvir as pessoas e suavizar relações, valores que o mundo contemporâneo está deixando escapar..."
Estamos em meio a um enorme processo de transformação no mundo empresarial. A questão é que, cada vez mais, no mundo contemporâneo, tem sido necessário estimular pessoas e organizações a praticar ações cidadãs e conscientes, e a espiritualidade no trabalho tem assumido um papel norteador fundamental nesse processo. Se na sua empresa está faltando integração entre os funcionários, a produtividade anda baixa e a insatisfação dos clientes preocupante, então que tal uma pitada de espiritualidade?
A dica pode soar estranha a princípio, mas engana-se quem imagina que no mundo empresarial espiritualidade e gerenciamento estratégico não se misturam. Hoje, é cada vez mais comum as empresas assumirem um posicionamento espiritual, utilizando-o, inclusive, como ferramenta de competitividade e resultado.
E isso é possível criando uma cultura corporativa sustentada em ensinamentos universais que, alinhada ao plano de negócios da empresa, seja capaz de incentivar o intercâmbio de informações e experiências entre dirigentes e funcionários, bem como de conduzir as políticas e decisões da organização. A espiritualidade tem mais a ver com valores do que com dogmas, é ter ética, respeitar o outro, ouvir as pessoas e suavizar relações, valores que o mundo contemporâneo está deixando escapar.
A questão independe da religião e está ligada intrinsecamente com o que acreditam os principais gestores da empresa. Dentre os benefícios de se ter um posicionamento espiritual claro e definido está o de possibilitar aos funcionários refletirem sobre suas metas e valores, avaliando se os mesmos estão em sintonia com os da organização. Faz com que o grupo ganhe unidade e que as relações sejam menos tensas e muitas vezes até mais produtivas.
Espiritualidade está relacionada à criação pelo homem, ao respeito à vida, independentemente do rumo que a religião pode dar, e isso é o que faz a diferença. Responsabilidade social, motivação, liderança, trabalho em equipe, descentralização do poder e comunicação são alguns exemplos de conceitos que podem ser transmitidos com base na condução espiritual de cada organização. O resultado são corporações integradas em todos os níveis, funcionários produzindo mais e melhor, e clientes satisfeitos e felizes.
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(*)Maria Teresa Cardoso é psicóloga e especialista em gestão de pessoas.
Acesso em: 15/junho/2012.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 15/junho/2012.
Formatação atualizada em: 15/janeiro/2016.
Formatação atualizada em: 15/janeiro/2016.
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