domingo, 28 de fevereiro de 2016

'VOEM JUNTOS...MAS NUNCA AMARRADOS'



"Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que, uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas na tenda do velho feiticeiro da tribo e falaram: Nós nos amamos e vamos nos casar.

E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã.

Alguma coisa que garanta que poderemos ficar sempre juntos. Que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até a morte.

O velho sábios, ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse: Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada...

Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos caçar o falcão mais vigoroso do monte e traze-lo com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia.

E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono, onde encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a viva.

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.

O velho pediu que, com cuidado, as tirassem dos sacos, e viu que eram belos exemplares...

E agora o que faremos?  Perguntou o jovem, nós as matamos e depois bebemos à honra de seu sangue? Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne?

Propôs a jovem.

Não!  Disse o feiticeiro. Apanhem as aves eas amarrem entre si pelas patas, com  essas fitas de couro.

Quando estiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres...

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros...

A águia e o falcão tentaram alçar voo, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno.

Minutos depois, irritadas pela incapacidade de voar, as aves jogavam-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

E o velho disse: jamais esqueçam o que estão vendo...

Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão... Se estiverem amarrados, um ao outro, ainda que por amor, viverão arrastando-se e, cedo ou tarde, começarão a machucar-se mutuamente.

Se quiserem que o amor entre vocês perdure... Voem juntos... “Mas nunca amarrados”."
*  *
'Vivei juntos, mas que haja espaço na vossa junção...
E que os ventos do céu dancem entre vós...
Amai-vos um ao outro, mas não façais do vosso amor um grilhão...
Que haja antes um mar ondulante entre as praias de vossas almas...
Cantai e dançai juntos, e sedes alegres, mas deixai cada um de vós estardes sozinho, assim como as cordas da lira são separadas e, no entanto, vibram na mesma harmonia...
Vivei juntos, mas não vos aconchegueis em demasia; pois as colunas do templo erguem-se separadamente, e o carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro...
Agindo assim, juntos estareis até que as brancas asas da morte dissipem vossos dias...'
*  *  *
(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria desconhecida e na poesia “Matrimônio”, de Khalil Gibram, em sua obra  "O Profeta". A publicação citada pode ser acessada em: http://www.mensagemespirita.com.br/livro/21871075/momento-espirita-vol4-federacao-espirita-do-parana .)
Imagem: www.google.com. Acesso em: 17/fevereiro/2016.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

DIÁLOGO NO LAR

Emmanuel


"...Mantém o hábito de conversar freqüentemente com os seres amados, praticando a caridade da cortesia e da tolerância..."

D
estaca-se na atualidade terrestre a convivência por instrumento de harmonia nas relações humanas.
Entendimento de nação a nação, de grupo a grupo.

Raros companheiros, porém, reconhecem por enquanto a legitimidade da indicação para a segurança doméstica.

Temos no mundo a escola em que se verifica a administração do ensino, entre professores e alunos; o foro para a troca de alvitres, entre magistrados e os que recorrem à justiça; o consultório para o intercâmbio de informações entre o médico e o doente; o mercado destinado aos ajustes recíprocos, nos domínios da oferta e da procura.
 
Porque não manter no lar o ponto de encontro dos corações que compõem a equipe familiar?
 
Observa a importância da palavra compreensiva e oportuna, quando funciona em teu benefício, na solução dos empeços da vida, e não sonegues em caso o pagamento do imposto verbal do amor que todos devemos uns aos outros, no instituo da evolução.

Não importa a idade física de teus filhos ou tutelados.

Ausculta-lhes as tendências e aspirações, oferecendo-lhes na frase amiga a luz de tuas próprias experiências, de modo a auxiliá-los, tanto quanto possível, a sentir raciocinando e a discernir o rumo exato que se lhe descerre à frente, nas sendas que lhes caiba trilhar.

Não importa que teus pais ou orientadores, em família, se mostrem nessa ou naquela posição diferente, no calendário que rege a existência corpórea.
 
Anota-lhes os pontos de vista e dá-lhes no veículo do carinho e do respeito quanto sabes e apenas de melhor, relativamente aos problemas da vida, para que semelhantes valores se lhes incorporem ao patrimônio espiritual.

Todavia, não deixes o diálogo amigo tão-somente para os dias de aflição, quando a crise haja surgido, estabelecendo desastre e sofrimento nos trilhos da experiência doméstica Mantém o hábito de conversar freqüentemente com os seres amados, praticando a caridade da cortesia e da tolerância, e reconhecerás sem dificuldade que, muitas vezes, alguns simples minutos de diálogo afetuoso, na paz do cotidiano, conseguem realizar verdadeiros prodígios de tranqüilidade e segurança, francamente inabordáveis por longos e longos meses de azedume ou de discussão.
*  *  *
(Mensagem psicografada por Francisco
Cândido Xavier, constante do livro"Vida em vida"
(Espíritos diversos), editado pela IDEAL.1980.)
Fonte: www.oconsolador.com.br.
Imagem: www.google.com. Acesso em: 09/fevereiro/2016.

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Veja ainda:
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

ABENÇOA TAMBÉM

Pelo Espírito Emmanuel

O operário deve amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.
Diante das vozes e dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.

Em qualquer desajuste orgânico, não condenes o corpo.

O operário deve amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.
*
Abençoa teu coração. É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e as alegrias.

Abençoa teu cérebro. É o gabinete sensível do pensamento.

Abençoa teus olhos. São companheiros devotados na execução dos compromissos que a existência te confiou.

Abençoa teus ouvidos. São guardas vigilantes que te enriquecem o entendimento.

Abençoa a tua língua. É o buril que te auxilia a plasmar toda frase edificante que te escapa da boca.

Abençoa teu estômago. É o servo que te alimenta.

Abençoa tuas mãos. São antenas no serviço que consegues realizar.

Abençoa teus pés. São apoios preciosos em que te sustentas.

Abençoa tuas faculdades genésicas. São forças da vida pelas quais recebestes no mundo o aconchego do lar e o carinho de mãe.
*
Eis que Deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre, no remédio que refaz, na palavra que anima, no passe que alivia, na oração que consola...

Junto das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o corrosivo do desespero.

Abençoa também.
*  *  *
Reunião pública de 18/11/60 - Questão nº 175
(“Seara dos Médiuns”, ditado pelo Espírito Emmanuel ao médium Chico Xavier.
4ª Ed. Rio de Janeiro. FEB. 1983.p.221/222.)
Imagem: www.google.com  Acesso: 21/maio/2012.
Formatação atualizada em:04/fevereiro/2016..

FÉ E CULTURA


Pelo Espírito Emmanuel
(Paris, França, 23, Agosto, 1965.)

"...Na sementeira da fé, aprendamos a ouvir com
serenidade para falar com acerto..."

Indubitavelmente, nem sempre a fé acompanha a expansão da cultura, tanto quanto nem sempre a cultura consegue altear-se ao nível da fé.

Um cérebro vigoroso pode elevar-se a prodígios de cálculo ou destacar-se nos mais entranhados campos da emoção, portas a dentro dos valores artísticos, sem entender bagatela de resistência moral diante da tentação ou do sofrimento. De análogo modo, um coração fervoroso é suscetível das mais nobres demonstrações de heroísmo perante a dor ou da mais alta reação contra o mal, patenteando manifesta incapacidade para aceitar os imperativos da perquirição ou os requisitos do progresso.

A ciência investiga.

A religião crê.

Se não é justo que a ciência imponha diretrizes à religião, incompatíveis com as suas necessidades do sentimento, não é razoável que a religião obrigue a ciência à adoção de normas, inconciliáveis com as suas exigências do raciocínio.

Equilíbrio ser-nos-á o clima de entendimento, em todos os assuntos que se relacionem à fé e à cultura, ou estaremos sempre ameaçados pelo deserto da descrença ou pelo charco do fanatismo.

Auxiliemo-nos mutuamente.

Na sementeira da fé, aprendamos a ouvir com serenidade para falar com acerto.

Diz o Apóstolo Paulo: “acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.” É que para chegar à cultura, filha do trabalho e da verdade, o homem é naturalmente compelido a indagar, examinar, experimentar e teorizar, mas, para atingir a fé viva, filha da compreensão e do amor, é forçoso servir. E servir é fazer luz.
*
“Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões.”
 Paulo. (Romanos, 14:1
 *  *  *
(Do livro “Entre irmãos de outras terras". Autores Diversos.
Psicografias de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
1ª Ed. FEB. 1966. Lição nº 26 [psicografia de Francisco C. Xavier]. I parte. p.87/88.)
Imagem: www.morguefile.com. Acesso em: 16/novembro/2012.
Formatação atualizada em: 04/fevereiro/2016.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

ORAÇÃO


Pelo Espírito Emmanuel
"...Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da vida. ..."
A oração é divino movimento do espelho de nossa alma no rumo da Esfera Superior, para refletir-lhe a grandeza.

Reportamo-nos aqui ao apelo vivo do espírito às Potências Celestes, quer vestido na fórmula verbal, quer absolutamente sem ela, na silenciosa mensagem da vibração.

Imaginemos a face de um espelho voltada para o Sol, desviando-lhe o fulgor na direção do abismo.

Esta, na essência, é a função da prece, buscando o Amor Divino para concentrar-lhe a claridade sobre os vales da ignorância e do sofrimento, da miséria e do ódio, que ainda se estendem no mundo.

Graduada, desde o mais simples desejo, a exteriorizar-se dos mais ínfimos seres, até a exaltação divina dos anjos, nada se faz na Terra sem o impulso da aspiração que orienta o passo de todas as criaturas...

No corpo ciclópico do Planeta, a oração é o movimento que o mantém na tela cósmica; no oceano, é o fenômeno da maré, pelo qual as águas aspiram ao grande equilíbrio. Na planta, é a chamada fototaxia ou anseio com que o vegetal se levanta para a luz, incorporando-lhe os princípios; no animal, é o instinto de curiosidade e indagação que lhe alicerçam as primeiras conquistas da inteligência, tanto quanto, no homem comum, é a concentração natural, antes de qualquer edificação no caminho humano.

O professor planeando o ensinamento e o médico a ensimesmar-se no estudo para sanar determinada moléstia, o administrador programando a execução desse ou daquele serviço, e o engenheiro engolfado na confecção de uma planta para certa obra, estão usando os processos da oração, refletindo na própria mente os propósitos da educação e da ciência  de curar, da legislação e do progresso, que fluem do plano invisível, à feição de imagens abstratas, antes de se revelarem substancialmente ao mundo.

Orar é identificar-se com a maior fonte de poder de todo o Universo, absorvendo-lhe as reservas e retratando as leis da renovação permanente que governam os fundamentos da vida.

A prece impulsiona as recônditas energias do coração, libertando-as com as imagens de nosso desejo, por intermédio da força viva e plasticizante do pensamento, imagens essas que, ascendendo às Esferas Superiores, tocam as inteligências visíveis ou invisíveis que nos rodeiam, pelas quais comumente recebemos as respostas do Plano Divino, porquanto o Pai Todo-Bondoso se manifesta igualmente pelos filhos que se fazem bons.

A vontade que ora, tange o coração que sente, produzindo reflexos iluminativos através dos quais o espírito recolhe em silêncio, sob a forma de inspiração e socorro íntimo, o influxo dos Mensageiros Divinos que lhe presidem o território evolutivo, a lhe renovarem a emoção e a idéia, com que se lhe aperfeiçoa a existência.

Dispomos na oração do mais alto sistema de intercâmbio entre a Terra e o Céu.

Pelo divino circuito da prece, a criatura pede o amparo do Criador e o Criador responde à criatura pelo princípio inelutável  da reflexão espiritual, estendendo-lhe os Braços Eternos, a fim de que ela se erga dos vales da vida fragmentária para os cimos da Vida Vitoriosa.🔵
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(Do livro “Pensamento e Vida”, ditado pelo Espírito Emmanuel
ao médium Chico Xavier. 3ª Ed. FEB. 1972. Lição nº 26. p.119 a 122.)
Imagem: www.google.com  Acesso: 29/junho/2012.
Destaques pelo Editor do Blog.
Formatação atualizada em: 03/setembro/2017.