'...O que damos, possuímos, por demorar-se indestrutível dentro de nós...'
"Sob os acordes maviosos da mensagem espírita que
entesouras na mente, despertas, por fim, para a vida, desejando promover
campanhas de enobrecimento.
Para tanto, começa na intimidade do lar, exercitando
desapego e renunciação.
Se o fizeres, transferirás do largo campo do planejamento
o ideal que acalentas para as rudes e valiosas experiências da ação, cultivando
o bem de todas as latitudes.
Remove, inicialmente, de velhas gavetas objetos que se
constituem excessos, e das cômodas antigas retira tecidos e roupas usadas a se
gastarem na inutilidade, oferecendo-lhes melhor aplicação.
Objetos mortos, que conservam valores de duvidosa expressão, catalogados como “de estimação”,
se transformariam em pães e socorro para quantos sofrem ao lado da tua
indiferença.
Alfaias e baixelas cinzeladas, recordando antepassados
queridos, poderiam tornar-se luz e esperança para aqueles que espreitam além da
porta do teu domicílio.
Desapega-te hoje
dos haveres, antes que se consumam amanhã, expressando coerência com as aspirações
que vitalizas.
No entanto, se desejares traduzir melhor os sentimentos
que atestam as tuas novas concepções através das campanhas que movimentas, faze
mais.
Leva adiante, a outrem, não somente o tecido surrado e
gasto, mas também o novo, para que a tua dádiva signifique mais do que
transferência do desvalor.
Não apenas aquilo que não serve.
Em verdade é nosso tudo quanto oferecemos.
O que damos, possuímos, por demorar-se indestrutível
dentro de nós.
E como os pertences, de que somos mordomos transitórios,
mudam de mãos ao impositivo do tempo e da morte, distribuamos aquilo que
supomos possuir a fim de que possuamos realmente.
*
Amplia tuas campanhas, cedendo quando uma contenda negativa te ameace o equilíbrio.
Esquece, quando ferido, sob apupos e ofensas.
Doa as difíceis moedas da gentileza.
E além das doações ao próximo faze ofertas a ti mesmo.
Inicia a luta contra o egoísmo – velha roupa inútil que
conservas no lar do orgulho.
Faze a campanha sistemática contra a maledicência –
veneno sutil que dissemina morte, e guardas nos vasos brilhantes da vaidade.
Reage ao ciúme – companheiro míope da imperfeição que manténs
disfarçada.
Exila a ira – ácido perigoso que carregas em vasilhames
trabalhados.
Investe contra a vaidade
própria – rainha da ilusão que ocultas jovialmente.
Concede ao próprio espírito a luz do discernimento capaz
de clarear-te por dentro, favorecendo-te com a limpeza dos antigos onde viviam
colônias de malfeitores morais."■
(Do livro 'Dimensões da verdade', pelo Espírito Joanna de Ângelis; [psicografia de]
Divaldo Franco, - 7ª ed. - Salvador,BA: Livraria Espírita Alvorada, 2000.págs. 113/115.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 06/julho/2016.
* * *
O livro 'Dimensões da Verdade" pode ser adquirido na Livraria Espírita Alvorada Editora. Rua Jayme Vieira Lima, nº 104 - Pau da Lima - 41235-000 - Salvador-BA.
Acesse também: www.mansaodocaminho.com.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário