terça-feira, 31 de janeiro de 2012

RESPONSABILIDADE MEDIÚNICA

Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda

"[...] Os círculos mediúnicos sérios, que atraem os Espíritos nobres e que encaminham para os seus serviços aqueles desencarnados que lhe são confiados, não podem ser resultados de improvisações, mas de superior programação.[...]"

"Uma reunião mediúnica séria à luz do Espiritismo é constituída por um conjunto operacional de alta qualidade, em face dos objetivos superiores que se desejam alcançar.

Tratando-se de um empreendimento que se desenvolve no campo da energia, requisitos graves são exigidos, de forma que sejam conseguidas as realizações, passo a passo, até a etapa final.

Não se trata de uma atividade com características meramente transcendentais, mas de um labor que se fundamenta na ação da caridade, tendo-se em vista os Espíritos aos quais é direcionado.

Formada por um grupamento de pessoas responsáveis e conscientes do que deverão realizar, receberam preparação anterior, de modo a corresponderem aos misteres a que todos são convocados para exercer, no santificado lugar em que se programa a sua execução.

Deve compor-se de conhecedores da Doutrina Espírita e que exerçam a prática da caridade sob qualquer aspecto possível, de maneira a conduzirem créditos morais perante os Soberanos Códigos da Vida, assim atraindo as Entidades respeitáveis e preocupadas com o bem da humanidade. (continua...)
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Leia a íntegra desta mensagem em:
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

AS OITO MAIORES RELIGIÕES DO MUNDO



A Revista Superinteressante, em seu site, evidencia o Espiritismo como uma das oito maiores religiões do mundo, embora equivocadamente apresente-o como não sendo uma religião.

Assinada por Carolina Vilaverde, a matéria informa que no Brasil se encontra a maior comunidade espírita do mundo, aproximadamente 13 milhões de adeptos, e acrescenta, “1,3% da população do país é espírita”.

O texto completo pode ser acessado em: As oito maiores religiões do mundo.

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Fonte: Portal FEB. Acesso em: 26/janeiro/2012.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

'SÓ UM DEUS NOS PODERÁ SALVAR"


Por Leonardo Boff 

"[...] Como Deus, segundo as Escrituras, é “o soberano amante da vida” (Sabedoria 11,24), esperamos que não permitirá um fim trágico para o ser humano. Este existe para brilhar, conviver e ser feliz."

Esta frase não vem de algum Papa mas de Martin Heidegger (1889-1976), um dos mais profundos filósofos alemães do século XX, num entrevista dada ao semanário Der Spiegel no dia 23 de setembro de 1966, mas somente publicada no dia 31 de maio de 1976, uma semana após a sua morte.

Heidegger sempre foi um observador atento dos destinos amedrontadores de nossa civilização tecnológica. Para ele a tecnologia como intervenção na dinâmica natural do mundo para benefício humano, penetrou de tal maneira em nosso modo de ser que se transformou numa segunda natureza.

Hoje em dia não podemos nos imaginar sem o vasto aparato tecnocientífico sobre o qual está assentada nossa civilização. Mas ela é dominada por uma compulsão oportunística que se traduz pela fórmula: se podemos fazer, também nos é permitido fazer sem qualquer outra consideração ética. As armas de destruição em massa surgiram desta atitude. Se existem, por que não usá-las?

Para o filósofo, uma técnica assim sem consciência, é a mais lídima expressão de nosso paradigma e de nossa mentalidade, nascidos nos primórdios da modernidade, no século XVI, cujas raízes, no entanto, se encontram já na clássica metafísica grega.

Esta mentalidade se orienta pela exploração, pelo cálculo, pela mecanização e pela eficiência aplicada em todos os âmbitos, mas principalmente em relação para com a natureza. Essa compreensão entrou em nós de tal maneira que reputamos a tecnologia como a panacéia para todos os nossos problemas. Inconscientemente nos definimos contra a natureza que deve ser dominada e explorada.

Nós mesmos nos fizemos objeto de ciência, a ser manipulados, nossos órgãos e até nossos genes.

Criou-se um divórcio entre ser humano e natureza que se revela pela crescente degradação ambiental e social. A manutenção e a aceleração deste processo tecnológico, segundo ele, pode nos levar a uma eventual autodestruição. A máquina de morte já está há decênios construída.

Para sair desta situação não são suficientes apelos éticos e religiosos, muito menos a simples boa-vontade. Trata-se de um problema metafísico, quer dizer, de um modo de ver e de pensar a realidade. Colocamo-nos num trem que corre célere sobre dois trilhos e não temos como pará-lo. E ele está indo ao encontro de um abismo lá na frente. Que fazer? Eis a questão.

Se quiséssemos teríamos em nossa tradição cultural uma outra mentalidade, nos presocráticos como Heráclito entre outros, que ainda viam a conexão orgânica entre ser humano e natureza, entre o divino e o terreno e alimentavam um sentido de pertença a um Todo maior.

O saber não estava a serviço do poder mas da vida e da contemplação do mistério do ser. Ou em toda a reflexão contemporânea sobre o novo paradigma cosmológico-ecológico que vê a unidade e a complexidade do único e grande processo da evolução do qual todos os seres são emergências e interdependentes.

Mas esse caminho nos é vedado pelo excesso de tecnociência, de racionalidade calculatória e pelos imensos interesses econômicos das grandes corporações que vivem deste status quo.

Para onde vamos? É neste contexto de indagações que Heidegger pronunciou a famosa e profética sentença: ”A filosofia não poderá realizar diretamente nenhuma mudança da atual situação do mundo. Isso vale não apenas para a filosofia mas principalmente para toda a atividade de pensamento humano. Somente um Deus nos pode salvar (Nur noch ein Gott kann uns retten). Para nós resta a única possibilidade no campo do pensamento e da poesia que é preparar uma disposição para o aparecimento de Deus ou para a ausência de Deus em tempo de ocaso (Untergrund); pois, nós em face do Deus ausente, vamos desaparecer”.

O que Heidegger afirma está sendo também gritado por notáveis pensadores, cientistas e ecólogos. Ou mudamos de rumo ou a nossa civilização põe em risco o seu futuro. A nossa atitude é de abertura a um advento de Deus, aquela Energia poderosa e amorosa que sustenta cada ser e o inteiro universo. Ele nos poderá salvar.

Essa atitude é bem representada pela gratuidade da poesia e do livre pensar. Como Deus, segundo as Escrituras, é “o soberano amante da vida” (Sabedoria 11,24), esperamos que não permitirá um fim trágico para o ser humano. Este existe para brilhar, conviver e ser feliz.

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Leonardo Boff é teólogo e filósofo.
Texto publicado no Blog do Noblat em 16 de janeiro de 2012.
Imagem:  Estrela Régulo perto de Leo I -
Acesso em:17/janeiro/2012.

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