segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS


Antonio R. Coutinho Júnior

Que, ao ensejo do Natal,
Ante a Estrela de Belém,
Da terra se vá o Mal,
Cedendo lugar ao Bem.

Busquemos na Manjedoura
Que o Cristo dignificou
A Santa Paz redentora
Com que Ele nos acenou.

E que toda a Humanidade
Se volte, por seu amor,
Tendo à frente a Caridade,
Qual no-la quer o Senhor.

E os “Homens de boa Vontade”
Possam buscar nas Alturas,
Cheios de sã humildade,
Muita Paz e mil venturas.

Que o Espírito de Natal
Possa reinar sobre a Terra
E, nela, afastado o Mal,
Haja só amor, não mais a guerra.

Sob as Bênçãos de Jesus,
Elevando os corações,
Que a Terra se faça Luz,
Para todas as nações.
*
(Do livro “Reflexões de Natal segundo o pensamento de 45 colaboradores espíritas”,
editado pelo Instituto Maria, Juiz de Fora-MG, 3ª Ed.1982,pág.57.)
Imagem: www.morguefile.com. Aceso em: 21/dezembro/2014.
*  *  *
Feliz Natal! Boas Festas!
É o que desejamos aos queridos leitores e leitoras do Blog.
* * *

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

SER FELIZ

Somos felizes...

a partir do momento em que fazemos de nossas condutas a real felicidade, aceitando cada etapa com certeza do bem realizado.
*
quando nos deparamos ante nós mesmos nas mudanças de nós para o bem-estar constantes em nós.
*
quando fazemos surgir o novo ante os obstáculos, verdade ante as dificuldades e incerteza.
*
quando temos a certeza que já nos encontramos ante este mundo de encontros e desencontros.
*
quando já atingimos o equilíbrio real que nos alimenta.
A.
🔵
___________________________________
Psicografia – Médium Alba Valéria Lopes – em 20/02/2012,
Comunidade Espírita Esperança - Vitória-ES.
Imagem: Paisagem da Suiça. www.google.com. Acesso em: 13/março/2012.
Formatação atualizada em: 13/janeiro/2017.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

RAMATIS E A DOUTRINA ESPÍRITA


Pelo Espírito Ramatis (*)

"[...] o Espiritismo, lembrando a doce imagem de Jesus, estende o seu manto fraterno e, qual ave benfeitora, acolhe todos os seus simpatizantes e detratores, as luzidias mentalidades e as débeis cerebrações, os moços entusiastas e os velhos alquebrados, as almas passivas e os espíritos dinâmicos![...]"

"A doutrina espírita, como ciência e filosofia que disciplina e coordena os impulsos religiosos da criatura, para "religá-la" ao Criador, já pode ser considerada a mediadora crística de todos os esforços e movimentos ascensionais do homem.

Ela possui o "toque mágico" capaz de avivar raciocínios para as pesquisas mais aprofundadas no campo iniciático ou corrigir o pensamento infantilizado dos religiosos presos aos lendários dogmas carcomidos pelo tempo.

Na sucessão dos vossos dias, já podeis verificar que todas as soluções racionais, inconfundíveis e penetrantes no futuro, estão manifestas nos postulados espiríticos, assim como a loja floral possui as sementes das flores mais belas e de perfumes mais raros.

Qualquer acontecimento supranormal que atualmente se registra nas instituições ou hierarquias religiosas, nos departamentos administrativos, nos lares ou nas relações sociais do mundo, que desafiam as explicações lógicas da ciência acadêmica, terminam sempre obtendo a sua explicação racional e sensata sob o raciocínio espirítico! Aumenta a porcentagem das coisas que confirmam a revelação espírita e diminuem as que a desmentem!

Allan Kardec, sublimemente inspirado - o que lhe valeu a denominação de "a encarnação do bom senso" ante o seu esforço heróico de trabalho e de abnegação por uma idéia mais compatível com a celebração do século XX - codificou doutrina de tal envergadura e profundidade espiritual, que a simples adesão do homem aos seus postulados já lhe vale um diploma de bom senso e um emblema de sadia inteligência!

Quando a maioria dos conjuntos religiosos e espiritualistas se debilita pelo anacronismo de suas bases dogmáticas; quando os próprios esforços iniciáticos definham em grupos isolados e no silêncio egocêntrico das "afinidades coletivas", o Espiritismo, lembrando a doce imagem de Jesus, estende o seu manto fraterno e, qual ave benfeitora, acolhe todos os seus simpatizantes e detratores, as luzidias mentalidades e as débeis cerebrações, os moços entusiastas e os velhos alquebrados, as almas passivas e os espíritos dinâmicos!

E, contradizendo a própria ética de que, à medida que a ciência acadêmica evolui, enfraquecem-se os postulados infantis das religiões conservadoras, o Espiritismo remoça, reverdece e se amplia na sua configuração sensata e lógica, porque os experimentos científicos, em lugar de desmenti-lo, ainda o comprovam nos seus postulados de quase cem anos!

E quando a Ciência comprovar à luz meridiana dos seus gélidos laboratórios que o espírito é imortal e sobrevive à dissolução do corpo físico, paradoxalmente, não será a Ciência quem fará jus à glória da descoberta mas, na realidade, a doutrina espírita, que há de merecer então o galardão, como precursora do raciocínio científico e lógico, doado claramente às massas humanas!

Em conseqüência, esse mediador crístico, aferidor de raciocínios geniais e precursor das mais avançadas experimentações científicas relativas à sobrevivência da alma, assim como revelador da Lei da Reencarnação, será o mais importante "diapasão" para a decisiva afinação instrumental da orquestra religiosa do terceiro milênio!"
*  *  *
(*)Do livro "Mensagens do Astral", obra mediúnica
ditada pelo espírito Ramatis ao
médium Hercílio Maes, pág. 296. Editado em outubro de 1956.
Formatação acima: pelo Editor do Blog.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 08/dezembro/2014.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

ADVERTÊNCIA

Paulo Bomfim (*)

Ai daqueles que brincam com a esperança de um povo!
Ai daqueles que se banqueteiam junto a fome de seus irmãos!
Ai daqueles que são fúteis numa hora grave, indiferentes num momento definitivo!
Ai daqueles que corrompem para tirar proveito da corrupção, que envenenam o mundo pela volúpia de caminhar impunemente entre ruínas!
Ai daqueles que fazem da mentira a verdade de suas vidas!
Ai daqueles que usam os simples como degraus de sua vaidade e instrumentos de sua ambição!
Ai daqueles que fabricam com a violência a trama do medo!
Ai daqueles que roubam ao próximo à alegria de existir!
Ai daqueles que usam dinheiro e o poder para prostituir, humilhar e deformar!
Ai daqueles que se atordoam para fugir das próprias responsabilidades!
Ai daqueles que traficam a terra de seus mortos, enxovalham tradições e traem compromissos com o presente e com o futuro!
Ai daqueles que se fazem de fracos no instante da tempestade!
Ai daqueles que se acomodam a tudo, que se resignam a tudo, que se entregam sem lutar!
Ai daqueles que loteiam seus corações, alugam suas consciências, transacionam com a honra, especulam com o bem, açambarcam a felicidade alheia e erguem virtudes falsas sobre pântanos!
Ai daqueles que concordam em morrer vivos!
*  *  *

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(*) - O poeta Paulo Bomfim nasceu em São Paulo no dia 30 de setembro de 1926, descendendo de bandeirantes e de fundadores de cidades. As origens da temática de “Armorial” circulam em suas veias. Jornalista profissional, iniciou suas atividades jornalísticas em 1945, no Correio Paulistano, indo a seguir para o Diário de São Paulo a convite de Assis Chateaubriand.Seu livro de estréia foi “Antônio Triste”, publicado em 1947, com prefácio de Guilherme de Almeida e ilustrações de Tarsila do Amaral.
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Texto, perfil: http://www.paulobomfim.com/ .Acesso em: 08/dezembro/2014..
Imagem: www,google.com. Acesso em:08/dezembro/2014.

A CARIDADE

Pelo Espírito Cárita,
martirizada em Roma.
(Lião, 1861.)
"Chamo-me Caridade; sigo o caminho principal que conduz a Deus. Acompanhai-me, pois conheço a meta a que deveis todos visar.

Dei esta manhã o meu giro habitual e, com o coração amargurado, venho dizer-vos: Oh! meus amigos, que de misérias, que de lágrimas, quanto tendes de fazer para secá-las todas!

Em vão, procurei consolar algumas pobres mães, dizendo-lhes ao ouvido: Coragem! há corações bons que velam por vós; não sereis abandonadas; paciência! Deus lá está; sois dele amadas, sois suas eleitas.

Elas pareciam ouvir-me e volviam para o meu lado os olhos arregalados de espanto; eu lhes lia no semblante que seus corpos, tiranos do Espírito, tinham fome e que, se é certo que minhas palavras lhes serenavam um pouco os corações, não lhes reconfortavam os estômagos. Repetia-lhes: Coragem! Coragem!

Então, uma pobre mãe, ainda muito moça, que amamentava uma criancinha, tomou-a nos braços e a estendeu no espaço vazio, como a pedir-me que protegesse aquele entezinho que só encontrava, num seio estéril, insuficiente alimentação.

Alhures vi, meus amigos, pobres velhos sem trabalho e, em conseqüência, sem abrigo, presas de todos os sofrimentos da penúria e, envergonhados de sua miséria, sem ousarem, eles que nunca mendigaram, implorar a piedade dos transeuntes. Com o coração túmido de compaixão, eu, que nada tenho, me fiz mendiga para eles e vou, por toda a parte, estimular a beneficência, inspirar bons pensamentos aos corações generosos e compassivos.

Por isso é que aqui venho, meus amigos, e vos digo: Há por aí desgraçados, em cujas choupanas falta o pão, os fogões se acham sem lume e os leitos sem cobertas. Não vos digo o que deveis fazer; deixo aos vossos bons corações a iniciativa. Se eu vos ditasse o proceder, nenhum mérito vos traria a vossa boa ação. Digo-vos apenas: Sou a caridade e vos estendo as mãos pelos vossos irmãos que sofrem.

Mas, se peço, também dou e dou muito. Convido-vos para um grande banquete e forneço a árvore onde todos vos saciareis! Vede quanto é bela, como está carregada de flores e de frutos!

Ide, ide, colhei, apanhai todos os frutos dessa magnificente árvore que se chama a beneficência. No lugar dos ramos que lhe tirardes, atarei todas as boas ações que praticardes e levarei a árvore a Deus, que a carregará de novo, porquanto a beneficência é inexaurível.

Acompanhai-me, pois, meus amigos, a fim de que eu vos conte entre os que se arrolam sob a minha bandeira.

Nada temais; eu vos conduzirei pelo caminho da salvação, porque sou – a Caridade."
*  *  *
Mensagem integrante do Cap. XIII, item 13, de "O Evangelho Segundo
o Espiritismo", de Allan Kardec. (106ª ed. FEB.1992.)
Destaques pelo editor do Blog. Formatação atualizada em: 27/novembro/2014.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 14/outubro/2011.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ORAÇÃO AOS ESPÍRITOS MENSAGEIROS DE DEUS

Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus,

Que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida;

Dai-me a força de suportá-la sem queixumes;

Livrai-me dos maus pensamentos e fazei que eu não dê entrada a nenhum mau Espírito que queira induzir-me ao mal.

Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me de sobre os olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que eu os perceba e os confesse a mim mesmo.

A ti sobretudo, meu Anjo Guardião, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, Espíritos Protetores, que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa proteção.

Conheceis as minhas necessidades; sejam elas atendidas, segundo a vontade de Deus.
*  *  *
("ORANDO AOS ESPÍRITOS MENSAGEIROS DE DEUS
De 'O Evangelho Segundo o Espiritismo' - Cap. XXVII - item 12)

DONA MORTE




"Dona Morte"
composição de André Pirola,
do CD '1857'

domingo, 30 de novembro de 2014

SINAIS DO TEMPO


'Sinais do tempo' 
Música espírita composta por André Pirola e apresentada durante a prévia para o EMEES (Encontro de Mocidades Espíritas do Espírito Santo) em Colatina - ES.

sábado, 15 de novembro de 2014

PÁGINAS


Pelo Espírito Emmanuel"

[...]Ainda que se origine da ação dos Espíritos desencarnados, supostamente superiores, a folha que não faça benefício em harmonia e construção fraternal é, apenas, reflexo de condições inferiores.[...]"
Toda página escrita tem alma e o crente necessita auscultar-lhe a natureza. O exame sincero esclarecerá imediatamente a que esfera pertence, no círculo de atividade destruidora no mundo ou no centro dos esforços de edificação para a vida espiritual.

Primeiramente, o leitor amigo da verdade e do bem analisar-lhe-á as linhas, para ajuizar da pureza do seu conteúdo, compreendendo que, se as suas expressões foram nascidas de fontes superiores, aí encontrará os sinais inequívocos da paz, da moderação, da afabilidade fraternal, da compreensão amorosa e dos bons frutos, enfim.

Mas, se a página reflete os venenos sutis da parcialidade humana, semelhante mensagem do pensamento não procede das esferas mais nobres da vida. Ainda que se origine da ação dos Espíritos desencarnados, supostamente superiores, a folha que não faça benefício em harmonia e construção fraternal é, apenas, reflexo de condições inferiores.

Examina, pois, as páginas de teu contacto com o pensamento alheio, diariamente, e faze companhia àquelas que te desejam elevação. Não precisas das que se te figurem mais brilhantes, mas daquelas que te façam melhor.
*  *
"Mas a sabedoria que vem do alto é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.” – (Tiago, 3:17.)
*  *  *
(Do livro "Pão Nosso", de Emmanuel,
psicografado por Chico Xavier. Lição nº 14. 16ª Ed. FEB. 1994.)
Formatação atualizada em: 01/novembro/2014.
Destaques pelo editor do Blog..
 Imagem: www.google.com. Acesso em:15/novembro/2014..

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

AMPLIDÃO




Composição de André Pirola

Hoje entendo que errei
Quantos planos eu fiz
Hoje estendo minha mão ao algoz que feri
Mas aprendo
Que a estrada é triste, a seguir
Sei das coisas
No entanto errei ao servir
Não penso mais em vingança
Em ódio ao viver
Pois sei que há na amplidão
O meu Deus pra querer
Eu quero é mais criar asas
O céu percorrer
Não morro mais nessa Terra
Feita pra aprender
Vou viver!
*  * 
Música (versão compacta) do CD solo "1857"
Ficha técnica do CD: Téc. de Gravação: Paulinho // Arranjos: Armando Sinkovitz // Violão, baixo, bateria, percussão: Armando Sinkovitz // Guitarra: Leo Carvalho // Teclado: Pedro Alcântara // Backing vocals: Marquinhos e Jaqueline // Produção: Armando Sinkovitz // Gravado e Mixado no Scalla Studio - Vitória-ES.
*  *  *

sábado, 18 de outubro de 2014

BÚSSULA DA ALMA


Pelo Espírito Bezerra de Menezes
(Londres, Inglaterra, 10, Agosto, 1965)
"[...] Ora sempre e o barco dos teus dias nunca se transviará sob as nuvens das trevas."
Surge a prece na existência terrestre como chave de luz inspirativa descerrando as trilhas que parecem impedidas aos nossos olhos.

Ensina sempre no silêncio da alma e, quando não resolve os problemas ou não afasta o sofrimento, ilumina a mente e fortalece a resignação.

Contacto com o Infinito, toda oração sincera significa mensagem com endereço exato, e se, por vezes, flutua entre riso e pranto, termina sempre por elevar-se aos páramos superiores onde já não existem temporariamente nem alegria nem dor, apenas paz de alma.

Oração é diálogo. Quem ora jamais monologa. Até a petição menos feliz tem a resposta que lhe cabe, procedente das sombras.
*
Atende aos compromissos na hora certa. A pontualidade é o fiel moral na balança do tempo.
Dá e receberás.
Auxilia e alguém te auxiliará.
Existe a caridade como receita ideal para todos os males.
A imparcialidade de julgamento há de começar em nós, com a benevolência para com os outros e severidade para nós mesmos.
Quais são os pontos de contacto de sua vida com a verdade? Que relação existe entre você e o mundo espiritual?
Expressa a exemplificação o conjunto dos reflexos de nossos atos. Toda opinião retrata o opinador.
*
Constitui a vida uma longa viagem em demanda aos portos da felicidade perfeita.

A prece é a bússola que nos coloca sob a direção do Senhor, cujas mãos devem pousar no leme da embarcação do destino.

Ora sempre e o barco dos teus dias nunca se transviará sob as nuvens das trevas.

*  *  *
(Do livro “Entre irmãos de outras terras". Autores Diversos. Psicografias de
Francisco Cândido Xavier e  Waldo Vieira. 1ª Ed. FEB. 1966.
Lição nº 9 [psicografia de Waldo Vieira].I PARTE.p.37/38.)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 14/novembro/2012.
Formatação atualizada em: 16/outubro/2014. 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A SALVAÇÃO INESPERADA

Pelo Espírito Meimei

Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para a longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical.

O comboio percorrei léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro.

Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo.

Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que, invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar.

 O trem fora salvo, milagrosamente.

Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante. O enorme voador batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados e caíra sob as engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz:

- Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje perdoa as nossa dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores, não nos deixes cair em tentação e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e glória para sempre. Assim seja.

 Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem.

Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.
*  *  *
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Nunca te percas da fé,
Mesmo largado sozinho.
Quem se desvia de Deus
Não acha o próprio caminho.
                                   Artur Candal
                                                                                                           
Deus tinge de verde a erva,
Mostrando um toda a extensão
Que nunca falta esperança
Para os caídos no chão!...
                                       Alfredo Souza

A oração é a nossa escada de intercâmbio com o céu.
                                                                                        João Bosco
*  *  *
(Do livro “Idéias e Ilustrações”. Autores diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Lição nº 06 - Da Fé. Meimei. FEB.1978.
Disponível também em: http://www.autoresespiritasclassicos.com/ .
Imagem:http://www.google.com/ Acesso em:10/outubro/2014.
Formatação atualizada em : 10.10.2014.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

MANEIRA DE ORAR

Monte Tabor  -  lugar onde ocorreu a Transfiguração de Jesus
"[...]A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade[...]

 "O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever?

 A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.

A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: "Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende." Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: "Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças." Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. (Cap. V, nº 4.)

Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo coragem para a reparação da minha falta?!

Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional. - V. Monod. (Bordéus, 1862.)".
*  *  *
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo O Espiritismo.FEB, 1992.V.Monod.
(Bordéus, 1862.).Cap. XXVII. Instruções dos Espíritos. Item 22. págs. 381/383.
Formatação atualizada em 23/julho/2014..

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

EM OUTUBRO: GRUPO DE TEATRO LUMINUS EM LINHARES-ES

O Grupo de Teatro Luminus apresenta, em Linhares-ES, em 17 de outubro de 2014,  no Centro Cultural Nice Avanza, a peça 'O Mistério do Castelo Winston'. Serão duas sessões: às 18h30min e às 20h30min.

A entrada será 01kg de alimento não perecível, que será doado ao Lar da Fraternidade e ao Orfanato Rafael Thoms. Os ingressos serão distribuídos no Grupo Espírita Joana D"Arc e serão limitados. 

O Mistério do Castelo Winston - A nobre e estranha família Winston vive há muitas gerações em um castelo assombrado. A matriarca da família vive as turras com seu apalermado marido, seu excêntrico filho e sua formosa filha.
Um fiel e sinistro mordomo e duas não tão fiéis criadas também vivem no castelo. Com a chegada de dois estranhos visitantes, que se dizem funcionários da rainha Victória, esse castelo fica de pernas pro ar e acontece um assassinato...Quem matou Sir Frederick III ?

O Mistério do Castelo Winston
Direção: Cristina Mascarenhas
Coordenação: Graça Santana
Produção: Márcio Lamego
Elenco: Daniela Belo, Benair Storck, Cristina Mascarenhas, Eliseu Coelho, Flávio Lopes, Graça Santana, Heloísa Storck, Maria José Depollo, Silvia Wiorek, Thiago Augusto.
Coreografia: Camila Dalvi
Música: Cristina Mascarenhas e Jefferson Luis
Voz: Jefferson Luiz e Thiago Augusto
Cenografia : Marieta Moschen, grupo Luminus
Confecção de figurino: Jaísa dos Santos
Sonoplastia: Arthur Depollo
Luz: Wilton Bastos
Efeitos Visuais: Rodrigo Duda
Fotografia: Marcelo Prest

O evento faz parte da comemoração dos 70 anos de fundação do Grupo Espírita Joana D"Arc, de Linhares-ES.
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Mais informações:
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Com informações de Graça Ferreira.
Imagem: Arquivo.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES

Bezerra de Menezes: 29.08.1831 - 11.04.1900
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em 29 de agosto de 1831, na fazenda Santa Bárbara, no lugar chamado Riacho das Pedras, município cearense de Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama, estado do Ceará.
Atuou 30 anos na vida parlamentar. Outra missão, porém, o aguardava, esta mais nobre ainda, aquela de que o incumbira Ismael, não para o coroar de glórias, que perecem, mas para trazer sua mensagem à imortalidade.

Logo que apareceu a primeira tradução brasileira de “O Livro dos Espíritos”, em 1875, foi oferecido a Bezerra de Menezes um exemplar da obra pelo tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos, que se ocultou sob o pseudônimo de Fortúnio.

Disse Bezerra de Menezes, ao proceder a leitura de monumental obra: “Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito, entretanto tudo aquilo era novo para mim [...]. Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no Livro dos Espíritos [...]. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou mesmo, como se diz vulgarmente, de nascença”. 

Mais que um adepto, Bezerra de Menezes foi um defensor e um divulgador da Doutrina Espírita.

Em 16 de agosto de 1886, aos 55 anos de idade, Bezerra de Menezes, perante grande público, em torno de 1.500 a 2.000 pessoas, no salão de Conferência da Guarda Velha, em longa alocução, justificou a sua opção definitiva de abraçar os princípios da consoladora doutrina.

Daí por diante, Bezerra de Menezes foi o catalisador de todo o movimento espírita na Pátria do Cruzeiro, exatamente como preconizara Ismael. Com sua cultura privilegiada, aliada ao descortino de homem público e ao inexcedível amor ao próximo, conduziu o barco de nossa doutrina por sobre as águas atribuladas pelo iluminismo fátuo, pelo cientificismo presunçoso, que pretendia deslustrar o grande significado da Codificação Kardequiana.

Presidente da FEB em 1889, ao espinhoso cargo foi reconduzido em 1895, quando mais se agigantava a maré da discórdia e das radicalizações no meio espírita, nele permanecendo até 1900, quando desencarnou,  em 11 de abril de 1900.

Morreu pobre, embora seu consultório estivesse cheio de uma clientela que nenhum médico queria; eram pessoas pobres, sem dinheiro para pagar consultas. 

Por ocasião de sua morte, assim se pronunciou Leon Denis, um dos maiores discípulos de Kardec: “Quando tais homens deixam de existir, enluta-se não somente o Brasil, mas os espíritas de todo o mundo”.
Fonte: Texto incluído nas obras que integram a
Coleção Bezerra de Menezes, publicada pela FEB.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 29.08.12.
Formatação atualizada em: 28/agosto/2014.
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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

O GRITO

Pelo Espírito Hilário Silva

"[...] Falar é um dom de Deus. Se abrirmos a boca para dizer algo, saibamos dizer o melhor.[...]
- Uma boa palavra auxilia sempre. Às vezes, supomo-nos sozinhos e proferimos inconveniências. Desajudamos quando podíamos ajudar. É preciso aproveitar oportunidades. Falar é um dom de Deus. Se abrirmos a boca para dizer algo, saibamos dizer o melhor.

A pequena assembléia ouvia atenta a palavra de Sálus, o instrutor espiritual que falava pelo médium.

- Não adianta repetir frases inúteis. E é sempre falta grave conferir saliência ao mal. Comentemos o bem. Destaquemos o bem.

Dentre todos os presentes, Belmiro Arruda, escutava em silêncio.

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Decorridos alguns dias, Arruda, nas funções de pedreiro-chefe, orientava o término da construção de grande recinto. O enorme salão parecia completo.Tudo pronto.Acabamento esmerado. Pintura primorosa.

- Experimentemos a acústica – disse o engenheiro superior.

E virando-se para Belmiro:

- Grite algo.

Arruda, recordando a lição, bradou:

- Confia em Jesus!... Confia em Jesus!...

O som estava admiravelmente distribuído.

Os operários continuavam na sua faina, quando triste homem penetra o recinto. Cabeleira revolta. Semblante transtornado.

- Quem mandou confiar em Jesus? – perguntou.

Alguém aponta Belmiro, para quem ele se dirige, abrindo os braços.

- Obrigado, amigo! – exclamou.

E mostrando um revólver:

- Ia encostar o cano no ouvido, entretanto, escutei seu apelo e sustei o tiro... Queria morrer no terreno baldio da construção, mas sua voz acordou-me... Estou desempregado, há muito tempo, e sou pai de oito filhos... Jesus, sim! Confiarei em Jesus!...

Arruda abraçou-o, de olhos úmidos. O caso foi conduzido ao conhecimento do diretor do serviço. E o diretor, visivelmente emocionado, estendeu a mão ao desconhecido e falou:

- Venha amanhã. Pode vir trabalhar amanhã.
*  *  *
(Do livro "A Vida Escreve", do Espírito Hilário Silva, psicografado por
 Chico Xavier e Waldo Vieira.7ª ed. FEB.1992. págs. 21/22.)
Formatação atualizada em: 20,082014. Destaques:pelo editor do Blog.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 20/agosto/2014.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

SNAP!


Luciano Pires (*)

"[...] o imponderável, que vive à espreita, não respeita nossas vontades, não obedece nosso controle. Simplesmente aparece quando quer, toma conta da vida da gente, faz suas artes e pronto. Fim. [...]"

Ele tem energia, carisma, sabe falar em público, é bem educado, é letrado, jovem, boa aparência, bem de vida, com uma família linda e parentes influentes na política nacional. E tem planos. Muitos planos. Surge lá no Nordeste e aos poucos vai se tornando uma personalidade nacional, sendo visto, reconhecido e ouvido. Passa a convencer muitas pessoas de que pode ser um agente de mudanças. E um dia chega ao ápice: é entrevistado em cadeia nacional pela mais importante rede de televisão do país, como um dos candidatos à presidência da República. Que orgulho!

Na manhã seguinte parte para cumprir sua agenda de candidato e... Snap!

Assim, num estalar de dedos, tudo termina. Sem retorno, sem saída. Fim.

Um avião moderno e seguro, pilotado por profissionais experientes, cai. Fim. E a gente fica aqui, de boca aberta, sem entender como algo assim pode acontecer. Pior, pode acontecer com qualquer um de nós. Ou com alguém que amamos.

Snap! Fim.

E agora? Os planos, os compromissos, as promessas, as esperanças? Nada. Acabou. Fim.

Eu estava no saguão de um hotel em Lucas do Rio Verde quando uma repórter confirmou a morte de Eduardo Campos e mais 6 pessoas no acidente aéreo. Em pé, em frente à TV, com as duas mãos na cabeça e uma expressão de angústia, espanto, tristeza, assombro, sei lá, enchi os olhos de lágrimas... Como é que pode?

Pode. É ele, o destino, o imponderável, que vive à espreita, não respeita nossas vontades, não obedece nosso controle. Simplesmente aparece quando quer, toma conta da vida da gente, faz suas artes e pronto. Fim.

Não sei como é com você, mas sempre que acontece uma tragédia assim, interrompendo a vida de gente jovem, cheia de planos e energia, dou uma parada para refletir sobre minhas prioridades, sobre tudo aquilo que deixarei para trás se um dia o imponderável aparecer diante de mim. E invariavelmente me lembro de todas as pontas que deixarei soltas. Muitas delas impossíveis de serem amarradas, mas a maioria por simples falta de priorização. Estão lá, soltas, pois tenho coisas mais importantes para fazer...

Se o imponderável surgir, tudo que é prioritário deixará de ser, e as coisas que deixei para trás assumirão o primeiro lugar na fila. E isso me dá uma sensação de egoísmo. Talvez eu esteja, mesmo com toda a boa vontade, pensando demais em mim mesmo, ocupado em sobreviver e ser bem sucedido, de forma ética e responsável.

Será possível aprender algo com uma tragédia dessas?

Me lembrei de um artigo chamado “Freedom from Death”, no qual o professor Sidney J. Parnes propõe, diante da perda de alguém querido, uma parada para reflexão: O que é que eu quero fazer, ter ou conquistar afinal? O que é que eu gostaria que acontecesse? O que eu gostaria de fazer melhor? Para que eu gostaria de ter mais tempo, dinheiro e energia? O que mais eu quero da vida? Quais são meus objetivos não atingidos? O que eu gostaria de organizar melhor? Que mudanças eu preciso fazer? O que eu gostaria que outras pessoas fizessem? Com quem eu gostaria de passar mais tempo? Que mudanças sinto nas atitudes de outras pessoas?

Faça esse exercício, é uma espécie de revisão de prioridades. Pode ser que nada aconteça, mas garanto que você acordará aquela pulguinha atrás da orelha, e talvez se anime a deixar, para as pessoas que você ama, as coisas mais arrumadas caso um dia o imponderável aparecer pra você.

Assim o Snap! pode não ser apenas um melancólico fim.

Mas acabei divagando. Volto ao principal: sigam em paz Eduardo Campos, Alexandre da Silva, Carlos Augusto Leal Filho (Percol), Geraldo da Cunha, Marcos Martins, Pedro Valadares Neto e Marcelo Lira.
*  *  *
(*)Luciano Pires é Editor do site http://www.portalcafebrasil.com.br/.
O perfil completo do Autor está disponível em http://www.lucianopires.com.br/.
Texto e imagem disponíveis em:http://www.portalcafebrasil.com.br/.
Acesso em: 15/agosto/2014.
Formatação e destaque:pelo Editor do Blog.

domingo, 10 de agosto de 2014

O PILOTO

O homem observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu voo. Quando o embarque começou, o menino foi colocado na frente da fila, para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.

Ao entrar no avião, o homem viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona. O menino foi cortês quando puxou conversa com ele e, em seguida, começou a passar o tempo colorindo um livro. Não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.

Durante o voo, o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez que ele balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns passageiros. Mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com aquilo tudo e perguntou ao menino:

- Você não está com medo?

- Não senhora, não tenho medo, ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir.

- Meu pai é o piloto!

Existem situações em nossa vida que lembram um avião passando por uma forte tempestade. Por mais que tentemos, não conseguimos nos sentir em terra firme. Temos a sensação de que estamos pendurados no ar, sem nada a nos sustentar, a nos segurar, em que nos apoiarmos, e que nos sirva de socorro. Nessas horas, devemos lembrar, com serenidade e confiança, que: nosso “Pai” é o Piloto!
*  *  *
(Do livro "Silent Strength for My Life", de Loyde John Ogilvie.)
Imagem: Ria Ellwanger. 
Formatação e dados de autoria atualizados em 10.08.2014.