Por Francisco de Assis D. Pirola
Ditada pelo Espírito Emmanuel, ao médium Francisco Cândido Xavier, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938, a obra “A Caminho da Luz - História da Civilização à Luz do Espiritismo”, publicada pela Federação Espírita Brasileira (FEB) em 1939, completou, no dia 21 deste mês, 73 anos.
A obra “[...] Narra a história da civilização à luz do Espiritismo, mostrando a verdadeira posição do Evangelho do Cristo em face das religiões e filosofias terrenas. Trata dos primeiros habitantes da Terra, perpassando as páginas históricas dos povos, dos grandes impérios e das mutações que se sucedem na direção do futuro. Emmanuel demonstra que, por determinismo divino, estamos todos a caminho da Luz!”. (1)
O site O Globo Ciência (22/09/11) publicou matéria sobre recente pesquisa ─ “DNA aborígine reescreve história da ocupação humana do planeta” ─ relatando que “Uma mecha de cabelos pode reescrever a história da ocupação humana do planeta [...] teoria do biólogo Eske Willerslev, do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague”.
Cita a interessante matéria: “[...] Até agora, a teoria mais aceita era a de que o homem deixou a África, seu berço, em uma única onda migratória. Fora de lá, espalhou-se quase simultaneamente para Europa e Ásia, e esta última leva originou ainda outra facção, que rumou para a Austrália, onde teria chegado há 50 mil anos [...].” “[...] - Nossa espécie estava parada em algum lugar no norte da África ou do Oriente Médio, quando alguns homens, provavelmente devido à escassez de recursos disponíveis ali, resolveram arriscar uma expedição inédita - contou Willerslev ao GLOBO [...]”.
Mas o nosso propósito, aqui, não é tecer considerações sobre a competente matéria acima citada, e sim, apenas referenciar um tema, de nossos dias, abordado por Emmanuel nos idos de 1938.
Em "A Caminho da Luz” (2), capítulo II – “A Vida Organizada – A grande transição”, o autor elucida:
“Os antropóides das cavernas espalharam-se, então, aos grupos, pela superfície do globo, no curso vagaroso dos séculos, sofrendo as influências do meio e formando os pródromos das raças futuras em seus tipos diversificados [...].
No capítulo III – “As Raças adâmicas – Origem das Raças brancas”, o autor esclarece:
“[...] Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde atravessaram o istmo de Suez para a África, na região do Egito, encaminhando-se igualmente para a longínqua Atlântida, de que várias regiões da América guardam assinalados vestígios [...].
No capítulo V – “A Índia – O expansionismo dos Árias”, diz:
“Muitos séculos antes de qualquer prenúncio de civilização terrestre, os árias espalharam-se pelas planícies hindus, dominando os autóctones, descendentes dos "primatas", que possuíam uma pele escura e deles se distanciavam pelos mais destacados caracteres físicos e psíquicos. Mais tarde, essa onda expansionista procurou localizar-se ao longo das terras da futura Europa, estabelecendo os primeiros fundamentos da civilização ocidental nos bosques da Grécia, nas costas da Itália e da França, bem como do outro lado do Reno, onde iam ensaiar seus primeiros passos as forças da sabedoria germânica.
As balizas da sociedade dos gregos, dos latinos, dos celtas e dos germanos estavam lançadas.
Cada corrente da raça ariana assimilou os elementos encontrados, edificando-se os primórdios da civilização européia; cada qual se baseou no princípio da força para o necessário estabelecimento, e, muito cedo, começaram no Velho Mundo os choques de suas famílias e tribos.”
Portanto, prezados leitores, na oportunidade, singelamente, fazemos um sincero agradecimento e prestamos uma justa homenagem aos queridos Emmanuel e Chico Xavier, por nos terem proporcionado uma obra tão marcante e esclarecedora, referência na literatura espírita para todos aqueles que desejam enriquecer seu acervo material e espiritual.
(1) - Sinopse – Livraria FEB.
(Imagem: Livraria da Federação Espírita Brasileira.
Acesso em: 27/setembro/2011.