sexta-feira, 23 de maio de 2014

A EXALTAÇÃO DA CORTESIA


Pelo Espírito Neio Lúcio
"[...]Bem-aventurados  aqueles  que sabem tratar o rico e o pobre, o sábio e o inculto, o bom e o mau, com espírito de serviço e entendimento, dando a cada um, de conformidade com os seus méritos e necessidades[...]"
À  frente  da  multidão  de  sofredores  e  desalentados,  relacionou  o  Mestre as  bem-aventuranças, destacando, com ênfase, a declaração de que os mansos herdariam a Terra.

A afirmativa, porém, soou entre os discípulos de maneira menos agradável.

Tal asserção não seria encorajamento à ociosidade mental?

Se o Evangelho reclamava espíritos valorosos na sementeira das verdades renovadoras, como acomodar a promessa com a necessidade do destemor? Se o mal era atrevido e contundente, em todos os climas e posições, como estabelecer o triunfo inadiável do bem através da incapacidade de reagir, embora pacificamente?

Nessas interrogações imprecisas, reuniu-se a assembléia familiar no domicílio de Pedro.

Iniciados os  comentários  edificantes da noite, entreolhavam-se os discípulos entre a indagação e a curiosidade.

O Divino Amigo parecia  perceber  os motivos  da  expectação,  em torno, mas  esperava, sereno, que os seguidores se pronunciassem.

Foi então que Judas, rompendo o véu de respeito que aureolava a presença do Mestre, inquiriu, loquaz:

— Senhor, por que atribuíste aos mansos a posse final da Terra? Os corações acovardados gozarão de semelhante bênção? Os incapazes de testemunhar a fé, nos momentos graves de luta e sacrifício, serão igualmente bem-aventurados?

Jesus não respondeu, de imediato.

Vagueou o olhar, através dos circunstantes, como a pedir-lhes a exposição de quaisquer dúvidas que lhes povoassem a alma.

Pedro cobrou ânimo e perguntou:

— Sim, Mestre: se um malfeitor visitar-me a casa, não devo recordar-lhe os imperativos do acatamento recíproco? Entregar-me-ei sem qualquer admoestação fraternal aos seus delituosos caprichos, a pretexto de guardar a mansidão a que te referiste?

O Cristo sorriu, como tantas vezes, e enunciou, calmo:

— Enganaram-se todos, naturalmente. Eu não fiz o elogio da preguiça, que se mascara de humildade, nem da covardia que se veste de cordura para melhor acomodar-se às conveniências  humanas. As  criaturas que se  afeiçoam  a semelhantes  artifícios sofrerão duramente os instrumentos espirituais de que o mundo se utiliza para reajustar os caracteres tortuosos e indecisos.  Exaltei,  na  realidade,  a cortesia  de  que  somos  credores  uns  dos  outros.  Bem-aventurados os homens de trato ameno que sabem usar a energia construtiva entre o gesto de bondade e o verbo  da  compreensão! Bem-aventurados os filhos  do  equilíbrio  e  da  gentileza que aprendem a negar o mal, sem ferir o irmão ignorante que os solicita sem saber o que pede! Abençoados  os  que repetem mil  vezes  a mesma lição, sem  alarde,  para  que  o próximo lhes aproveite  a  influenciação  na  felicidade  justa  de  todos!  Bem-aventurados  aqueles  que sabem tratar o rico e o pobre, o sábio e o inculto, o bom e o mau, com espírito de serviço e entendimento, dando a cada um, de conformidade com os seus méritos e necessidades e deixando os sinais de melhoria, de elevação, bem-estar e contentamento por onde cruzam! Em verdade vos digo que a eles pertencerá o domínio  espiritual  da Terra, porque todo  aquele que acolhe os semelhantes, dentro das normas do amor e do respeito, é senhor dos corações que se aperfeiçoam no mundo!

Alívio e alegria transbordaram do ânimo geral e, de olhos fitos, agora, nas águas imensas do grande lago, o Senhor pediu a Mateus encerrasse o fraterno entendimento da noite, pronunciando uma prece.

*  *  *
(Do livro "Jesus no Lar", ditado pelo Espírito Neio Lúcio, psicografado
por Chico Xavier. FEB. 36ª ed..2008. Lição nº 17.).
Disponível também em http://www.oconsolador.com.br/
Imagens: www.google.com . Acesso em: 04/fevereiro/2012.
Formatação atualizada em: 20/maio/2014.

sábado, 17 de maio de 2014

FÉ E PERSEVERANÇA

Pelo Espírito Meimei

Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.

Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.

Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.

Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. O Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas, O segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso ungüento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto. O terceiro exclamou com fé:

- Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.

O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.

Em seguida, abençoou-os e partiu...

O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.

Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...

Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.

Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram à porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.

Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:

- Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.🔵
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(Do livro "Pai Nosso", lição n° 14, ditado pelo
Espírito Meimei ao médium Francisco Cândido Xavier.)
Imagem: www.google.com. Acesso em:30/janeiro/2012.
Formatação atualizada em: 09/maio/2017.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

ORAÇÃO DOS JOVENS

Pelo Espírito Neio Lucio
Mestre Amado!
Aceita-nos o coração em teu serviço, e, Senhor, não nos deixes sem a tua lição.
Ensina-nos a obedecer na extensão do bem, para que saibamos administrar para a glória da vida.
Corrige-nos o entusiasmo, a fim de que a paixão inferior não nos destrua.
Modera-nos a alegria, afastando-nos do prazer vicioso.
Retifica-nos o descanso, para que a ociosidade não nos domine.
Auxilia-nos a gastar o Tesouro das Horas, distanciando-nos das trevas do Dia Perdido.
Inspira-nos a coragem, sustando-nos a queda nos perigos da precipitação.
Orienta-nos a defesa do Bem, do Direito e da Justiça, a fim de que não nos convertamos em simples joguetes da maldade e da indisciplina.
Dirige-nos os impulsos, para que a nossa força não seja mobilizada pelo mal.
Ilumina-nos o entendimento, de modo a nos curvarmos, felizes, ante as sugestões da Experiência e da Sabedoria, a fim de que a humildade nos preserve contra as sombras do orgulho.
Senhor Jesus, nosso Valoroso Mestre, ajuda-nos a estar contigo, tanto quanto estás conosco!

Assim seja.🔵
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(Do livro ”Alvorada Cristã”, pelo Espírito Neio Lucio,
psicografia de Chico Xavier. FEB. 10ª ed.1991. Cap. 50.
págs. 199/200).
Imagem: www.google.com . Acesso em: 16/abril/2012.
Formatação atualizada em: 20/janeiro/2017.